NitBike, as bicicletas públicas de Niterói

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Já não é novidade, a mobilidade ativa tem no compartilhamento de bicicletas um aliado há muitos anos mundo afora. Quando uma cidade investe em ciclovias, redução de velocidade nas vias, qualificação de calçadas e áreas públicas para as pessoas podemos afirmar que ela escolheu o caminho da evolução na gestão de seu espaço. O modelo atual de mobilidade motorizada individual foi superado, é um fracasso inquestionável, não atende à realidade e as necessidades das cidades de hoje. A bicicleta cai como uma luva no desafio de melhorar o uso do espaço urbano e os sistemas de compartilhamento de bicicletas são a grande ideia para mobilidade desse milênio (nota: embora tenham surgido em 1965 ganharam força e relevância nos anos 2000).

Há várias cidades brasileiras que possuem Sistemas de Compartilhamento de Bicicletas, grandes ou pequenos, pagos ou gratuitos. Não há como negar sua influência positiva para a mobilidade, qualidade de vida e até segurança das cidades.

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No estado do Rio de Janeiro temos um caso emblemático de cidade média que merecia um sistema desses há muito tempo. Niterói, vizinha próxima do Rio de Janeiro tem meio milhão de habitantes, uma imensa frota de automóveis em uma área pequena, logo, transitar por lá é um desafio que requer paciência. Por necessidade e praticidade a bicicleta sempre foi muito usada na cidade, mas explodiu nos últimos anos com os investimentos da cidade em promover o uso da bicicleta, no melhor estilo de “construa e eles virão”. A chegada das bicicletas roxas do NitBike é uma justa e merecida novidade em Niterói. O sistema gratuito de uso público de bicicletas tem previsão de ganhar as ruas em maio de 2024 e, num primeiro momento terá 50 estações e 600 bicicletas nos bairros mais centrais da cidade.

É a coroação do caminho que uma cidade está tomando para amenizar seus problemas de mobilidade, poluição do ar, má ocupação do espaço urbano e prejuízos com engarrafamentos. Sempre há muito a se fazer nesse sentido e as barreiras à mobilidade mudam de forma e tamanho com frequência. Mas Niterói completou uma etapa importante deixando claro que está firme no propósito de garantir espaço e força à bicicleta como ferramenta promotora de qualidade de vida nos deslocamentos de sua população. Neste sentido, e apesar da baía que nos separa fisicamente, Rio e Niterói se aproximaram. Seja com nossas bicicletas pessoais ou nas compartilhadas vamos pedalar cada vez mais lá e cá. Por mais pessoas em mais bicicletas (laranjinhas ou roxinhas) mais vezes!

Nova fase no Monitoramento de Bicicletas em Niterói!

niT2022Por diversos anos consecutivos nosso contador automático e portátil de ciclistas foi para Niterói, para em parceria com o Programa Niterói de Bicicleta e o Mobilidade Niterói, realizar uma série histórica de contagens. Propiciando uma excelente leitura da movimentação dos ciclistas locais e mostrando a importância das ciclovias e ciclofaixas neste processo. Monitorando, podemos validar o sucesso de uma infraestrutura cicloviária, do investimento envolvido e planejar melhor.

Cientes da importância de um bom monitoramento, o Niterói de Bicicleta dá uma pedalada à frente instalando 11 contadores fixos permanentes, um deles com totem mostrando os números do local, e uma plataforma pública para visualização dos dados. Clique na imagem abaixo para ir para a plataforma.

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Tivemos ainda a honra de sermos convidados para participar da mesa de lançamento do novo programa de monitoramento, aonde falamos um pouco sobre a série histórica de contagens na cidade e a participação dos contadores Eco-Counter no processo.

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Cidades inteligentes são aquelas que investem em conhecimento sobre sua dinâmica para poder agir com sabedoria, alocando recursos físicos, humanos e financeiros onde será mais evidente o retorno para a população em qualidade de vida. A gestão pública que aprende constantemente pode acertar mais e corrigir os seus eventuais erros mais rapidamente. Investir na bicicleta é sucesso certo em todas as cidades, ainda assim é preciso fazê-lo com muitos critérios e os dados são fundamentais para isso.

Revista Carrier

Carrier

Carrier é uma nova revista sobre bicicletas de carga que acaba de ser lançada no International Cargo Bike Festival, que acontece este final de semana em Amsterdam, Holanda. Ela vem para substituir a antiga International Cargo Bike Festival Magazine, com novo design e conteúdo mais amplo.

Estamos na matéria de capa! O texto aborda a cultura da bicicleta de carga no Brasil, conta um pouco sobre o 2º Encontro de Bicicletas de Carga, realizado em setembro no Rio de Janeiro, e ressalta a amplitude da cultura de bicicletas de carga no Rio e no Brasil. Vale e leitura na página 54, assim como todas as outras matérias da revista, que nos apresentam um panorama geral sobre bicicletas de carga ao redor do planeta!

