Destaques
II Desafio Intermodal Carioca
Posted onAuthorJoão Lacerda4 Comments
A segunda edição do Desafio Intermodal Carioca transcorreu perfeitamente e num dia sem trânsito os resultados foram bastante diferentes do ano passado. Além da atípica falta de retenções o número de participantes também aumentou, foram 13 modais e a participação de pedestres.
Antes do estudo completo dos resultados, já se pode concluir que bicicleta e metrô juntos são a melhor maneira de se percorrer grandes distâncias. Na parte em que o ciclista com a dobrável pedalou do Metrô Cantagalo até o Leblon foram apenas 9 minutos, contra 12 minutos do carro e 15 da moto.
Os resultados para um percurso com média de 15 km:
– Maior distância percorrida, Bicicleta pela Ciclovia 22,5 km;
– Menor distância 13 km pedestre.
Todos saíram da Central do Brasil e chegaram na Praça Antero de Quental no Leblon utilizando percurso a escolher, desde que pela estação Metrô Cantagalo (exceto pedestre).
Destaques para:
· O carro e o táxi levaram o mesmo tempo que o metrô na primeiro trecho do percurso, confirmando a fluidez do trânsito no horário.
· A Bicicleta dobrável em integração com o Metrô levou o mesmo tempo que o carro e a moto apesar de não haver trânsito.
· O Pedestre que fez o percurso correndo, levou o mesmo tempo que o carro no ano passado.
Seguem os tempos totais com os intermediários entre parênteses. Clique no tempo total ou no intermediário para conferir as fotos.
Carro 42 min (30)
Moto 42 min (27)
Metrô-Bicicleta 42 minutos (33)
Táxi 43 minutos (32)
Bicicleta Masculino 47 minutos (36)
Metrô-Skate 48 minutos (29)
Ônibus 54 minutos (44)
Metrô-Patins 56 minutos (29)
Metrô-Ônibus 58 minutos (24)
Bicicleta Feminino 58 minutos (42)
Metrô-Pedestre 67 minutos (29)
Bicicleta Ciclovia 69 minutos (50)
Pedestre 79 minutos
A conexão metrô-ônibus foi feita na estação Siqueira Campos e o corredor fez um trajeto mais curto sem passar por Copacabana (confira o caminho do pedestre).
Em breve o novo relatório, que terá dados comparativos entre os dois anos.
> No site:
Relatório Desafio Intermodal Carioca 2006
> No Blog:
Desafio Intermodal Carioca 2006
Um dia sem carros, por quê?
Posted onAuthorDenirLeave a comment
O dia 22 de setembro se aproxima. Foi escolhida como a data simbólica para um mundo em busca da mobilidade urbana sustentável. Notícias nos jornais e comentários na internet já mostram a agitação que a data provoca. As duas maiores cidades do país, Rio e São Paulo, aderiram formalmente. A mobilidade sustentável é algo amplo e complexo, mas o refrão é “Dia Mundial Sem Carros”.
Ao lançar uma campanha contra os carros pode-se causar efeito inverso, gerando uma sensação de desamparo na maioria das pessoas, em estágio avançado de dependência do automóvel. Tal como quando o boato “vai faltar água” se espalha e todos começam a encher baldes e bacias.
Quando se fala em mobilidade, o alerta tem de ser feito. Os malefícios causados pelo automóvel na coletividade são bem maiores que os benefícios que ele proporciona a seus proprietários individualmente.
Cidades são sistemas complexos e a política urbana adotada na sociedade ocidental, ao valorizar em demasia o individualismo do transporte por automóveis, só fez piorar a situação a um ponto insustentável. Há uma rede de conexões entre o aumento do uso e da quantidade de automóveis e sua influência negativa no ambiente das áreas urbanas.
Em março deste ano foi publicado o documento The Urban Environment pela Royal Commission on Environmental Pollution, do Reino Unido. Eles identificaram uma teia de problemas maléficos causados pelos automóveis nas cidades. O diagrama foi traduzido para o português e encontra-se disponível na página da TA.
Para uma teia de problemas, há uma árvore de soluções. Neste cenário caótico e aparentemente sem saída da dependência dos automóveis, a bicicleta apresenta-se como alternativa viável para mobilidade nas cidades. É uma forma de transporte individual ecologicamente limpo, silencioso, que ocupa pouco espaço urbano. Além disso, ainda melhora a saúde e aproxima as pessoas.
