#BrasilnoVelocity – as expectativas

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Começou o Velo City 2015 – Nantes, será a maior delegação brasileira nessa que é a mais importante conferência sobre mobilidade em bicicleta no mundo. Nunca fomos tantos presentes nem tantas participações no programa.

São centenas de apresentações, impossível estar presente a todas, mas a missão dos brasileiros aqui em Nantes é assistir ao maior número possível delas e compartilhar o conhecimento. As informações serão diariamente compartilhadas através de um Hangout, uma parceria Bike é legal, Bike Anjo e Transporte Ativo.

Confira como foi o primeiro Hangout #BrasilnoVelocity:

Ter acesso ao conhecimento e trazê-lo para nosso país irá fortalecer nossa busca por cidades mais amigas das bicicletas.
O Velo City é a experiência de viver por alguns dias um mundo que sonhamos, o ambiente, a cidade, as cabeças pensando bicicletas durante todo o tempo. É possível encontrar desde o ativista ao técnico, passando por políticos, administradores, empresários, todos com o mesmo objetivo, conhecer as tendências, o que vem funcionando e o que não, no mercado, nos gabinetes, nas ruas, uma enxurrada de informações e folhetos.

Transporte Ativo no Velo-City

Nantes será o sexto Velo City em que estivemos presentes. A cada um, importantes mudanças ocorreram na vida da organização e no Rio de Janeiro, certamente acontecerá com todos os presentes, nunca mais serão os mesmos. Pra quem pensa a mobilidade por bicicletas a experiência é sempre um marco.

Que a partir daqui possamos transformar nosso país e nossas cidades, como vem acontecendo com o Rio desde o meu primeiro Velo City em 2007.

Saiba mais:

Confira a programação completa do Velo-City 2015 (em inglês, ou francês)

Cobertura direta de Nantes – Bike é Legal

Planejamento urbano para pedestres

Barreiras para pedestres em travessa - foto via Mapillary

Barreiras para pedestres em travessa – foto via: Mapillary

O simples ato de caminhar pelas ruas de grandes cidades brasileiras pode ser revolucionário, ou no mínimo contra cultura. Muito da lógica de engenharia que constrói rodovias é ainda hoje aplicada no desenho e planejamento para a fluidez do espaço de circulação urbano.

Entender e definir trajetos para o fluxo de pessoas e cargas sempre foi uma necessidade urbana, mas um aspecto fundamental ficou de fora quando se institucionalizou o rodoviarismo urbano com prática padrão. Esquecemos das ruas como um componente vital de zonas urbanas, estrutas que impactam diretamente a qualidade de vida da população local.

A importância de marcadores de qualidade para o trânsito pedestre é tão fundamental que é preciso lembrar da lógica dos shoppings centers. Em cidades com primazia do transporte motorizado sobre os deslocamentos humanos, centros de compras que são locais adequados para circulação e contemplação e funcionam como ilhas de tranquilidade cercadas de estacionamentos lotados por todos os lados.

Descobrir os caminhos dos pedestres

Vista de cima a cidade é feita apenas de linhas e vazios.

Vista de cima a cidade é feita apenas de linhas e vazios.

Para entender e planejar a mobilidade é preciso “descer ao nível pedestre”, caminhar e descobrir o movimento de quem se desloca a pé. Descobrir barreiras, tais como qualidade do piso, calçadas estreitas, posts, placas, comércio ambulante, abrigos de ônibus, falta de sinalização e iluminação focada no pedestre, falta de acessibilidade, cruzamentos inseguros, caminhos indiretos, desrespeito às linhas de desejo, invasões e interferências na calçada através de carros estacionados ou obras etc.

O pedestre requer mais do que linhas e planos traçados em escritórios com ar condicionado, entender as necessidades de deslocamento urbano a pé requer um profundo conhecimento do espaço urbano, seus caminhos e seus locais de pausa.

Sinergias entre bicicletas e pedestres

Pai ciclista prefere a calçada. foto via Mapillary

Pai ciclista prefere a calçada – foto via: Mapillary

Por ser veículo e por ser compatível com velocidades humanas a bicicleta é um excelente colonizador para espaços urbanos desgastados por excessos rodoviaristas. Com um mínimo de adequação do viário existente é possível incluir mais pessoas pedalando o que invarialmente torna as ruas mais agradáveis para caminhar e gera um círculo virtuoso de promoção à qualidade de vida.

