3ª Edição Vai Longe | Programa de Aceleração de Projetos

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O Vai Longe é o programa de aceleração de projetos, promovido pela Tembici em parceria com a Transporte Ativo, que visa apoiar projetos que fomentem o uso da bicicleta como meio de transporte e contribuam para a mobilidade no Brasil. E, para tornarmos as cidades mais humanas por meio do incentivo ao uso da bicicleta, te convidamos a inscrever seus projetos na terceira edição do programa!

O orçamento total disponível para o edital é de R$100.000,00 (cem mil reais), destinado como patrocínio. Serão selecionados até 4 (quatro) projetos. Os projetos deverão estar em uma das categorias: Sustentabilidade, Políticas Públicas ou Negócio. 

Conheça a programação completa, regulamento, cronograma e inscreva seus projetos clicando aqui!

Conheça também os projetos selecionados na primeira e na na segunda edição.

Travessia Cidade Universitária – Cajú

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Desde o dia 22 de setembro de 2023 existe um caminho para ir da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, até a Rodoviária Novo Rio. Mas só para aventureiros, como o ciclista inveterado Alex U-Biker, os 5 Ciclanos e o barqueiro Denis Hop.

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Em 2010 U-Biker trouxe para a Transporte Ativo uma campanha por uma Ilha do Governador mais ciclável, com o relatório de uma rota onde a maioria dos ciclistas já utilizava, sem proteção. Era o Anel Cicloviário da Ilha do Governador, incorporado pela Prefeitura do Rio, nas obras olímpicas.

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A nova investida, em formato de campanha aberta, é conseguir uma eco-balsa para ligar o píer do Parque Tecnológico do Fundão até o píer dos pescadores no Caju. E dali completar 2,3 km de ciclovias e sinalizações até a Rodoviária, pelas ruas do Caju e a calçada do Porto do Rio.  Nas primeiras viagens que o grupo fez, a média da travessia é de 20 minutos, mas eles usam barcos dos pescadores, que demoram a embarcar e desembarcar. Num projeto incorporado e finalizado, talvez leve 15 minutos.

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Da Rodoviária em diante existem ciclovias e ciclofaixas até o Centro e Zona Sul. O caminho liga, literalmente, a Zona Norte à Zona Sul, para as bicicletas. O público estimado no relatório da campanha, é de no mínimo 500 usuários por semana. Tem milhares de alunos da Zona Sul na UFRJ que vão para a universidade todo dia de carro. Se usarem a bicicleta apenas duas vezes por semana, faça as contas da redução de veículos nas ruas e avenidas.

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O projeto foi desenvolvido junto com a TA e o Movimento Baía Viva, onde o cicloativista trabalha como jornalista. Em março Os Ciclanos começam a realizar passeios saindo da Ilha do Governador para conhecer a ciclovia do Fundão e suas atrações de cicloturismo. E preparam uma pesquisa no Caju para avaliar as necessidades dos ciclistas locais e suas opiniões sobre a nova ciclorrota.  Mais detalhes, no Formulário dos Ciclanos.

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Texto: Alex U-biker

Conexões Cicloviárias Cariocas

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É muito bom ver em tão pouco tempo, ideias se concretizarem, irem para o papel e saírem para as ruas. Em 2021 a bicicleta entrava no Plano Diretor da Cidade, com participação popular através da plataforma participa.rio. Em seguida veio o Plano Estratégico e mais uma vez as bicicletas estavam presentes e a sociedade civil também. É publicado então o decreto RIO Nº 49461 DE 21 DE SETEMBRO DE 2021, que dispõe sobre a ampliação da Rede de Mobilidade por Bicicleta do Município do Rio de Janeiro, validando o que foi dito, pensado e discutido em conjunto. Em seguida surge o Plano de Expansão Cicloviária Carioca detalhando tudo, com outras rodadas de participação popular nas diferentes regiões da Cidade, além disso, uma análise do fluxo de ciclistas realizada pela TA em parceria com ITDP, LabMob e CET Rio, apoiou com informações e dados o Plano Cicloviário e o Distrito de Baixa Emissão. Em meados de 2022 o plano fica pronto e começa a ser implantado. Agora em 2023 segue firme com novas rotas conectando antigas e novas vias para ciclistas às estações de transporte público de alta e média capacidade, tornando possível chegar de bicicleta às 266 estações em operação do BRT, metrô, trens, barcas e VLT. Neste link, você pode ver algumas fotos e as conexões.

