Os três ‘Es’ de uma cidade ciclável

Portland, no gélido estado de Oregon, é a cidade mais ciclável dos Estados Unidos segundo o censo daquele país. Ao ser perguntado sobre qual é o segredo, o prefeito Sam Adams destacou três pontos que podem ser traduzidos para o português como:

– Educação, Engenharia, Execução.

1) Educação: Trata-se da familiaridade das pessoas com a bicicleta desde a mais tenra idade. Ou seja, uma parcela considerável da população conhece desde muito jovem os prazeres de pedalar.

2) Engenharia: Além de ter uma população familiarizada com a bicicleta, uma cidade ciclável precisa ter um desenho urbano que seja inclusivo. Precisa facilitar que todo e qualquer cidadão que queira optar pela bicicleta, possa fazê-lo em segurança. E essa segurança se contrói com ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas, estacionamentos e o que mais for necessário em termos de infraestrutura para a bicicleta.

3) Execução: Basicamente garantir que a legislação seja cumprida e os conflitos no trânsito sejam resolvidos da melhor maneira possível para que todos os cidadãos que circulam nas ruas da cidade sintam-se seguros. Trata-se não só de multar, mas de investigar as ocorrências de trânsito, ter clareza na punição dos infratores e comunicar-se melhor com a população sobre as regras de circulação.

Veja a íntegra da entrevista do prefeito Sam Adams que serviu de base para esse post:

Saiba mais sobre execução no blog BikePortland.org.

3 thoughts on “Os três ‘Es’ de uma cidade ciclável

  1. Oi! Concordo com teu post, mas eu gostaria de lembrar que quem faz esse serviço como o citado no ponto 2 (e quem estuda para isso) é o arquiteto urbanista e não o engenheiro. Desenho urbano é área de arquiteto!

    1. Suellen,

      Tens toda razão. Mas lembre-se que quem elaborou essas "recomendações" foi um político e muitas vezes é preciso dourar análises para facilitar o entendimento pelos leigos.

  2. Parabéns! O blog está cada vez melhor. Sobre Portland é impressionante como a vontade de fazer torna possível estas iniciativas. Infelizmente, aqui no Brasil ainda ficamos discutindo o óbvio para não sairmos do lugar.

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