Utopias e o futuro da mobilidade

Vai acontecer em Viena, na Áustria o Walk21, um conferência mundial realizada por uma rede de organizações e pessoas que promovem a mobilidade a pé. A idéia é inspirar e envolver as pessoas através da disseminação de boas práticas e implementação de soluções que criem espaços de circulação para que mais pessoas escolham caminhar. Por mais pedestres, caminhando com mais conforto mais vezes.

O futuro da mobilidade já está aparecendo - foto via Mapillary

O futuro da mobilidade já está aparecendo – foto via: Mapillary

Saiba mais:

– Vale conferir os projetos inspiradores enviados para a seleção.
– Leia o manual de desenho urbano para pedestres elaborado pelo governo inglês.

A Bicicleta no Brasil – O Livro

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Uma compilação de dados, informações e curiosidades acerca dos usos e da cultura da bicicleta em 10 capitais brasileiras. Esse é o livro “A Bicicleta no Brasil”, que será lançado simultaneamente em 8 cidades no dia 07 de maio de 2015.

Parceria entre a associação Aliança Bike, a rede Bicicleta para Todos, a rede Bike Anjo e a UCB – União dos Ciclistas do Brasil com o apoio do Itaú. “O livro é o início de uma série importante de publicações que romperão com muitos paradigmas e preconceitos sobre a mobilidade por bicicletas no Brasil”, declara Daniel Guth, líder da rede Bicicleta para Todos e diretor de participação da Ciclocidade.

Além dos organizadores, também participaram da elaboração do livro grupos, entidades e organizações de dez cidades diferentes. São elas: Ameciclo (Recife-PE), BH em Ciclo (Belo Horizonte-MG), Ciclocidade (São Paulo-SP), Cicloiguaçu (Curitiba-PR), Ciclourbano (Aracaju-SE), Ciclovida (Fortaleza-CE), Pedala Manaus (Manaus-AM), Rodas da Paz (Brasilia-DF), Transporte Ativo (Rio de Janeiro-RJ) e ViaCiclo (Florianópolis-SC).

Organizado por André Geraldo Soares, Daniel Guth, João Paulo Amaral e Marcelo Maciel, a publicação tem fotografias de Felipe Baenninger e diagramação, design e ilustrações de Giovana Pasquini. “O maior resultado deste livro é ver que o Brasil já é um país das bicicletas e que diversas cidades já estão se mobilizando para dar ainda mais espaço às magrelas”, afirma João Paulo Amaral, articulador da rede Bike Anjo.

No mesmo dia do lançamento, o livro também estará disponível em versão digital, nos sites das organizações participantes.

Lançamentos simultâneos confirmados do livro “A Bicicleta no Brasil”

Dia 07 de Maio (5ª feira)

  • Recife: 18h30
    Local: Reciclo Bikes do Impacto Hub – Rua do Bom Jesus, 180 (Bairro do Recife)
  • Rio de Janeiro: 18h30
    Studio X – Praça Tiradentes, 48 (Centro)
  • Aracaju: 19h
    Local: Sociedade Semear – Rua Leonardo Leite, 148 (São José)
  • Belo Horizonte: 19h
    Local: Casa do Jornalista – Av. Álvares Cabral, 400 (Centro)
  • Brasília: 19h
    Balaio Café – CLN 201 – Bloco B – Loja 19/31
  • São Paulo – 19h
    Local: Biblioteca Mario de Andrade – Rua da Consolação, 94 (Centro)
  • Curitiba: 19h30
    Bicicletaria Cultural – Rua Presidente Faria, 226
  • Manaus: 20h
    Anfiteatro do Parque dos Bilhares – Av. Djalma Batista, s/n (Chapada)

 

 

Prêmio Visionários à pé – Viena

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Cada jornada começa nos primeiros passos. E quem tiver as melhores idéias que promovam a mobilidade à pé nas cidades, tem até o dia 30 de abril para se inscrever no Walking Visionaries Awards (Prêmio Visionários à pé, em tradução bem livre).

