2ª Edição Vai Longe | Programa de Aceleração de Projetos

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Faz um ano que orgulhosamente lançávamos em parceria com a Tembici o Programa de Aceleração Vai longe! Agora é a vez da segunda edição, com novidades e maior aporte financeiro para os selecionados! O Vai Longe é o programa de aceleração de projetos, promovido pela Tembici, em parceria com a Transporte Ativo, que visa apoiar projetos que fomentem o uso da bicicleta como meio de transporte por meio de soluções inovadoras e que contribuam para a mobilidade no Brasil. Em busca de cidades mais humanas por meio do incentivo ao uso da bicicleta.

Serão selecionados até 4 projetos, iniciados nos últimos 12 meses e com previsão para serem concluídos ainda em 2022, em  3 categorias: Educação e conscientização, Promoção ao uso de bicicletas e Transformação das Cidades. Conheça a programação completa, regulamento, cronograma e inscreva seus projetos clicando aqui!

Conheça também os projetos selecionados na primeira edição.

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Lançamento WCA em Adelaide, Austrália, 2014

Desde 2014 em Adelaide na Austrália, estávamos envolvidos com a criação de uma organização intercontinental, que pudesse representar as bicicletas e seus usuários aos grandes órgãos de fomento e lideranças mundiais, como Banco Mundial, OMS – Organização Mundial de Saúde, OCDE – Organização  para Cooperação e Desenvolvimento Econômico,  dentre outras. Na intenção de apresentar o potencial das bicicletas para o desenvolvimento humano e das cidades, sua economia e saúde, além da preservação do meio ambiente, nasceu a World Cycling Alliance – WCA. O objetivo e motivação principais, eram similares aos que buscávamos ao fundar a TA e a UCB: representatividade local, federal. Mas no caso da WCA é a representatividade mundial levando informação de qualidade para incluir a bicicleta nas discussões sobre cidades, países, planeta!

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Encontro do Conselho WCA em Taipei, Taiwan 2016.

Foram diversos anos de encontros, discussões e debates virtuais, quando isso ainda era incomum, para aos poucos elaborar estatuto, diretrizes, objetivos da organização e como alcançá-los.

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Encontro do Conselho WCA em Nijmegen, Holanda, 2017.

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Formalização e lançamento oficial da WCA no Rio de Janeiro, 2018.

Após 4 anos, chegou-se ao texto do estatuto em vigor, a WCA era lançada formalmente, com sede em Bruxelas na Bélgica e sua primeira diretoria e conselho eram oficializados, com representantes dos 7 continentes.

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Agora, em Outubro de 2021, chegou ao final o primeiro mandato, alguns diretores/conselheiros saíram, para dar espaço a novas cabeças e pensamentos que possam melhor representar seus continentes. Outros optaram por seguir em um segundo mandato, o que de certa forma é bom, para que o histórico não se perca por completo. Raluca Fiser, presidenta, Amanda Ngabirano e Zé Lobo deixaram seus cargos. sendo substituídos por um novo grupo que agora tem o desafio de levar adiante essa construção e consolidar a organização, tornando-a mais conhecida, presente e atuante.

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Novos participantes da diretoria/conselho parecem decididos e capazes de vencer o desafio! A nova representante da América do Sul é a atual presidenta da UCB, Ana Carboni, que teve sua candidatura indicada e aceita na Assembleia Geral que aconteceu no dia 15 de outubro. Abaixo uma breve apresentação da Ana, por ela mesma. Já nos reunimos e seguiremos apoiando-a, trazendo a memória do que já se passou e ajudando no que for possível para tornar a Aliança Global pela Bicicleta uma organização que faça jus ao que ela representa.

IMG_5181Com certeza chegaremos aonde desejamos, pode levar tempo, mas é um caminho a ser seguido. Uma história muito parecida com a da UCB, também fundada no Rio, em 2007, que começou tímida e pequena mas hoje, mais de uma década depois, segue crescendo, ocupando cada vez mais e melhor o espaço que busca e representando os usuários de bicicletas, em Brasília. Vemos um futuro muito parecido para a WCA, que em breve certamente alcançará seus objetivos e espaço nas decisões planetárias.

Obs.: Os desafios da Ana Carboni, são ainda maiores, pois é a única representante mulher no conselho, além das barreiras já conhecidas, terá o desafio de levar mais mulheres para decidir mundialmente sobre as bicicletas.

