Novo Mapa Rio Metropolitano de Transportes

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Muitas vezes nos deparamos com belos mapas de Transporte Público no exterior, o do London Underground é um dos mais famosos e serve de referência para muitos ao redor do mundo. Agora o Rio também tem seu próprio mapa no estilo londrino, o Mapa Rio Metropolitano de Transportes, que pode ser visualizado acima e baixado em PDF ao clicar na imagem.

O mapa mostra as opções de transporte na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e as respectivas integrações disponíveis aos passageiros. O mapa passa a ter exposição obrigatória, com QR Code para acessar a versão online, em todos os modais de transporte público, estações e terminais rodoviários sob competência do Estado.

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Para nós, uma boa notícia, que pode ser observada acima e no destaque da legenda abaixo. As estações de bicicletas compartilhadas Bike Rio e bicicletários  internos e externos nos terminais, fazem parte do mapa. Mais um sinal de que as coisas estão mudando e as bicicletas conquistando seus espaços.

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O final de um ciclo com o Intermodal

Foi no dia 31 de agosto de 2006 que promovemos o primeiro desafio intermodal do século XXI. Desde então, muita coisa já mudou. Hoje mais de 20 cidades brasileiras já realizam seus intermodais.

Os resultados mudam a cada ano, mas surpreendentemente, as bicicletas, no quesito tempo, só perdem para motos e helicópteros e no ranking de eficiência, nunca perderam pra ninguém, nos 7 anos de desafio carioca e em todos os realizados pelo país a fora.

Gráfico com resultados de chegada ano após ano – visão da regularidade

Gráfico com resultados de chegada, no Rio, ano após ano – visão da regularidade

Gráfico com resultados do Ranking ano após ano – visão da eficiência

Gráfico com resultados do Ranking Carioca ano após ano – visão da eficiência

A regularidade da bicicleta apenas nos mostra que a necessidade de realizar os DIs desaparece. Por isso faremos uma pausa no Rio de Janeiro, para voltarmos a realizá-lo em 2016, dez anos após a primeira edição e com todas as obras viárias olímpicas já implantadas.

Sensação de dever cumprido. A Transporte Ativo segue para novas fronteiras. Depois de mais de 8 anos também deixamos de participar do Dia Mundial sem Carros. Atividade assumida pelo poder público local, um caminho natural para essas atividades.

Permaneceremos em busca de novas soluções e novas maneiras de levantar dados para cidades mais amigas de seus cidadãos.

Pedalemos.

Vale rever o vídeo do Jornal da Globo com o primeiro DI carioca.
Para saber mais sobre outros DIs, passados e futuros, confira na página da UCB.

Litoral que Pedala

Em outubro de 2012 a micro empresária Gabriela Binatti e seu companheiro Roberto Dias fizeram uma mudança na vida, partiram da cidade maravilhosa para viver na tranquila e histórica cidade de São Francisco do Sul, situada ao norte de Santa Catarina.

O trajeto foi realizado de bicicleta. foram cerca 1000 km percorridos em 20 dias, num ritmo de viagem tranquilo que permitiu ao casal observar, além da linda paisagem do litoral brasileiro, o quanto a cultura de bicicleta esta disseminada em nosso país, basta abrirmos os olhos para enxergar.

A saída do Rio foi através da integração trem+bicicleta, disponível aos finais de semana. Em direção ao sul, pela BR-101, diversas ciclovias na orla das cidades e na própria rodovia.

As cidades com ciclovias na orla foram: Angra dos Reis, Paraty, Ubatuba, Guaratuba, São Sebastião, Santos, Guarujá, Peruíbe e Pontal do Sul. Já as cidades onde foi possível pedalar em ciclovias na rodovia foram: Caraguatatuba, Ubatuba e São Sebastião.

Ciclovia na rodovia em Caraguatatuba

Além das ciclovias e ciclofaixas presentes no caminho, o dois puderam contar com sinalização sobre a presença de ciclistas nas vias em praticamente todo o percurso.

Via do litoral sul paranaense, entre Pontal do Sul e Guaratuba

Que Copenhagen o que, Santos é aqui!
O litoral de Santos foi o que mais chamou a atenção do casal, com uma extensa ciclovia ao longo da orla e nas principais vias que cortam a cidade e excelente sinalização para ciclistas, pedestres e motoristas, além da balsa gratuita e exclusiva para os ciclistas e suas bicicletas movidas a pedaladas.

O alto fluxo de ciclistas nas vias exclusivas nos horários de pico é um problema para os usuários, pois estas já se encontram saturadas, tamanho o número de ciclistas que por lá circulam diariamente, certamente falta ampliar a malha cicloviária da baixada santista. Para atender à demanda e expandir o uso da bicicleta.

Nas balsas em todo litoral de São Paulo, exceto na travessia de Cananéia para a Ilha do Cardoso, os pedestres e ciclistas tem embarque gratuito garantido e são muito bem tratados pelos que fornecem tal serviço.

