Congresso Latinoamericano sobre Ciclismo Urbano.

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Esta se encerrando o projeto “Estratégia Integral para o uso da Bicicleta em cidades da América Latina” realizado com financiamento do BID e coordenado pela Universidad de Los Andes em parceria com a Fundacion Despacio – Bogotá; ITDP México – Ciudad de Mexico; Municipalid de Rosario – Argentina e Transporte Ativo – Rio de Janeiro.

Para isso em novembro Bogotá será sede do RuedaLab, primeiro Congresso Latinoamericano sobre Ciclismo Urbano. O evento visa fomentar o intercâmbio de conhecimento técnico e cientifico que contribua para a promoção do uso da bicicleta como meio de transporte.

Estão abertas as convocatórias para participar do congresso, e os 10 melhores trabalhos selecionados terão seus custos de viagem ao evento cobertos pela organização.

Participe! Saiba mais e inscreva seus trabalhos até o dia 12 de setembro.

Alguns dos resultados deste projeto estão disponíveis aqui.

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Pedala Manaus, uma lição de cidadania.

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Pelo 5º ano consecutivo o Pedala  Manaus realiza seu Fórum de Bicicletas. O evento toma corpo e maturidade a cada edição, se tornando mais importante para a cidade e a busca de uma Manaus mais sustentável e amiga das pessoas. O Fórum, em suas diversas edições, já alcançou ciclistas que utilizam a bicicleta para esporte e lazer, academicos, políticos e administradores, sempre com assuntos pertinentes a mobilidade por bicicletas no Brasil e pelo mundo afora.

Nesta edição, cujo tema foi “A Necessidade de Políticas Públicas de Ciclomobilidade para o Desenvolvimento Urbano“, diferentes visões foram apresentadas, cada palestrante com sua abordagem e visão específica.  Laura Ceneviva, Secretária Executiva do Comitê Municipal de Mudança do Clima e Ecoeconomia do Município de São Paulo , que fez parte do Pró-Ciclista SP e foi uma das responsáveis pelo histórico workshop de planejamento cicloviario em Guarulhos 2006; Jaime Ortiz, ex-secretário de obras públicas de Bogotá, responsável pela implantação das ciclovias na cidade na década de 70; Clarisse Linke Diretora Executiva do ITDP Brasil e Zé Lobo representando a TA, deram uma mostra do que vem sendo feito e das necessidades atuais e futuras. Em comum a real necessidade de mudanças em nossas cidades e em nosso comportamento. Veja trechos das apresentações no site Ciclo.BR.

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Para complementar, houve um debate em praça pública com alguns dos candidatos a prefeito, com direito a ferinha com tema Bicicletas, Bike Food, shows e sorteios no final. O Pedala Manaus vem fazendo um excelente trabalho, com perseverança e dedicação eles dão exemplo para quem pensa em promover as bicicletas em sua cidade.

Medalha de Ouro para as Bicicletas.

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Durante os Jogos Olímpicos elas deram um show, no asfalto, na terra e na madeira. Mas fora das arenas de competição, nas ruas, elas também mostraram seu potencial, ajudando atletas, delegações, torcedores e cidadãos a alcançarem seus destinos com mais eficiência e rapidez.

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No post anterior, mostramos a estratégia dos holandeses, mas outras delegações fizeram o mesmo, ou parecido, Dinamarca, Alemanha e Estados Unidos também trouxeram bicicletas, Itália e Argentina compraram por aqui. Eram mais de 500 estrangeiros circulando pela Cidade Olímpica e isso motivou e incentivou muitos cariocas a fazerem o mesmo. Mesmo sem qualquer tipo de incentivo por parte da organização dos jogos lá estavam elas, melhorando a mobilidade da cidade independente de esforços governamentais.

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As grades da vila olímpica, do parque olímpico e de muitas outras arenas ficaram repletas delas, assim como os postes e bicicletários próximos. As agências de turismo em bicicletas também estavam com suas agendas cheias, pessoas do mundo inteiro queriam pedalar por aqui. Em breve teremos os Jogos Paralímpicos e lá estarão elas novamente, nas modalidades Ciclismo de Estrada, de Pista e nas ruas. Que esta tendência se perpetue e siga como legado inesperado dessa jornada Olímpica.

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Faça como os Holandeses!

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Durante os jogos olímpicos, vemos muito de superação individual, busca por resultados e sonhos. Em meio a tudo isso uma grata surpresa surge em plena Rio 2016, as bicicletas. Iniciando pelo circuito Ciclismo de Estrada mais bonito e completo de todos os tempos, encantando o mundo, a presença das bicicletas na cidade foi muito além do esporte.

