Rede de Mobilidade por Bicicletas Carioca

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Faz mais de uma década que as gestões do Prefeito Eduardo Paes deixam algum legado no 22 de Setembro, data da celebração do Dia Mundial sem Carros. Desde os citados no link anterior, passando pela “Lei do Poste”,  Decreto nº 34481 de 22 de SETEMBRO de 2011 que dispõe sobre locais para estacionamento de bicicletas. Chegamos ao ano de 2021, em nova gestão, após 4 anos praticamente sem ouvirmos falar em planejamento Cicloviário. A data tem um Decreto marcante, o RIO Nº 49461 DE 21 DE SETEMBRO DE 2021 , que dispõe sobre a ampliação da Rede de Mobilidade por bicicleta (RMB) do Município do Rio de Janeiro.

Desde o início do ano que trazemos aqui as possibilidades que vem se abrindo para as bicicletas na cidade, com as publicações: Buscando Transformar o Rio de Janeiro, Participa.Rio, A Revisão do Plano Diretor do Rio está em andamento. Cariocas, participem!, Bicicletas no Plano Estratégico do Rio de Janeiro.  O decreto dá sequência ao descrito nestas postagens, assunto que já vem sendo debatido e elaborado desde 2015, como no  Encontro para discutir mobilidade urbana no Rio de Janeiro. No atual decreto, podemos encontrar uma das principais diretrizes em um documento pré eleições, que já citava os principais desafios para a construção de uma rede cicloviária Carioca: “Conexão entre as infraestruturas existentes e integração com terminais de transporte público”. É isso que contém o novo decreto, que pode ser visto aqui, a partir da página 3. São 123 trechos, descritos e mapeados no documento que, se levados a sério, poderão realmente fazer a diferença para tornar a cidade mais pedalável, com segurança e dignidade!

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É uma felicidade muito grande para nós ver este texto publicado no Diário Oficial da Cidade. Esperamos que a meta de 360 dias para se concluir o Plano Cicloviário saia do papel. A previsão é de que até 2029 a malha cicloviária aumente 35%, acrescentando 160km aos atuais 450km construidos, que também carecem de muita manutenção. Esta ampliação ajudará a tornar o uso de bicicletas, em todas as suas vertentes, mais seguro e atraente na Cidade Maravilhosa!

E as contagens de ciclistas seguem nos alimentando com dados!

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Em agosto, completamos as 10 contagens realizadas em parceria com ITDP Brasil, Labmob e a CET-Rio, e ainda realizamos mais uma em parceria com a Tembici. Esse dados irão alimentar alguns projetos cicloviários em andamento na Prefeitura do Rio.

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Pelo sétimo ano consecutivo nosso contador automático de ciclistas foi para Niterói, para em parceria com o Programa Niterói de Bicicleta seguir com a série histórica de contagens. Isso propicia uma excelente leitura da movimentação dos ciclistas locais e mostra a importância das ciclovias e ciclofaixas neste processo.

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Na terça-feira, dia 10 de agosto, contagens aconteciam simultaneamente na Av. Chile no Centro do Rio e na Av. Roberto Silveira, no bairro de Icaraí em Niterói, ambas com 12 horas de duração (7 às 19 hs).

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Temos mais uma contagem agendada para setembro, os números já coletados ainda estão sendo analisados e, quando somados aos da próxima contagem, nos trarão muitos dados e novidades para apresentar e ajudar a compreender nossos ciclistas!

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Impacto social do uso da bicicleta no Rio de Janeiro

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As bicicletas andam esquecidas nesta administração carioca, o Rio de Janeiro já esteve na vanguarda do planejamento cicloviário brasileiro, era uma referência, mas perdeu a cadência em algum ponto no meio do caminho ao mesmo tempo em que muitas cidades avançam. Mesmo assim a bicicleta resiste no Rio, são cada vez mais ciclistas pela cidade, em diferentes modalidades e os mais diversos usos, algumas empresas seguem promovendo internamente seu uso assim como o cidadão segue a cada dia usando as bicicletas com mais frequência, sejam elas compartilhadas ou particulares. O ramo da pesquisa segue firme, buscando trazer mais embasamento para decisões futuras. Recentemente foi publicada uma nova pesquisa feita pelo Cebrap em parceria com o Itaú. Impacto Social do Uso da Bicicleta no Rio de Janeiro foi elaborada a partir de entrevistas domiciliares com indivíduos de 16 anos ou mais e amostragem com dois grupos distintos: população do município do RJ e ciclistas, que permitiu verificar as condições de deslocamento dos cariocas e medir os impactos individuais e sociais do uso da bicicleta no ambiente, na saúde e na economia.

