Contagem fotográfica de bicicletas


capa do Manual de contagem

A contagem fotográfica de bicicletas foi desenvolvida pela Transporte Ativo para proporcionar um método fácil, barato e alternativo, que une o baixo custo e a flexibilidade das contagens manuais e a confiabilidade dos processos automáticos.

Como forma de facilitar a execução deste tipo de contagem, por outras organizações, em qualquer lugar do Brasil, decidimos produzir e publicar o Manual de Contagem Fotográfica. Ao mesmo tempo, construímos um mini-site, onde colocamos o Manual online (faça o download do pdf), mais os modelos base de planilhas, do relatório e o formulário para contagem.

É ideal que o uso da bicicleta seja mensurado antes e depois da introdução de novas medidas. Isso se aplica tanto a campanhas educativas, construção de infraestruturas, ou mudanças em políticas cicloviárias. Contagens posteriores ajudam a justificar despesas e/ou atividades e também contribuem para demonstrar o valor de investimentos adicionais.

Contagens de bicicleta são interessantes não somente para engenheiros de trânsito e planejadores urbanos. Os dados podem ser úteis também para agentes de saúde, interessados em promover estilos de vida saudáveis. O número de ciclistas em idade escolar é fundamental para programas de educação para o trânsito ou implantação de rotas seguras para a escola. A polícia pode encontrar, nos dados coletados, bons motivos para reforço do policiamento e da segurança na região. Os benefícios são incontáveis.

Nosso objetivo final é que ciclistas possam ter um diálogo produtivo com técnicos da prefeitura, balizado em números e imagens irrefutáveis.

  • Faça o download do material para as contagens fotográficas .
  • Mais: o que já foi publicado aqui sobre contagens.

    No ritmo do Samba

    O sistema de bicicletas públicas carioca definitivamente está nas graças dos cariocas. Os números ajudam a comprovar isso.

    Em abril haviam sido 1.288 viagens, um número impressionante face a média de 500 à 700 viagens nos meses anteriores de funcionamento. No entanto, maio trouxe números ainda mais consistentes, foram 2.871 viagens. Nada mais de 25% de todas as viagens realizadas desde o lançamento do sistema.

    samba

    Que o Rio de Janeiro siga no ritmo do Samba e que sobre duas rodas, o carioca saiba redescobrir a cidade maravilhosa e o enorme potencial de se tornar a cada dia mais linda.

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    Quadrinhos ciclísticos

    Quadrinhos de um neófito e um apocalíptico que acabam se encontrando na busca pela bicicleta como solução individual para o caos coletivo que é o trânsito da metrópole. Essa é a história que Ulisses Garcez lançará nesta sexta em São Paulo.

    Ao que tudo indica o autor é, também, um apocalíptico, ou ao menos um grande simpatizante. Certamente um importante passo para a construção de uma cultura ciclística tão necessária. Pelas bordas e com diferentes abordagens São Paulo em particular e o Brasil como um todo, aprende a repensar o modelo de cidade e de mobilidade que deseja.

    Confira uma prévia do quadrinho Ciclovia.

    Sobre o lançamento:

    Espaço Soma
    Rua Fidalga 98 – Vila Madalena – São Paulo – SP
    Data: 28.05.10 – Sexta
    Horário: 19h30
    Entrada . Gratuita.

    Linhas de desejo e representatividade

    Rios sempre foram obstáculos naturais. Em São Paulo são a grande barreira para os meios de transporte ativos. Os rios Pinheiros e Tietê formam uma linha real que separa o centro expandido da capital do resto da mancha urbana metropolitana.

    Alças de acesso que permitem velocidades altas para os motorizados e a ausência de faixas de pedestres acabam por desencorajar viagens a pé e de bicicleta nas pontes. Em algumas delas caminhar e pedalar é até proibido.

    Como forma de reforçar o desejo de pedalar em segurança sobre o rio Pinheiros, ciclistas pintaram uma ciclofaixa na ponte Cidade Universitária. O fluxo de pedestres é enorme por conta da USP de um lado e da estação de trem do outro lado do rio. Some-se a isso a grande oferta de empregos de um lado e moradias do outro.

    O “cicloativismo apocalíptico” exemplificado na sinalização não-oficial carrega consigo o desejo ancestral de traçar o caminho mais curto e seguir por ele. Nas palavras do filósofo Gaston Bachelard, é a linha de desejo, ou trilha social. Foi desse modo humano de viajar que se fizeram caminhos na mata, que viraram trilhas, estradas. Por onde passaram boiadas, trilhos e estradas.

    Caminhos em qualquer cidade, ou espaço humano habitado, serão sempre os mais curtos e fáceis. Durante as últimas décadas esse caminho era pensado para a utilização de veículos motorizados. A demanda e ineficiência em deslocar pessoas provaram a falência desse modelo. Para mitigar o colapso, resta investir em alternativas que encoragem o uso de meios de transporte inteligentes para as inúmeras demandas humanas por ir e vir.

    Leia mais:
    atos de amor e coragem (pedaline)
    23 de maio (apocalipse motorizado)
    Desire path (wikipedia)
    Subconscious Democracy and Desire (Copenhagenize)

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    Espaço público em debate

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    Almoço grátis não existe. E no uso do espaço público, tudo que é de graça na verdade tem seu custo dividido por todos. Um exemplo clássico é o estacionamento gratuito de automóveis particulares nas vias. Um espaço que pertence à sociedade é utilizado livremente pelo dono de uma propriedade particular.

    No nobre bairro de Moema, em São Paulo, a prefeitura, reduziu o espaço para o estacionamento gratuito visando benefícios para a fluidez do trânsito. Além disso, para compensar a redução dos espaços para estacionar, implantou o estacionamento rotativo nas ruas. Tudo para gerenciar de maneira mais eficiente o território limitado das ruas.

    A medida, infelizmente, gerou descontentamento junto a um grupo de moradores e comerciantes da região. Um caso claro de confusão entre interesses privados e o bem maior.

    Reverter o cenário de imobilidade motorizada em São Paulo envolve uma série de medidas, muitas vezes polêmica. A restrição ao estacionamento em locais públicos é uma delas.

    Isso implica na readequação da circulação de moradores e visitantes do bairro. Comerciantes precisam depender mais da clientela local que aos poucos terá mais incentivos para deixar o carro na garagem e circular a pé ou de bicicleta pelo próprio bairro.

    Para qualificar o debate, estão sendo promovidas audiências públicas na Assembléia Legislativa:

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    Serviço:
    Audiência Pública
    Terça-feira, dia 25 – às 19h
    Local: Plenário José Bonifácio
    Assembleia Legislativa de São Paulo
    Avenida Pedro Álvares Cabral, 201, 1 andar
    Em frente ao Parque do Ibirapuera

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