Balsa exclusiva para ciclistas na Travessia Guaruja-Santos

O padrão europeu das cidades movidas a bicicleta ainda esta longe da nossa realidade, mas basta um olhar um pouco mais observador para percebermos o quanto a cultura de bicicleta esta presente no nosso cotidiano, o que falta é reconhecer e valorizar.

Nem só de ciclovias se faz um ciclista

Além da infraestrutura da qual puderam usufruir por muitos momentos do trajeto, o respeito dos motoristas e a acolhida dos moradores sentida pelos ciclistas são imensuráveis. Por incrível que pareça e por mais que a mídia em geral tenha o costume de disseminar apenas “acidentes”, fatalidades e atrocidades ocorridas no trânsito entre ciclistas e veículos motorizados, os dois são enfáticos, há sim muito respeito entre ciclistas e motoristas no trânsito brasileiro.

Mais informações sobre a jornada do casal podem ser vistas na Hospedaria da Bicicleta.

Como diz o mestre: Pedalemos!

Contagem de ciclistas na Praça XV

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A praça XV é destino pedestre, local de integração entre os dois lados da baía da Guanabara. Barcas e catamarãs partem e chegam diariamente. O grande fluxo são de pessoas vindas de Niterói e municípios vizinhos, com destino a seus locais de trabalho no centro do Rio.

Para conhecer e entender o fluxo de ciclistas nesse grande ponto de interligação de transportes da região metropolitana do Rio, a Tranporte Ativo, com o apoio de valentes voluntários realizou mais uma contagem de ciclistas. Parte do projeto das Ciclorrotas do Centro do Rio de Janeiro.

A contagem foi realizada na terça feira, dia 22 de novembro de 2012. O número de ciclistas foi baixo em relação a outros locais, mas um dado aponta uma tendência interessante, 20,5% do total de bicicletas eram dobráveis, um número muito acima da média de todas as outras contagens.

Esse retrato deixa evidente a importância da bicicleta como veículo de integração modal. Historicamente a dupla metrô-bicicleta dobrável é sempre eficiente nos desafios intermodais cariocas. Mas os DIs também nos ensinam que a bicicleta pública, quando presente, é ainda mais rápida e eficiente na integração com o metrô.

Ou seja, uma rede de estações de bicicletas públicas ao redor do centro certamente irá colaborar para uma maior utilização desse modal no total de viagens. Já que hoje a estação praça XV de bicicletas públicas ainda é isolada das demais estações.

Alguns números:

350 ciclistas em 12 horas, média de 29 ciclistas por hora.

72 Dobráveis 20.5%

241 homens 97.5%
9 mulheres, apenas 2.5% do total

Horário de Pico: 08 às 09 com 43 ciclistas
Horário de Vale: 10 às 11 com 14 ciclistas

Confira o relatório completo da Contagem de Ciclistas Praça XV – Centro

Desafio intermodal, um histórico

Trajeto de deslocamento do “Desafio Intermodal” no Rio de Janeiro.

O Desafio Intermodal é uma excelente ferramenta para divulgar a necessidade de alternativas de deslocamentos para os cidadãos. Mais do que medir o tempo dos deslocamentos urbanos, ele mede as diferenças de custo e eficiência dos deslocamentos das pessoas, independente de qual modal.

No Brasil essa idéia nasceu no Rio de Janeiro, no século XX, mais precisamente em 28 de janeiro de 1993. O nome “Desafio Intermodal” só veio depois, em 2006, e vem de uma tradução livre do termo “commuter challenge”, iniciativa feita no exterior com o mesmo propósito.

Muita coisa mudou nas cidade ao longo de todos esses anos, principalmente em relação a necessidade de equacionar de maneira mais inteligente os congestionamentos. A realidade urbana das grandes cidades brasileiras é bastante similar. Em diferentes graus, todas enfrentam congestionamento e perda de qualidade de vida crescentes.

Dentro desse contexto, é natural que os desafios intermodais tenham ganho tanto espaço no século XXI. A primeira edição dessa segunda etapa histórica, teve início em 2006, no Rio de Janeiro, recebeu enorme visibilidade midiática e iniciou uma tradição, no mesmo ano São Paulo e Santo André realizaram os seus.  Desde então os resultados tem sido bastante similares, a bicicleta é sempre mais eficiente, econômica e sem emitir poluentes.

Quais são as novidades? Em São Paulo já teve até helicóptero e ainda assim a bicicleta chegou antes. Na edição de 2012 o helicóptero chegou apenas 2 minutos antes da bicicleta, mas certamente os custos financeiros, ambientais e sociais continuam proibitivos.

Alguns desafios persistem e ainda não foram equacionados, o maior deles é deixar claro que o evento não é uma corrida, mas sim um desafio cotidiano. Sendo assim, importa menos quem chega primeiro, mas sim o resultado geral e a comparação com anos anteriores bem como a detecção de distorções urbanas que precisam ser corrigidas.

Dentro dessa lógica, é mais importante medir velocidades e lançar luz sobre as dificuldades enfrentadas por pedestres, cadeirantes, ciclistas e usuários de transporte público. A única vitória possível para um desafio intermodal é que o cidadão seja privilegiado e que a circulação urbana seja cheia de opções, seguras, confortáveis, econômicas e sustentáveis.