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Os resultados, vale a pena conferir pois são muito interessantes, foram apresentados em um evento que atraiu um público bem diverso e interessado no tema, haviam representantes da sociedade civil, poder público municipal e estadual, academia/pesquisadores e empresas. Com a participação destes diferentes atores, a bicicleta parece prometer seguir em frente. Após a apresentação houve debate, esclarecimento de dúvidas e distribuição do relatório impresso.

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O estudo está disponível na seção Relatórios e Pesquisas do Banco de Dados ou clicando na imagem da capa, acima.

Cegos pedalando, cadeirantes e muita história pra contar

Já imaginou uma pedalada com cegos, cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida? Foi isso que aconteceu na tarde de sábado, dia 13, no entorno do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

O evento, batizado de Mauá 360, contou com participação de aproximadamente 30 pessoas e a presença de um historiador especializado na região. Deslizando pelo Boulevard Olímpico, todos descobriram fatos e curiosidades sobre a região, famosa por seus prédios do período colonial que marcaram a história do nosso país.

Exclusivamente nessa postagem, estamos utilizando um recurso para descrição das imagens, a hashtag #pracegover,  que serve para mostrar o conteúdo das fotos para pessoas com deficiência visual.

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#pracegover – Imagem 1 – Grupo de pessoas reunidas para dar início à pedalada. O grupo já está pronto para começar o roteiro, com os participantes posicionados nas bicicletas e nas cadeiras de roda. Nesse momento, recebem orientações iniciais sobre a atividade

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#pracegover – Imagem 2 – Imagem final da atividade, com os participantes reunidos, com cadeiras de roda posicionadas à frente das bicicletas e o prédio do Museu Histórico Nacional ao fundo.

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#pracegover – Imagem 3 – Foto com grupo de pessoas que conduziu a pedalada, a partir da esquerda temos o voluntário Rodrigo Souza, do projeto Pedala Junto, que conduziu a bicicleta tandem, ao lado do cego Álvaro, que foi seu companheiro na atividade. Seguido por Fábio Nazareth, representando os Pedalentos, que cedeu a bicicleta tandem para a atividade. Na sequência temos Zé Lobo e Erika Cordeiro, da Associação Transporte Ativo, que em parceria com o Museu do Amanhã, promoveram a pedalada. Fechando com Maurício, Tati e Mônica, Bike Anjos, que estavam com a bicicleta ODKV, sigla para o projeto “O de cá, vê” que usa duas bicicletas conectadas lateralmente, onde um condutor pedala ao lado de um deficiente visual.

Estiveram conosco nessa pedalada, funcionários e colaboradores do Museu do Amanhã, representantes do Kit Livre, Pedala Junto, Bike Anjo Rio e Pedalentos.

Novo Mapa Rio Metropolitano de Transportes

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Muitas vezes nos deparamos com belos mapas de Transporte Público no exterior, o do London Underground é um dos mais famosos e serve de referência para muitos ao redor do mundo. Agora o Rio também tem seu próprio mapa no estilo londrino, o Mapa Rio Metropolitano de Transportes, que pode ser visualizado acima e baixado em PDF ao clicar na imagem.

O mapa mostra as opções de transporte na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e as respectivas integrações disponíveis aos passageiros. O mapa passa a ter exposição obrigatória, com QR Code para acessar a versão online, em todos os modais de transporte público, estações e terminais rodoviários sob competência do Estado.

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Para nós, uma boa notícia, que pode ser observada acima e no destaque da legenda abaixo. As estações de bicicletas compartilhadas Bike Rio e bicicletários  internos e externos nos terminais, fazem parte do mapa. Mais um sinal de que as coisas estão mudando e as bicicletas conquistando seus espaços.

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