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Para nós da TA, é uma honra estar na capa dessa nova edição e na matéria de oito páginas, dando sequência ao trabalho que já fazemos a mais de uma década. Neste período nos dedicamos a divulgar as bicicletas de carga por aqui, tornando visível sua presença nas ruas e a importância deste tipo de bicicletas para cidades densas e resilientes.

Você pode ler a revista Carrier neste link.

Nos links a seguir, alguns dos projetos sobre o tema aos quais nos dedicamos:
Bicicletas de carga premiadas
Bicicletas e Logística
Encontro Carioca de Bicicletas de Carga
4 guias para promover as Bicicletas de Carga
Distrito de Baixa Emissão Rio & SCAP Cargo Bikes

 

ParanáBici | Seminário Paranaense de Ciclomobilidade e Cicloturismo

cwb2Curitiba sempre esteve à frente na promoção do uso das bicicletas, assim como o Rio, pioneiras e destaques nos anos 90, perderam um pouco o rumo mas aos poucos vem retornando aos seus lugares de destaque. Sede de tantos eventos e casa de tantas ações da sociedade civil, agora sob a batuta do Deputado Goura Nataraj, Curitiba vem ampliando seu alcance para todo o estado do Paraná.

Semana passada, a Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, foi a casa do ParanáBici, evento que reuniu diversos municípios paranaenses que vem planejando e promovendo as bicicletas, assim como grupos de ciclistas e empresas que pedalam pelos caminhos do cicloturismo no estado. Muito bom ver tantos atores de diferentes partes pensando em comum a bicicleta!

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Tivemos a honra e o prazer, de ao lado da Renata Falzoni, fazer a palestra magna na noite de abertura e a palestra principal da conferência sobre Ciclomobilidade na manhã seguinte. À tarde, a tarefa ficou para a Falzoni, que fez a palestra de encerramento na conferência sobre Cicloturismo.

Já estivemos em Curitiba em outras diversas ocasiões, sempre buscando promover o uso das bicicletas e compartilhar conhecimento, ensinado e aprendendo a cada visita! Muito bom participar desse desenvolvimento e poder estar perto e presente no planejamento de tantas cidades.

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Muito bom também reencontrar tantos amigos e fazer novas amizades, todos em uma busca comum, de cidades mais amigas das bicicletas e um mundo mais saudável! Tudo isso fora a incrível possibilidade de pedalar o próprio suco 😉

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Confira mais detalhes sobre o evento nas matérias abaixo:
Primeiro ParanáBici discute construção de políticas públicas voltadas para a cultura da bicicleta.
Assembleia promove ciclo de debates sobre políticas públicas voltadas para o uso da bicicleta.
Programação intensa encerra o Seminário Paranaense de Ciclomobilidade e Cicloturismo.

E alguns momentos em que estivemos em Curitiba anteriormente:
Uma comunidade nacional em prol da bicicleta. III Fórum Mundial da Bicicleta, 2014.
Bicicleta para técnicos e gestores, um seminário que pedala pelo mundo. Seminário “Formação de Gestores” Políticas Públicas de Ciclomobilidade, 2017.

Conexões Cicloviárias Cariocas

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É muito bom ver em tão pouco tempo, ideias se concretizarem, irem para o papel e saírem para as ruas. Em 2021 a bicicleta entrava no Plano Diretor da Cidade, com participação popular através da plataforma participa.rio. Em seguida veio o Plano Estratégico e mais uma vez as bicicletas estavam presentes e a sociedade civil também. É publicado então o decreto RIO Nº 49461 DE 21 DE SETEMBRO DE 2021, que dispõe sobre a ampliação da Rede de Mobilidade por Bicicleta do Município do Rio de Janeiro, validando o que foi dito, pensado e discutido em conjunto. Em seguida surge o Plano de Expansão Cicloviária Carioca detalhando tudo, com outras rodadas de participação popular nas diferentes regiões da Cidade, além disso, uma análise do fluxo de ciclistas realizada pela TA em parceria com ITDP, LabMob e CET Rio, apoiou com informações e dados o Plano Cicloviário e o Distrito de Baixa Emissão. Em meados de 2022 o plano fica pronto e começa a ser implantado. Agora em 2023 segue firme com novas rotas conectando antigas e novas vias para ciclistas às estações de transporte público de alta e média capacidade, tornando possível chegar de bicicleta às 266 estações em operação do BRT, metrô, trens, barcas e VLT. Neste link, você pode ver algumas fotos e as conexões.

Parabéns a todas as Secretarias, organizações, pessoas diretamente envolvidas e aos cidadãos e cidadãs que participaram do processo!

Para conhecer a história com mais detalhes, vá clicando nas palavras grifadas em azul ao longo do texto, que direcionam para os assuntos.