Diferença entre Ter e Usar

DSC07003a

O consumo deixa cada vez mais de ser baseado em “ter”. Passa a ser mais importante um modelo de negócios voltado à função das coisas. O pensamento das empresas sai portanto da lógica de comercializar bens físicos para buscar atender as necessidades do cliente de uma maneira integrada.

Dentro desse contexto, as bicicletas públicas são uma tendência que não se resume as magrelas e a mobilidade em geral. Trata-se de uma aplicação, nas ruas. A satisfação de ir e vir com total liberdade encarada através de um novo olhar.

Ter e manter uma bicicleta tem um custo, ciclistas inveterados normalmente tem até mais do que uma bicicleta. No entanto para usos eventuais e para quem não quer se preocupar em manter sua bici, a mobilidade em duas rodas se traduz no compartilhamento. Um modelo de uso para as magrelas que representa o nascimento de um novo modo de transporte público, bem como uma exemplificação exemplar de um modelo econômico em dia com a sustentabilidade.

Mais:
Bicicletas Públicas
Velha Mobilidade
Product service system – Wikipedia (em inglês)

Pedalemos no Ritmo da Samba

SAMBA
Já está em funcionamento em caráter experimental as bicicletas públicas Cariocas. Até o dia 29 de dezembro pouco mais de 200 pessoas poderão testar gratuitamente o sistema e sugerir melhorias.

A pedalada fundamental do Sistema Alternativo para Mobilidade por Bicicletas de Aluguel – “SAMBA” já foi dada. Elas já estão nas ruas e certamente tem tudo para se multiplicarem e ajudar a mobilidade em bicicleta no Rio de Janeiro.

SAMBA 2

Uma iniciativa da Prefeitura em parceria com a Serttel, visite o Mobicilidade.com.br para fazer o cadastro.

Mais:
Prefeitura inaugura estação de bicicleta de aluguel em Copacabana
Bicicleta ‘parisiense’ faz sucesso no Rio

Se Essa Rua Fosse Minha

Talvez não pusesse ladrinhos na minha rua, mas certamente ela seria aberta apenas aos meios silenciosos de transporte.

Pedestres e ciclistas teriam prioridade se essa rua fosse minha.

Nessa rua, se apenas ela fosse minha, as calçadas seriam uma extensão das lojas e das casas. Lugar convidativo aos passos leves. Nada de trotes apressados.

Tudo isso apenas se essa rua fosse minha. Mas parece que ela vai deixar de ser.

As obras de expansão do Metrô de São Paulo seguem seu ritmo. Por conta disso a interdição da rua Fradique Coutinho irá terminar. Até hoje, somente ciclistas e pedestres podiam acessar a rua dos Pinheiros. No lugar do asfalto para a circulação motorizada, um grande canteiro de obras. Os buracos foram tampados e voltou reluzente o asfalto.

Essa rua deixará de ser minha. Deixará de ser silenciosa para quem nela mora, deixará de ser tranquila e de interesse apenas para quem quis estar nela. Virará mais um local de passagem, mas eu vou continuar passando por ela.

Ah mas se ela fosse minha…

Livremente inspirado na cantiga popular “Se Essa Rua Fosse Minha“.

Vale conferir o vídeo abaixo com intervenções em uma outra rua, que também não é minha, mas é humana e alegre.

Famosas Moças e suas Lindas Máquinas

O site TreeHugger.com tem uma galeria de fotos dedicada as celebridades femininas em bicicleta. A moça acima é Scout Niblett uma cantora e compositora estadunidense.

Simplesmente feliz em seu veículo.

A cidade amiga da bicicleta é uma cidade onde pedalar não é uma atividade para ousados homens entre 20 e 30 anos. Uma cidade verdadeiramente acessível a todos tem que incluir as belas moças e seus esguios veículos.

Pedalar é transportar-se e também uma maneira de entrar em contato consigo, com seu bairro e o que há de bom para ser visto e apreciado.

Uma cidade pensada para nossas mães, esposas, filhas é um lugar mais interessante e belo para todos. Um espaço que não distingue idade, gênero ou classe social. Ambiente verdadeiramente democrático.

—-
Confira a galeria de celebridades de Bicicleta.

Mais belas e estilosas imagens no Copenhaguen Cycle Chic.

Bicicultura, Primeiras Impressões

Brasilia

O evento Bicicultura desse ano foi realizado em Brasília. No centro do poder nacional a idéia era levantar a bandeira da bicicleta como prioridade para o país. E a União dos Ciclistas do Brasil está cada vez mais se firmando no cenário federal.

A presença de tantos cicloativistas brasileiros na capital ajudou o trabalho colaborativo entre as diversas instituições locais que promovem a bicicleta. As dificuldades e boas práticas estão dadas e precisamos seguir rumo ao futuro.

Desde 2005 ciclistas ao redor do Brasil tem se reunido e essa regularidade e o contato virtual constante são os grandes responsáveis pelo nascimento e crescimento da UCB. Em 2005 foi em Florianópolis com a ViaCiclo, 2006 São Paulo e Escola da Bicicleta, 2007 Rio de Janeiro pela Transporte Ativo, 2008 Brasília com a Rodas da Paz.

Mas ainda há muito o que ser feito. Em entrevista ao Jornal do Brasil Beth Davidson da Rodas da Paz resumiu uma necessidade dos ciclistas:

– Temos que ter, sobretudo, educação no trânsito para reconhecer que existem outros meios de transportes. A bicicleta tem que ser vista como meio de transporte.

E o ciclista, “tem de ser respeitado como tal.”

Muito mais do que vultosos investimentos em infra-estrutura, a bicicleta precisa do apoio político proporcional a sua importância na construção de cidades melhores para todos. É essa a luta da União dos Ciclistas do Brasil e dos grupos locais nela representados.

Mais informações no site do Bicicultura.
– JB Online – Construção de ciclovias é prioridade do governo, diz secretário