Parabéns a todas as Secretarias, organizações, pessoas diretamente envolvidas e aos cidadãos e cidadãs que participaram do processo!

Para conhecer a história com mais detalhes, vá clicando nas palavras grifadas em azul ao longo do texto, que direcionam para os assuntos.

Encontro Carioca de Bicicletas de Carga

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Ciclo-caixotes, carrinhos de supermercado com pedais e rodas grandes, caminhão sem motor ou simplesmente cargueiras. No domingo passado um pequeno encontro das grandes bicicletas de carga, não só pelo espaço para transportar como pelo impacto nas ruas cariocas. Impacto positivo, claro! Afinal de contas, levam de tudo para qualquer lugar, em silêncio, com emissão zero e baixíssimo custo.

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Convidamos amigos com cargueiras diferentes e comuns para uma reunião com bate-papo, oportunidade para conhecer, trocar experiências e pedalar no diferente. Foram muitas pedaladas experimentando diferentes modelos, na Bullitt da Transporte Ativo o grande barato foi levar passageiros para uma divertida pedalada onde normalmente vai a carga, assim foi possível experimentar tanto o conduzir quanto o ser conduzido. Como resultado prático colecionamos imagens de muitos sorrisos!

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As conversa sob a sombra obrigatória iriam facilmente até de noite, pois o assunto é grande como as caçambas e reboques. O sol e o calor estavam muito fortes e na hora da sede eis que passa um vendedor ambulante… num triciclo de carga! Nem precisamos pedir para ele parar e o interesse mútuo (dele nas cargueiras e nosso nas bebidas) rendeu um elemento a mais na conversa.

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boas razões para usar uma Bicicleta Cargueira e levar carga e passageiros em bicicletas não é novidade.. O Rio de Janeiro é uma cidade que já tem muitas entregas de cargas diversas como uma espécie de patrimônio imaterial da cidade, prática de logística cotidiana das mais importantes tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental e social. É a mais sustentável forma de fazer produtos e serviços chegarem ao seu destino no último quilômetro. E a pequena variedade de modelos está mudando aos poucos, numa clara sinalização que a prática está evoluindo naturalmente devido à sua relevância para a cidade como um todo.

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Mas, mesmo com os já tradicionais triciclos feitos por fábricas muito simples, alguns artesanais e até personalizáveis, o transporte de cargas leves, o comércio de rua e a prestação de serviços já tem nelas, as cargueiras, aliadas valiosas, versáteis e que já fazem parte do dia-a-dia do carioca. Quando isso começou? Décadas atrás! Quando vai terminar? Provavelmente nunca, em grande parte pelo caráter cultural do uso destes veículos.

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Cultura essa que esperamos possa continuar e evoluir, daí nossa participação no projeto SCAP Cargo Bikes da ECF em Parceria com o Distrito de Baixa Emissão criado pela Prefeitura do Rio (saiba mais aqui) uma oportunidade que a TA está co-gerindo com o Escritório de Planejamento (EPL) para inserir as bicicletas e triciclos de carga também na municipalidade.

O primeiro encontro carioca de bicicletas de carga pode ter sido modesto, mas houve interesse significativo de amigos, grupos interessados e do público em geral, confirmando a enorme relevância destes veículos fascinantes para a economia, o lado social e para o meio ambiente. Que seja o primeiro de muitos e que sigamos alimentando com informações, experiências e incentivos o uso cada vez maior das nossas grandes parceiras para que mais pessoas, pedalem mais vezes (e com mais carga!).        5

12Esse encontro faz parte do projeto SCAP Cargo Bikes.

Clique nas imagens para ver em tamanho maior.