A pequena grande festa das ruas

O Natal é importante principalmente por ser algo que acontece ao redor do mundo, ao mesmo tempo e com o mesmo pensamento em comum. A data ganha um significado ainda maior pela comunhão cristã ao redor do mundo. De maneira análoga, o Dia Mundial sem Carro torna-se a cada ano um ponto de inflexão no calendário. É hora de lançar campanhas de incentivo, de educação, projetos pilotos e principalmente aumentar o burburinho em torno da necessidade de revermos a mobilidade urbana ao redor do mundo.

Mas uma festa torna-se grande e universal com encontros, com conversas na praça, com ciclistas que experimentam pedalar ao trabalho para fazer parte da festa.

Apesar disso, é comum circular a opinião de que houve “baixa adesão”. E a hora dos factóides, com autoridades fotografadas no transporte público ou em cima de uma bicicleta. Tudo vale para a festa, mas o que mais conta são os resultados para além do dia 22 de setembro.

Seja como for, com novatos, festa e factóides, o Dia Mundial sem Carro é mais uma oportunidade em que a bicicleta se mostra como um excelente instrumento de democracia franca. Maneira de conhecer gentes dispares que se respeitam na diferença.

Até ano que vem, com mais bicicletas, pedestres e transporte público. Um dia de cada vez.

Saiba mais:

22 de setembro no blog.
Dia sem carro no Rio, site oficial
Dia Sem Carro no Rio tem 105 mil viagens a menos em automóveis (G1)
DMSC 2010 na Bicicletada-SP

Nova Contagem de Ciclistas na Paulista

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Acontece nesse momento mais uma contagem de ciclistas em São Paulo. Dessa vez a escolhida foi a Avenida Paulista.

O laventamento, que está sendo realizado pela Ciclocidade, tem como objetivo ajudar a planejar políticas públicas em favor dos ciclistas urbanos de São Paulo. Está sendo realizado na Avenida Paulista das 6h às 20h e os resultados serão divulgados na semana do Dia Sem Carro.

Veja os resultados de outra contagem realizada pela Ciclocidade.
Mais sobre contagens
Contagens no blog

E as bicicletas dominam as curtas distâncias

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A partir dos dados obtidos no Desafio Intermodal Carioca 2010 construímos a tabela abaixo, onde fica clara a superioridade das bicicletas sobre outros modais em distancias curtas.

Nas longas o ideal é mesmo a integração dela com o Transporte Público, confira no recém lançado relatório do V Desafio Intermodal Carioca.

E se você está preocupado com o tempo, escolha aqui a melhor forma de se deslocar no Rio de Janeiro.

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Tempos obtidos em 2 de setembro de 2010 no Rio de Janeiro, partindo às 18 horas. Os tempos considerados são da viagem completa, do ponto A ao ponto B, incluídos os deslocamentos de A até o modo de transporte e do modo de transporte até B, saindo e chegando como pedestres.

O Rio de Janeiro cada vez mais lindo.

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O Rio vem se mostrando a verdadeira capital da bicicleta no país. Os últimos meses mostram bem isso.

Agosto começou com a chegada do Tour do Rio no Aterro do Flamengo e houveram vários passeios de grande porte, como Sul América Night Bikers, o Pedala Tijuca entre outros e ainda os passeios noturnos diários que rolam pela cidade. Acontecem também passeios culturais, e tudo isto tem gerado muitas matérias de destaque na mídia sobre diferentes assuntos envolvendo as bicicletas.

A Prefeitura apresentou seus planos e começa a licitar novas ciclovias integradas ao Transporte Público em todas as regiões da cidade.

Além de passeios e competições de grande porte, setembro traz também o Dia Mundial sem Carros com um bom foco nas bicicletas.

Os cariocas cada vez mais usam suas bicicletas para variados tipos de deslocamentos. A sociedade civil tem boa representatividade junto às empresas e à administração da cidade. As bicicletas públicas batem recordes de viagens, o Metrô vem aumentando o número de bicicletários nas estações e recentemente liberou o transporte de bicicletas também aos sábados. Por sua vez, empresas começam a despertar para o uso da bicicleta.

Campanhas educativas, seminários e workshops sobre o tema também tem sido comuns, o que mostra que a cidade vem realmente se firmando como a capital das bicicletas no país.

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Bicicleta entrega o que promete: Liberdade

Nos tempos de mudanças velozes em que vivemos, a bicicleta é o único veículo que cumpre tudo aquilo que promete. A velocidade que vale mais é a média, nada de grandes arrancadas entre cada semáforo ou no intervalo dos congestionamentos. O ciclistas urbano é o único capaz de ir e vir constante e livre.

Chega setembro e mais uma vez desafios intermodais são promovidos Brasil afora. O Rio de Janeiro teve sua quinta edição, Curitiba a quarta (Resultado do IV Desafio Intermodal de Curitiba). A conclusão é sempre uma só, a bicicleta cumpre tudo aquilo que promete.

Para além dos desafios, é no dia a dia que o ciclista comprova os melhores resultados obtidos pelo melhor veículo de transporte jamais inventado. Eficiência, alegria, prazer, liberdade, etc. Mas podemos focar apenas na noção de liberdade.

Mesmo em um mundo sem fronteiras a maioria absoluta dos habitantes das cidades restringe sua vida a uma distância perfeita para ser percorrida de bicicleta, os famosos “até 7 km”. Ainda assim, os desafios intermodais comprovam a eficiência da bicicleta para além da distância ideal. No Rio de Janeiro, por exemplo, foram aproxidamente 15 km.

Essa liberdade cotidiana só a bicicleta é capaz de cumprir. Por ser individual é capaz de realizar trajetos de acordo com a escolha do usuário. Por ser pequena, permite transitar livremente mesmo durante congestionamentos motorizados.

Promover o uso da bicicleta é entregar à população um anseio ancestral por percorrer distâncias. Mas a liberdade da bicicleta é derivada do caminhar e beneficiar pedestres é necessidade paralela de uma cidade amiga da bicicleta.

Mais liberdade em bicicleta:
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A Liberdade da Propulsão Humana
Vida, Liberdade e a Busca pela Felicidade
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