Contrariando as indicações da prefeitura, enviadas aos portadores de ingressos de qualquer modalidade olímpica, para que não usassem bicicletas para ir aos jogos, delegações, atletas, voluntários e torcedores fizeram delas a melhor forma de se deslocar pela cidade durante os jogos.

O maior e melhor exemplo, veio da delegação Holandesa, que trouxe sua própria frota de bicicletas para que seus atletas, delegados e voluntários não tivessem problemas ao se deslocar pela cidade, com o previsível caos no trânsito que se anunciava. O Comitê Olímpico Holandês em parceria com a marca holandesa de bicicletas Gazelle coloriu a cidade maravilhosa com suas bicicletas laranjas, circulando sem qualquer tipo de problema ou retenções no trafego durante os jogos.

Conversamos com alguns holandeses pedalando pelas ruas e todos foram unanimes em dizer que as bicicletas fazem parte de seu dia a dia, algo quase como caminhar e que isto é possível em qualquer cidade.

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Nas palavras do Consul Geral Arjen Uijterlinde além dos benefícios que já conhecemos, a bicicleta traz sustentabilidade aos jogos, ou seja, é uma importante ferramenta para as mudanças que estamos precisando para o planeta.

O exemplo holandês de trazer suas bicicletas e sua cultura para os jogos Rio 2016 soa como uma grande lição para nossos gestores e planejadores estratégicos, que foram incapazes de ver a bicicleta como uma das soluções para a demanda por transportes durante os jogos, que pode transcender e virar legado para grandes eventos.

Muito do planejamento cicloviário carioca e brasileiro tem influência da expertise holandesa. Entre 2005 e 2010 a organização holandesa Interface for Cycling Expertise – ICE, esteve por aqui através do Bicycle Partnership Program, influenciando e qualificando técnicos, consultores e sociedade civil para o planejamento cicloviário. Agora, 10 anos após eles nos dão uma lição de mobilidade urbana, in loco durante os jogos Rio 2016 ao trazerem uma frota de bicicletas para que seus atletas, dirigentes, técnicos e voluntários pudessem circular pela cidade.

Ao tomar as ruas e bicicletários dos clusters olímpicos, eles vêm dando um belo exemplo de como se deslocar com eficiência contribuindo não só para que os jogos sejam mais sustentáveis, mas para mostrar que sim, é possível que a cultura de uso da bicicleta holandesa seja usada em qualquer lugar.

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Parabéns à delegação Holandesa por trazer sua cultura e nosso obrigado pelo belo exemplo.
Obrigado e parabéns também à todos os atletas de diferentes países, voluntários e visitantes que tiveram na bicicleta seu principal meio de transporte durante os jogos, ajudando a cidade a circular com tranquilidade e ficar mais limpa e bonita.

Mais sobre bicicletas no Rio 2016:
· Going Dutch: Beating Traffic on Two Wheels.
· Atletas da vela chegam de bicicleta para competição na Marina da Glória.
· Remadores abrem mão de transporte oficial e vão de bicicleta para Lagoa.
· Para driblar trânsito caótico, bike vira opção para ir ao Parque Olímpico.

 

Bicicletas a serviço das empresas

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Existem quatro maneiras de definir os diversos usos que as bicicletas podem ter para serviços de logística. Desde empresas cuja missão é fazer entregas, até consumidores que voltam do mercado pedalando.

Entre esses dois extremos estão as empresas que entregam produtos, mas cuja atividade fim é outra, pizzarias e farmácias por exemplo. Um outro tipo no entanto tem se popularizado nas ruas cariocas é mostra a evolução clara da cultura da bicicleta na cidade.

Trata-se da bicicleta como ferramenta complementar ao setor de serviços. Os técnicos de elevador com suas cargueiras são a forma mais antiga, mas circulam agora também montadores de móveis e instaladores de TV à cabo.

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A lógica é simples, serviço eficiente precisa de agilidade e nada mais ágil na cidade do que as duas rodas.

Como mostram as fotos que ilustram esse post, bicicletas personalizadas da NET e da Tok&Stok tem circulado pelo Rio de Janeiro. Tem assistência elétrica, o que talvez seja herança de uma visão motorizada de quem implementou a mudança para as duas rodas.

Os custos e eficiência de usar os pedais, mesmo que com impulso motorizado, certamente já se mostraram. Ambas as empresas serão ainda mais merecedoras de congratulações quando deixarem de lado os motores e abraçarem por inteiro a leveza e simplicidade da bicicleta.

Aquele empurrão elétrico é melhor deixar para outros “veículos urbanos de carga”, bicicletas capazes de transportar centenas de quilos e fazer entregas de grandes e pesados volumes. Para todas as outras, melhor seguir o exemplo da DHL Alemã ou das centenas de empresas que já dispõe de frotas de bicicleta.

Saiba mais: