Totem Niterói de Bicicleta

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Após o lançamento da nova fase no Monitoramento de Bicicletas em Niterói, em fevereiro deste ano, mais uma etapa do programa se concretiza: a instalação de um totem contador de bicicletas que mostra o número de ciclistas em tempo real, na Avenida Marquês do Paraná! Na hora, passou pedalando, aparece no painel! 🙂

Esse é um dos poucos equipamentos deste tipo no Brasil e com certeza, o plano de monitoramento é o mais completo. Além deste ponto há outros 10 contadores (sem o totem) espalhados pela cidade. Você pode conferir os dados dos 11 contadores de bicicletas em Niterói, clicando aqui. Hoje as bicicletas contadas já somam mais de um milhão e meio em poucos meses, e o totem da Marquês do Paraná já soma mais de 180 mil passagens. Desde a instalação os contadores registraram em média 1590 ciclistas por dia.

E não é só isso! Niterói vem com um programa consistente e robusto para promover as bicicletas. Além do monitoramento, novas vias, novos bicicletários, novos programas e em breve, previsto ainda para este mês, o lançamento do NitBike, programa de bicicletas compartilhadas da cidade. Niterói vem se destacando com seu programa cicloviário, como uma das cidades mais engajadas neste tipo de mudança para modernização de cidades, desbancando diversas cidades de destaque no país, inclusive sua vizinha, o Rio de Janeiro!

Para nós é uma honra a parceria de mais de 10 anos, ajudando a cidade pelos caminhos cicloviários que ela percorre. Parceria esta estampada no já famoso totem da Av. Marquês do Paraná!

Parabéns Niterói! Seguimos pedalando junto com vocês!

Bicicleta sem cano de descarga

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Em 2010 publicamos aqui o post Bicicleta com cano de descarga, uma análise crítica sobre grandes passeios de bicicleta com o uso de muitos veículos motorizados para apoio e sonorização. A postagem teve defesas apaixonadas de ambos os lados desta questão polêmica, mas mantivemos nossa posição de preferir que a bicicleta, em sua plenitude de virtudes e versatilidade seja a principal estrela destes eventos.

Recentemente tivemos a grata surpresa de conhecer uma pedalada com centenas de participantes que comprovou a possibilidade de um evento ciclístico grande e sustentável com reduzidíssimo uso de veículos a combustão. No dia 20 de abril a TA esteve discretamente representada no pedal da Paz em Porto Alegre. O que seria uma simples pedalada plana com 13 km pela agradável orla do Rio Guaíba foi uma verdadeira aula de como valorizar a bicicleta como veículo limpo, silencioso, divertido, lúdico… e sustentável. Quase 1000 ciclistas foram graciosa e elegantemente conduzidos por não mais que 15 ou 20 ciclistas da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) e voluntários. O silêncio só era quebrado pela potente caixa de som rebocada… por uma bicicleta, claro! Conduzida pelo ótimo animador Juarez Pereira, cujo gosto musical e animação encantou a todos sem emitir um grama de poluição atmosférica.

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O evento organizado pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) através da EPTC é uma tradição na semana em que se comemora o Dia Internacional do Ciclista (15 de abril), e o Dia Nacional da Paz no Trânsito (21 de abril). Nada mais eloquente e apropriado que homenagear o ciclista e a paz no trânsito em um passeio sem veículos motorizados, expoentes da poluição do ar, do barulho e da violência que alguns de seus (maus) condutores levam para o trânsito.

Deixamos aqui um forte abraço e um grande agradecimento à inspiradora iniciativa da municipalidade, e dos cidadãos portoalegrenses, de realizar um belíssimo e verdadeiramente sustentável mega passeio, que honrou com categoria todas as qualidades da nossa amiga bicicleta. Vida longa ao Pedal da Paz!

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Por mais pessoas, em mais mega passeios, com mais bicicletas (e só!) mais vezes!

De quebra, 250 kg de alimentos não perecíveis foram coletados nesse dia e doados uma instituição de caridade.

NitBike, as bicicletas públicas de Niterói

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Já não é novidade, a mobilidade ativa tem no compartilhamento de bicicletas um aliado há muitos anos mundo afora. Quando uma cidade investe em ciclovias, redução de velocidade nas vias, qualificação de calçadas e áreas públicas para as pessoas podemos afirmar que ela escolheu o caminho da evolução na gestão de seu espaço. O modelo atual de mobilidade motorizada individual foi superado, é um fracasso inquestionável, não atende à realidade e as necessidades das cidades de hoje. A bicicleta cai como uma luva no desafio de melhorar o uso do espaço urbano e os sistemas de compartilhamento de bicicletas são a grande ideia para mobilidade desse milênio (nota: embora tenham surgido em 1965 ganharam força e relevância nos anos 2000).

Há várias cidades brasileiras que possuem Sistemas de Compartilhamento de Bicicletas, grandes ou pequenos, pagos ou gratuitos. Não há como negar sua influência positiva para a mobilidade, qualidade de vida e até segurança das cidades.