Obs².: Já que citamos o lançamento da UCB aqui, em breve faremos uma publicação semelhante a essa, sobre a entidade e seus caminhos!

Impacto social do uso da bicicleta no Rio de Janeiro

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As bicicletas andam esquecidas nesta administração carioca, o Rio de Janeiro já esteve na vanguarda do planejamento cicloviário brasileiro, era uma referência, mas perdeu a cadência em algum ponto no meio do caminho ao mesmo tempo em que muitas cidades avançam. Mesmo assim a bicicleta resiste no Rio, são cada vez mais ciclistas pela cidade, em diferentes modalidades e os mais diversos usos, algumas empresas seguem promovendo internamente seu uso assim como o cidadão segue a cada dia usando as bicicletas com mais frequência, sejam elas compartilhadas ou particulares. O ramo da pesquisa segue firme, buscando trazer mais embasamento para decisões futuras. Recentemente foi publicada uma nova pesquisa feita pelo Cebrap em parceria com o Itaú. Impacto Social do Uso da Bicicleta no Rio de Janeiro foi elaborada a partir de entrevistas domiciliares com indivíduos de 16 anos ou mais e amostragem com dois grupos distintos: população do município do RJ e ciclistas, que permitiu verificar as condições de deslocamento dos cariocas e medir os impactos individuais e sociais do uso da bicicleta no ambiente, na saúde e na economia.

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Os resultados, vale a pena conferir pois são muito interessantes, foram apresentados em um evento que atraiu um público bem diverso e interessado no tema, haviam representantes da sociedade civil, poder público municipal e estadual, academia/pesquisadores e empresas. Com a participação destes diferentes atores, a bicicleta parece prometer seguir em frente. Após a apresentação houve debate, esclarecimento de dúvidas e distribuição do relatório impresso.

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O estudo está disponível na seção Relatórios e Pesquisas do Banco de Dados ou clicando na imagem da capa, acima.

Perfil do Ciclista 2018

PerfilCilcista2018-Web-1A segunda edição da pesquisa sobre o perfil dos ciclistas urbanos, que agora contempla também algumas cidades Latino Americanas, foi lançada nesta quinta feira dia 14 de junho, durante e conferência Velo-city 2018 no Rio de Janeiro. Estiveram presentes ao lançamento representantes de algumas das organizações envolvidas, que tornaram esse projeto possível. Conheça os resultados clicando aqui. Foram entrevistados 7644 ciclistas entre setembro de 2017 e abril de 2018 por mais de 140 pesquisadores. Em breve mais detalhes sobre os dados apurados.
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Promovendo a Mobilidade por Bicicletas 2018

Em sua quinta edição, o prêmio “Promoção da Mobilidade por Bicicleta” novamente selecionou as melhores iniciativas brasileiras em prol das bicicletas. Boas ideias merecem e precisam ser reconhecidas e homenageadas.

Os nove finalistas receberão ingressos para o Velo-city 2018 e os principais premiados de cada uma das 3 categorias terá todas as despesas de viagem para o Velo-city 2018 pagas, além de um troféu e um kit exclusivo com adesivo e camiseta, que serão entregues em Junho no Rio de Janeiro.

Vencedora Categoria Ação Educativa e de Sensibilização:
La Frida – Casa La Frida

PostPTA7Casa La Frida é um espaço de afeto e encontro por\para mulheres negras ciclistas. Um espaço que busca debater e incluir as mulheres negras nos planos de mobilidade. O projeto tem como objetivo fortalecer o direito das mulheres à cidade por meio da promoção do uso da bicicleta como meio de transporte, visa a formação de uma rede de mulheres ciclistas. É uma casa de apoio às mulheres que acessam a cidade de bicicleta e principalmente as que desejam e estão começando acessar, tem a função de envolver a bicicleta para além da mobilidade, permeia o acesso a direitos básicos, processos de cura, auto-estima , sonhos, podendo pensar e conectar a bicicleta em tudo.
É a criação de um espaço de acolhimento cíclico onde é realizada de forma voluntária rodas de conversas, palestras, aulas de autodefesa pessoal, aulas de bicicleta, atendimento psicológico e jurídico (individual e coletivo), aulas de alongamento para resistência e condicionamento físico, bicicletas compartilhadas, oficina de mecânica, segurança no transito e legislação, debates com o poder publico, para além disso o espaço é ocupado como centro cultural feminino onde realizamos saraus, shows, ambiente de leitura, audiovisual…conectando a bicicleta com estas expressões artísticas.