Em busca de melhor qualidade de vida, de um planeta mais limpo e um futuro garantido para as novas gerações, as cidades precisam que todos nós façamos uma opção ativa pelo transporte coletivo, andar a pé, de skate, patins ou bicicleta.
- Mais:
> No blog:
Outra São Paulo
Dia Sem Carro no Rio
> No site:
artigo: Viciados em carro
> Repórter Social.com.br
Bicicleta na cidade: contra o caos urbano
Olhar Bípede
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
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Executivo a caminho do trabalho – Foto Zé Lobo
A Revista Piauí desse mês traz o perfil do professor Alexandre Delijaicov da Universidade de São Paulo. Há anos ele percorre a metrópole somente de bicicleta. A indumentária foge ao convencional para as ruas brasileiras, mas está dentro do padrão europeu.
A bicicleta de Delijaicov tem um alforje no bagageiro onde ele guarda calças impermeáveis e uma capa, para os dias de chuva. Ele costuma vestir jeans, camisa branca de mangas compridas, com os punhos abotoados, calça tênis de camurça marrom-café e leva uma bolsa de lona preta cruzada no peito. É difícil imaginar que essa seja a indumentária ideal para percorrer sete quilômetros e meio de bicicleta. A maneira de se vestir, no entanto, é a primeira característica que diferencia o professor de arquitetura da maioria dos ciclistas. Para ele, andar de bicicleta não é um esporte; é um jeito de chegar ao trabalho. Necessariamente, ele não pode transpirar ao pedalar: nenhum professor (exceto os de educação física) pode dar aula suando.
Uma cultura ciclística é feita de iniciativas como a do professor Delijaicov. Como ele bem define:
Nossas cidades são como nós, obras inconclusas (…)
A mudança que desejamos no espaço urbano se dará quando os cidadãos mudarem o olhar e souberem contemplar a cidade que queremos. Sem poluição, barulho e com segurança para todos. Uma cidade humana que certamente será um espaço amigo dos pedestres e ciclistas.
> Revista Piauí:
Movido a 100% energia humana
> Apocalipse Motorizado:
Bicicletada dos Executivos
Ação nas Ruas
Posted onAuthorJoão Lacerda6 Comments
A Bicicletada Carioca quer tomar as ruas.
Vamos lá todos nesta sexta dia 31 de agosto às 17:30h na esquina de Praia de Botafogo com a Rua São Clemente.
Pedalar nas ruas congestionadas é um prazer à parte. Trânsito todo parado, tranqüilidade total para se trafegar de bicicleta e um contato direto com a realidade do transporte urbano.
Um momento para mostrar aos que estão parados no engarrafamento que a bicicleta pode ser uma excelente solução, simplesmente por nos ver deslizando pelas avenidas congestionadas.
É a Bicicletada Carioca de volta às ruas!
Para que a situação acima possa ser revertida.
Cada pedalada não é apenas o ato de mover-se pelos próprios meios, quem tem a bicicleta como parte do seu cotidiano insere-se numa lógica que ainda é nova. Manter sempre os pés nos pedais é no entanto uma maneira de agir sempre.
Compromisso Empresarial
Posted onAuthorJoão Lacerda1 Comment
O presidente da Trek, John Burke já havia afirmado para os demais membros da indústria ciclística mundial que a bicicleta pode solucionar muitos dos problemas mundiais. O que irá refletir em um aumento do volume de vendas do setor. A idéia foi deixar claro como o investimento na promoção ao uso das bicicletas nas cidades merece a devida atenção por parte dos empresários da bicicleta.
A febre do Mountain Bike e os dias de empolgação com a alta tecnologia das bicicletas de estrada foram responsáveis por polpudos recursos para a indústria. Agora, segundo Burke, é a vez e a hora das bicicletas nas cidades do mundo.
Como forma de passar das palavras a ação, foi lançada a inciativa “Um mundo, Duas Rodas” (1 World, Two Wheels). Trata-se de um compromisso da fábrica e de seus revendedores para que juntos com os consumidores, possa ser construído um planeta mais amigável às bicicletas, um quilômetro de cada vez.
- Mais:
> Trek Bikes
1 World 2 Wheels
> No Blog:
Planeta Amigo das Bicicletas
> Bike Portland.org
Trek president launches ambitious advocacy campaign




