Mais segurança nas ruas.

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Durante o levantamento de entregas por bicicletas em Copacabana, distribuímos adesivos refletivos da Transporte Ativo para ciclistas entregadores. Agora eles, que circulavam sem nenhuma segurança à noite e em túneis, podem contar com um pouco mais de visibilidade, pois o adesivo refletivo chama a atenção dos motoristas, aumentando consideravelmente a segurança dos ciclistas.

Levaremos uma cópia do relatório e mais kits de adesivos para todas as bicicletas dos estabelecimentos que se mostraram mais intessados e receptivos.

Mais segurança em Copacabana e mais bicicletas circulando por aí com o logo da TA.

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Na abertura da exposição As Cidades Somos Nós, centenas de adesivos refletivos foram distribuidos para os ciclistas presentes e para os visitantes.

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Manual de contagem, em espanhol

Manual de contagem trilingue

O Manual de Contagem Fotográfica de Bicicletas foi publicado em junho, pela Transporte Ativo, para divulgar e disseminar o método prático e eficiente, inventado pela TA, para medir o fluxo de bicicletas.

A qualidade do manual foi reconhecida de imediato pelo ITDP-Brasil, que patrocinou a tradução para o inglês e o espanhol.

O manual em inglês foi lançado em agosto.

Agora, estamos publicando o manual em espanhol, Conteo Fotográfico de Bicicletas, com tradução de Carlos Felipe Pardo, Assessor do ITDP-Colômbia e membro do Sustran LAC.

A TA atuando trilíngue!

Agradecemos o empenho e o reconhecimento de Jonas Hagen, do ITDP-Brasil

  • os dois próximos posts serão publicados em inglês e espanhol, para divulgação no exterior e captura dos textos pelos mecanismos de busca da internet, nas respectivas línguas estrangeiras.

Maneiras de encararar um problema

A segurança é sempre uma preocupação constante das pessoas, mas trata-se de um conceito complexo e difícil de ser medido. Uma “sensação” não tem escala definida nem números que possam comprovar sua eficácia, é apenas uma percepção difusa que muda dependendo do contexto.

No trânsito, segurança é ainda mais complexo e muitas vezes pode-se optar em proteger o touro que circula na loja de cristais ao invés de domá-lo. Circula na internet um vídeo que é a exemplificação de como não proceder para salvar vidas e reduzir danos no trânsito.

Trata-se de mais uma maneira cara e ineficiente que profissionais de design buscam “revolucionar a bicicleta”. Os exemplos são inesgotáveis e alguns são mais divertidos, outros menos.

O revolucionário sistema de cobrir a cabeça de um ciclista com um bóia inflável é exatamente como deixar livre o touro da loja de cristais e envolver todos os produtos em metros de plástico bolha. Solucionar o problema é acessá-lo por um caminho totalmente distinto.

Dispositivos de segurança passiva em automóveis são úteis e benéficos nas pistas de corrida. Nas ruas tendem a induzir excessos dos motoristas e aumentar os danos e custos sociais do trânsito por incentivarem a imprudência.

Por hora, melhor usar o capacete bóia para flutuar depois dos saltos no lago do post anterior.

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Na Inglaterra o lema é: “20 é o bastante”. Diversas cidades tem unificado o limite de velocidade das ruas residenciais para 20 milhas por hora, o equivalente a 32 km/h. O maior benefício da unificação é a universalização do comportamento.

Motoristas que vivem em ruas mais tranquilas onde crianças podem caminhar e pedalar com segurança entendem melhor porque é bom ir devagar. A segurança viária passa a ser portanto um conceito comunitário para além de placas e sinalização não respeitada.

Violações aos limites de velocidade tem um forte componente de coerção social. A campanha “20’s Plenty” trata com extremo louvor o princípio de que as pessoas respeitam mais regras que “fazem sentido”. Afinal cada motorista tem como parâmetro a conduta em “sua rua” e passa a universalizar o comportamento cortês na “rua dos outros”.

Um grande problema da mobilidade urbana é a atitude dos condutores e para reverter comportamentos detrutivos, novas idéias são o único caminho. A universalização das Zonas 30 por trás do lema “20 é o bastante” é certamente uma abordagem que trabalha não só com a informação estática, mas principalmente com a mudança de comportamento.

No Brasil, o Rio de Janeiro já criou as suas “Zonas 30”, que teve sucesso e adesão por parte dos motoristas. Para o exemplo de Copacabana se espalhar, já fica a sugestão de slogan: 30 é bom pra gente!

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Devagar também nas estradas

Um estudo preliminar holandês concluiu o que qualquer motorista atento ao consumo de combustível sabe, ir devagar na estrada ajuda a economizar. Ao manter velocidades menores durante uma viagem, é possível também diminuir as emissões de CO2.

A tese que os pesquisadores da CE Delft levantaram é que trata-se de uma boa política pública reduzir os limites de velocidade nas estradas. Para emitir menos CO2 e portanto contribuir menos para o aquecimento global. Os ganhos podem chegar a 30% com a redução do limite de velocidade para 80 km/h nas auto-estradas. Vale lembrar que em muitas estradas brasileiras o limite para veículos pesados já é de 90 km/h.

Vale destacar os custos e benefícios:

CUSTOS SOCIAIS:

– Maior tempo de viagem
– Redução no índice de passageiros transportados/veículo/quilômetro
– Custos de fiscalização

BENEFÍCIOS SOCIAIS:

– Redução da emissão de CO2
– Redução na emissão de poluentes
– Redução da poluição sonora
– Aumento da segurança viária
– Redução dos congestionamentos
– Diminuição nos gastos com infraestrutura
– Economia de combustível

Transplantando esse estudo para a realidade brasileira, os benefícios podem ser ainda maiores. Tanto por salvar vidas nas estradas e também por tornar possível igualar a velocidade máxima dos veículos leves e pesados.

Para ler o resumo:
Why slower is better
(via treehugger)

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