Menções Honrosas Categoria Ação Educativa e de Sensibilização:
Bike Anjo Belém – Bike na Obra
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Bike na Obra surge da constatação que a maioria dos usuários da bicicleta em Belém-PA são trabalhadores da construção civil e vislumbra empoderá-los quanto ao direito à cidade e brecar o sonho da motorização, além de orientar para o deslocamento seguro. Palestras são realizadas em canteiros de obras, sindicatos e centros de formação para profissionais da área, com distribuição de infográfico em formato de calendário 2018, que contém dicas, direitos e deveres no trânsito e placa refletiva a ser colocada nos selins ou bagageiros das bicicletas.

ACERGS – Pedal da ACERGS
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O Pedal da ACERGS, ação da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul, é um grupo de ciclismo que se propõe a possibilitar a pessoas com deficiência visual a oportunidade de pedalar. O grupo utiliza bicicletas tandem, para que uma pessoa com visão normal (guia) e uma pessoa com deficiência visual pedalem juntas. Desta forma, além de proporcionar as sensações de liberdade e aventura às pessoas cegas ou com baixa visão, o grupo incentiva um ambiente de troca entre os participantes, uma vez que as pessoas sem deficiência podem conhecer melhor as habilidades e dificuldades das pessoas com deficiência, ao mesmo em tempo que os últimos podem perceber os roteiros dos passeios através das descrições dos guias.

Vencedor Categoria Empreendedorismo:
Bike Tour SP – Bike Tour SP
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O Bike Tour SP é um projeto que oferece passeios de bicicleta gratuitos e guiados, unindo bicicleta, cultura, solidariedade e acessibilidade. Fundado pelos irmãos André e Daniel Moral. desde maio de 2013 a iniciativa já apresentou a cidade de São Paulo para mais de 45.000 pessoas. Os participantes conhecem marcos da história através de um sistema de áudio, o áudio-tour e por meio da bicicleta, retomando o prazer da pedalada. Existem atualmente 6 roteiros fixos que acontecem todos os finais de semana e eles emprestam as bicicletas e todos os equipamentos, pedindo apenas a doação de 2kg de alimentos não perecíveis por participante, o que resulta em 2 toneladas por mês, direcionados a instituições de caridade. A equipe ainda atende crianças, idosos, deficientes físicos, cegos e recentemente implantaram um roteiro especialmente gravado em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para o público com deficiência auditiva. Basta realizar a inscrição no site www.biketoursp.com.br e conhecer a cidade pedalando.

Menções Honrosas Categoria Empreendedorismo:
Bike Fácil – Design Thinking Bicicletários
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A Bike Fácil é uma empresa especializada em desenvolver e executar projetos de bicicletários. Com o diferencial do método Design Thinking, além de priorizar a ergonomia e segurança, os espaços são planejados do ponto de vista de um ciclista. Desta forma, fazem do “estacionar” uma experiência completa. Os principais projetos implantados são o Bicicletário Pátio Batel e o Bike Station Shopping Estação. Saiba mais em www.bicicletarios.com.br

 La Ursa Tours – La Ursa Tours
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La Ursa Tours nasceu há muito tempo, mas só recentemente nos demos conta disso. Vários amigos (e amigos dos amigos) vinham ao Recife e nos pediam ajuda para planejar seus roteiros. Isso se tornou um hábito (e um prazer) tão grande, que em 2017 decidimos transformá-lo num trabalho. Queremos que nossos viajantes saibam, entendam e compartilhem as experiências locais de maneira mais original e verdadeira possível. Para isso, promovemos experiências a partir da perspectiva da bicicleta e do caminhar, pois acreditamos que são as melhores formas de explorar uma cidade.