Serão ao menos 30 iniciativas agraciadas com isenção de inscrição no maior encontro global de mobilidade à pé e cidades para pessoas, a conferencia Walk 21 que acontecerá em outubro de 2015 em Viena, Áustria.

As inscrições são aceitas exclusivamente através do formulário online (em inglês) e podem ser feitas nas seguintes categorias:

  • Advocacy, Campaigning and Social Projects;
  • Walking 2.0 and Future Mobility;
  • Walking and the Arts;
  • Fashion and Walking Gear;
  • Planning and Design for Liveable Public Spaces.

 
Saiba mais:

Walk21 Vienna

O Brasil que promove a bicicleta

Foto: Michelle Castilho

O grupo reunido ao final do Workshop. Foto: Michelle Castilho

Para levar a promoção ao uso da bicicleta para novos patamares, esse foi o mote do do III Workshop a Promoção da Mobilidade por Bicicletas no Brasil que aconteceu de 25-27 de março no Rio de Janeiro, e reuniu diversas organizações que promovem o uso urbano das bicicletas no país.

Ciclistas e organizações vindas de Porto Alegre até Manaus, com representantes de todas as regiões brasileiras formaram o público. O tema central do workshop foi “como atingir novos públicos” e a meta era descobrir como ampliar o debate e o conhecimento sobre os benefícios da bicicleta para além dos grupos já catequisados. Os workshops tem buscado sempre temas sempre buscam levar as iniciativas de promover a bicicleta além do senso comum. O primeiro workshop teve como tema “as relações com o poder publico”, no segundo “administração e captação de recursos”.

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André Trigueiro – Foto: Michelle Castilho

André Trigueiro e Alfredo Sirkis abriram o evento e deram a tônica do que estava por vir. Trigueiro, jornalista acostumado a lidar com diferentes temas e públicos ressaltou que as bicicletas e as iniciativas que a promovem tem se destacado nos últimos cinco anos e tem realmente feito a diferença. Já Sirkis que há décadas promove o uso das bicicletas compartilhou muito de sua vasta experiência prática e de sensibilização.

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Alfredo Sirkis – Foto: Michelle Castilho

No segundo dia, foi a vez das experiências cariocas, como a da Juliana da PET COPPE UFRJ que falou sobre mobilidade corporativa e a Clarisse Linke do ITDP que buscou mostrar caminhos a serem seguidos. Parceiro da Transporte Ativo e patrocinador do workshop, o Banco Itaú foi representado pela Simone Gallo que mostrou o que o banco tem feito em prol da bicicleta.

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Clarisse Linke – Foto: Michelle Castilho

Como grande fechamento, o sul-africano Andrew Wheeldon da Bicycle Cities conclui com maestria o terceiro dia de pedaladas do workshop.

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Andrew Wheeldon – Foto: Michelle Castilho

Cada dia mais pessoas de norte a sul do país, da academia, poder público e no ativismo tem buscado um mesmo objetivo, a humanização das cidades. O III Workshop uniu pessoas e por meio dessa força cumpriu seu papel com louvor. Agora é seguir em frente para aplicar o conhecimento adquirido pela Transporte Ativo e todos os presentes e torcer para que os resultados sejam tão impactantes como o dos workshops anteriores.

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Plá, dando a moral – Foto: Michelle Castilho

A presença ilustre e inesperada do Plá foi o encerramento perfeito para animar o fechamento e elevar a moral para seguirmos a pedalada. Juntos, no mesmo barco, ou melhor, no mesmo pedalinho, firmes no caminho rumo a cidades amigas das bicicletas e das pessoas.

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Um agradecimento especial precisa ser feito à Michelle Castilho responsável pelo Ciclovias Invisíveis e que fez o belo registro fotográfico que ilustra esse post.

Agradecimentos também aos parceiros Studio-X Rio por ceder espaço tão especial para a realização do evento e ao Itaú que tornou possível a realização deste workshop, assim como diversas ações pró bicicletas Brasil afora.

Veja também os workshops anteriores: 2013, 2014.