Campanhas Educativas

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Para ler a mensagem do painel clique na imagem.

Se todos fossemos cordiais e educados no trânsito, certamente as infraestruturas segregadas para bicicletas só seriam necessárias em vias expressas. Mas não é o caso. Daí a importância das campanhas educativas. Elas até ocorrem, mas são muito pontuais quando deveriam ser permanentes. Em geral acontecem apenas aos finais de semana, com orçamento restrito e curta duração, alcançando seu objetivo por apenas um breve período de tempo para um público pequeno. A seguir, um panorama de boas campanhas que vem rolado no Rio de Janeiro ao longo deste século. Algumas mais abrangentes, outras menos, todas com potencial para serem permanentes, mas sempre transitórias.

Vamos começar pela campanha Pedale Legal de 2006, talvez uma das mais completas. Foi realizada em diferentes bairros, com uma rodada no domingo e outra na quarta feira, atingindo diferentes tipos de público. Foi direcionada para ciclistas, pedestres e motoristas, buscando educar todos aqueles que fazem parte do trânsito da cidade. Setenta painéis como o da foto acima foram expostos pela cidade, pena que durou apenas 60 dias. A TA deu prosseguimento à campanha por alguns anos, levando o painel para diversas atividades, além de imprimir e distribuir os folhetos. Como o poder público tem data e hora pra encerrar as campanhas, a sociedade civil tenta preencher esta lacuna.

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2006                                                                                 2009

Em 2011, a campanha educativa Rio Capital da Bicicleta percorreu diversos bairros. Foram mais de 10 edições, mas sempre na orla ou em áreas de lazer e apenas aos domingos. As barracas eram bem completas, e as atividades iam desde brincadeiras para crianças até dicas de manutenção para ciclistas. A iniciativa uniu os centros de educação da Secretaria de Meio Ambiente e da CET Rio, com participação permanente da TA. Quando novas ciclovias eram inauguradas na cidade, a campanha era realizada lá no dia da inauguração. Mais uma vez o mesmo problema, apesar de ir a vários bairros, se restringia aos domingos e áreas de lazer, passava por lá uma vez e nunca mais voltava. Apesar de ser muito boa, teve alcance pequeno e restrito a algumas áreas. Uma pena!

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2011 – Para ver a mensagem do cartaz, clique na imagem.

Em 2012, através do programa Rio Estado da Bicicleta, a Secretaria Estadual de Transportes fez uma campanha simples e barata voltada aos motoristas, e que poderia ser permanente. Além dos 300 BusDoors que circularam bem à vista dos motoristas, 10.000 adesivos forma impressos e distribuídos pela cidade.

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2012

Em 2013 o departamento de educação para o trânsito da CET Rio programou diversos painéis eletrônicos com uma mensagem simples e importante. Mais uma campanha que poderia ser permanente.

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2013

A CET Rio voltou a usar BusDoors, uma mídia bastante eficiente para este tipo de campanha, pois circula pela cidade e o motorista pode apreciar seu conteúdo enquanto está engarrafado.

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2014

Mais uma campanha da CET Rio voltada aos motoristas, nesta houveram conversas com motoristas de ônibus e cartilha educativa para eles, ciclistas puderam conhecer os pontos cegos dos ônibus, onde devem evitar se posicionar. Estas faixas também foram usadas por um periodo, por agentes de trânsito em alguns cruzamentos da cidade, que as expunham aos motoristas quando o sinal fechava.

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2015

As campanhas pontuais do Dia Mundial sem Carro poderiam causar efeito pois eram realizadas anualmente em setembro, mas infelizmente sumiram há alguns anos. As atividades do Dia Mundial sem Carro já foram grandes no Rio de Janeiro, novas Zonas 30 chegaram a ser lançadas anualmente nestas datas, mas a cada ano vem diminuindo seu alcance e aparentemente o interesse em se manter a campanha.