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No estado do Rio de Janeiro temos um caso emblemático de cidade média que merecia um sistema desses há muito tempo. Niterói, vizinha próxima do Rio de Janeiro tem meio milhão de habitantes, uma imensa frota de automóveis em uma área pequena, logo, transitar por lá é um desafio que requer paciência. Por necessidade e praticidade a bicicleta sempre foi muito usada na cidade, mas explodiu nos últimos anos com os investimentos da cidade em promover o uso da bicicleta, no melhor estilo de “construa e eles virão”. A chegada das bicicletas roxas do NitBike é uma justa e merecida novidade em Niterói. O sistema gratuito de uso público de bicicletas tem previsão de ganhar as ruas em maio de 2024 e, num primeiro momento terá 50 estações e 600 bicicletas nos bairros mais centrais da cidade.

É a coroação do caminho que uma cidade está tomando para amenizar seus problemas de mobilidade, poluição do ar, má ocupação do espaço urbano e prejuízos com engarrafamentos. Sempre há muito a se fazer nesse sentido e as barreiras à mobilidade mudam de forma e tamanho com frequência. Mas Niterói completou uma etapa importante deixando claro que está firme no propósito de garantir espaço e força à bicicleta como ferramenta promotora de qualidade de vida nos deslocamentos de sua população. Neste sentido, e apesar da baía que nos separa fisicamente, Rio e Niterói se aproximaram. Seja com nossas bicicletas pessoais ou nas compartilhadas vamos pedalar cada vez mais lá e cá. Por mais pessoas em mais bicicletas (laranjinhas ou roxinhas) mais vezes!

Pedalada Museu na Rua – Entre Ruas e Rios

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No último sábado 2 de março realizamos em parceria com o Museu do Amanhã a pedalada Museu na Rua, saindo da Praça Mauá até o Aterro do Flamengo. Com paradas na Praça XV, Largo da Carioca, Praça Luís de Camões, no Deck da Foz do Rio Carioca e no Monumento a Estácio de Sá os educadores do Museu trouxeram reflexões sobre os rios da cidade, que foram cobertos, canalizados, poluídos, esquecidos.

Novamente a bicicleta foi a parceira perfeita para esse misto de aula-passeio-exercício de mobilidade ativa. Tivemos duas pessoas cegas recebendo as informações por áudio descrição de seus guias. Cerca de 25 pessoas pedalaram pelas ciclovias e ciclofaixas entre o centro e o Aterro do Flamengo. A experiência completa de conhecimento de sua cidade é bem mais prazerosa e proveitosa quando a fazemos pedalando.

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Nenhuma cidade é perfeita, a sua história e o seu desenvolvimento podem ter episódios ruins, mas sempre há tempo de mudar, corrigir, evoluir. Passamos pela Praça da Justiça, inaugurada recentemente com calçadão, ciclovia, arborização, bancos, estação de bicicleta pública. Onde antes havia estacionamento para alguns carros agora há um espaço verdadeiramente público.

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Ao devolver a cidade para as pessoas elas podem conhecer a sua história (boa ou ruim), aprender sobre ela e se apropriar dela como verdadeiros cidadãos. Só daí virão as mudanças no planejamento urbano e principalmente no que as pessoas querem para a sua cidade no presente e no futuro. Nesses passeios vivenciamos a cidade como queremos, mais para as pessoas que para os carros.

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Nova fase no Monitoramento de Bicicletas em Niterói!

niT2022Por diversos anos consecutivos nosso contador automático e portátil de ciclistas foi para Niterói, para em parceria com o Programa Niterói de Bicicleta e o Mobilidade Niterói, realizar uma série histórica de contagens. Propiciando uma excelente leitura da movimentação dos ciclistas locais e mostrando a importância das ciclovias e ciclofaixas neste processo. Monitorando, podemos validar o sucesso de uma infraestrutura cicloviária, do investimento envolvido e planejar melhor.

Cientes da importância de um bom monitoramento, o Niterói de Bicicleta dá uma pedalada à frente instalando 11 contadores fixos permanentes, um deles com totem mostrando os números do local, e uma plataforma pública para visualização dos dados. Clique na imagem abaixo para ir para a plataforma.

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Tivemos ainda a honra de sermos convidados para participar da mesa de lançamento do novo programa de monitoramento, aonde falamos um pouco sobre a série histórica de contagens na cidade e a participação dos contadores Eco-Counter no processo.

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Cidades inteligentes são aquelas que investem em conhecimento sobre sua dinâmica para poder agir com sabedoria, alocando recursos físicos, humanos e financeiros onde será mais evidente o retorno para a população em qualidade de vida. A gestão pública que aprende constantemente pode acertar mais e corrigir os seus eventuais erros mais rapidamente. Investir na bicicleta é sucesso certo em todas as cidades, ainda assim é preciso fazê-lo com muitos critérios e os dados são fundamentais para isso.