Vencedor Categoria Levantamento de Dados e Pesquisas:
Ciclocidade – Advocacy para a redução de mortes de ciclistas e pedestres em São Paulo

PostPTA6Advocacy para a redução de mortes de ciclistas e pedestres em São Paulo é um projeto de 18 meses desenvolvido pela Ciclocidade em parceria com a Cidadeapé e financiado pela Iniciativa Global de Segurança Viária (Global Road Safety Initiative). Ainda em andamento, os primeiros meses foram dedicados a uma introspecção profunda em grandes bases de dados públicas, com o objetivo proporcionar um advocacy baseado em evidências para as duas associações, complementar às demais pesquisas já realizadas pela Ciclocidade. A segunda etapa do projeto será focada em consolidação dos resultados, comunicação e campanha.
Dos resultados alcançados até o momento, temos pedidos de LAI que abriram caminho para uma nova forma como alguns dados públicos estão sendo publicados; o georreferenciamento de 12 milhões de multas aplicadas por agentes fiscalizadores entre 2014 e 2017, evidenciando que a fiscalização a infrações mais graves para ciclistas e pedestres está longe de ser considerada uma política pública; uma análise sobre o impacto da implantação das áreas de velocidade reduzida (zonas 30 e 40) na diminuição de mortos e feridos no trânsito; um mapeamento colaborativo dos vereadores maiores proponentes de projetos de lei relacionados à mobilidade ativa; e indicadores que podem auxiliar a focar o treinamento dado a motoristas de ônibus de São Paulo, posto que nos últimos anos, ônibus estiveram envolvidos em um quarto das mortes de ciclistas e um quinto das de pedestres.

Menções Honrosas Categoria Levantamento de Dados e Pesquisas:
Aliança Bike – Ciclologística: entregas de bicicleta e triciclo no Bom Retiro
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Para se compreender a participação da Ciclologística no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, a Aliança Bike e o Labmob (UFRJ) aplicaram este estudo de caso com o objetivo de se realizar contagem e caracterização dos estabelecimentos comerciais (atacadistas e varejistas) que fazem entregas por bicicletas ou triciclos, dentro de um recorte territorial (Bom Retiro) caracterizado pelo perfil de subcentro – ou seja, onde há expressiva concentração de serviços e comércios.
O levantamento, além de dimensionar as cicloentregas, teve também a oportunidade de estimar o quanto este cenário poderia estar afinado com a realidade de outros locais com características análogas e, ainda, o potencial desta atividade – para a macro-economia, social e também para a vitalidade econômica do bairro.
Alguns dados revelados pelo levantamento:
48,1% dos estabelecimentos que realizam entrega no bairro o fazem
por meio de transporte ativo – a pé, bicicleta ou carrinho de mão.
2.349 entregas são feitas diariamente no bairro por bicicleta ou triciclo, o que dá uma média de 98 entregas por hora
220 é o número de pessoas que trabalham com entrega de bicicleta, sendo que: 97% são homens e 3% mulheres
87,7% dos estabelecimentos que fazem entregas, escolheram este método pela rapidez e praticidade

Rio Estado da Bicicleta SETRANS-RJ – Disponibilização de Bicicletas Integrados ao sistema Ferroviário.
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A Secretaria de Estado de Transportes do Rio de Janeiro (SETRANS)/Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (CENTRAL), contratou através de financiamento junto ao Banco Mundial (BIRD), estudo tendo como objeto desenvolver um modelo de disponibilização e gestão de bicicletas integradoras ao sistema ferroviário – SuperVia, sob a coordenação do Programa Rio Estado da Bicicleta. Visando desenvolver o modelo de demanda para quantificar o potencial de usuários ao programa de bicicletas integradoras,  foram realizadas Pesquisas de Barreiras aos ciclistas no entorno de 06 estações ferroviárias (Japeri, Engenheiro Pedreira, Santa Cruz, Bangu, Realengo e Saracuruna), Análise qualitativa realizada através de grupos focais a fim de identificar as percepções e motivos dos clientes atuais e potenciais da SuperVia para usar a integração bicicleta + trem e Análise quantitativa (2.424 pesquisas) para identificar o potencial de novos clientes propensos a utilizar a integração bicicleta + trem, realizada através de uma pesquisa de preferência declarada.

Nesta edição foram 42 inscrições nas 3 categorias, maior número de inscrições até hoje, com destaque para a categoria Levantamento de Dados e Pesquisas, que teve o dobro de inscrições em relação as edições anteriores. Outra boa supresa foi o aumento de inscrições vindas das regiões Norte e Nordeste, ambas superando pela primeira vez o número de inscritos da Região Sul. Houve também um aumento expressivo de trabalhos enviados por mulheres, que representaram 62% dos trabalhos enviados.

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