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Campanhas permanentes, por toda a cidade, todos os dias do ano, seriam um sonho. De certa forma algumas empresas vem fazendo isso, como em mais um exemplo simples e eficiente deste ônibus executivo abaixo, que roda o ano inteiro e divulga a mensagem em todo o seu trajeto.

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A sociedade civil também faz a sua parte, e às vezes é mais eficiente que o poder público. É o caso da iniciativa premiada da ONG Ciclourbano Bike Blitz e do CTB de Bolso da Transporte Ativo, que distribuiu 180 mil livretos e ainda teve mais de 130 mil downloads do pdf pelo site e mais de 10 mil do aplicativo para android.

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Seguimos em busca de um trânsito mais humano e seguro, divulgando informações para o maior número possível de pessoas. Além de sensibilizar o poder público para que invista em campanhas permanentes voltadas a todos os atores do trânsito de nossas cidades.

Enquanto isso não acontece, relembramos alguns BusDoors de Carnaval elaborados pela CET Rio. Eles não estão mais por aí, como as campanhas pontuais, mas destacamos aqui para que a mensagem siga adiante e cada vez mais pessoas usem meios de transporte com menor impacto em nossa cidade!

Um carnaval 2017 com trânsito seguro para todos! E que mais campanhas educativas, eficientes e duradouras surjam por aí!

Um perfil de quem usa a bicicleta no Brasil

Estão disponíveis os primeiros dados da pesquisa “Perfil do Ciclista” que irá traçar um panorama de quem utiliza a bicicleta como meio de transporte no Brasil. Ainda preliminares, os dados já dão um grande panorama sobre quem já pedala e nos ajuda com pistas para que mais pessoas escolham pedalar.

A maioria dos ciclistas brasileiros entrevistados tem entre 25-34 anos, concluiu o ensino médio, recebe até 2 salários mínimos, pedala até 30 minutos no seu deslocamento principal, não se envolveu em incidentes de trânsito recentemente e, principalmente, gosta de pedalar. A  bicicleta é o principal meio de deslocamento das pessoas ouvidas que pedalam no mínimo 5 dias por semana de porta a porta, sem integrar com qualquer outro meio de transporte.

– Confira os resultados preliminares da pesquisa nacional do perfil do ciclista 2015.

Rio de Janeiro, cidade que ama pedalar

Dos dados preliminares do Rio de Janeiro, o que salta aos olhos é a frequência com que as pessoas entrevistadas pedalam. Cerca de 81,2%  utiliza a bicicleta no mínimo 5 vezes por semana. Desse total 37,20%  pedala de domingo à domingo, 27% utiliza 5 vezes por semana e 17% pedala 6 dias por semana.

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As pessoas que usam a bicicleta no Rio são em sua maioria jovens entre 25-34 anos (27,7%). Já 21,9%  tem entre 35-44 anos e 19,4% 15 a 24 anos.

Em relação à renda 59,8% recebe até 3 salários mínimos. Sendo 30,7% entre 1 e 2 S.M., 16,2% de 2 a 3 S.M. e 12,9% até um salário.

A integração modal é mais representativa do que na média nacional, com 34,5% das pessoas utilizando a bicicleta somada a outro meio de transporte.

Na variável tempo, 83,6% utiliza a bicicleta para deslocamentos de até 30 minutos. Sendo 56,6% mais de 10 e menos de 30 min. e 27% pedala no máximo 10 min. em sua viagem mais frequente.

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São Paulo vive revolução cicloviária que precisa alcançar a periferia

Um olhar específico sobre as cidades mostra a diversidade local e também algumas consistências em relação aos dados nacionais. Nos dados preliminares de São Paulo, chama a atenção o desejo por mais infraestrutura e como o aumento da malha cicloviária impulsionou o uso da bicicleta. O levantamento conduzido pela Ciclocidade já nos traz reflexões que estão além dos números.

Como forma de melhorar seus deslocamentos diários, 50% dos entrevistados sugerem a implantação de mais vias exclusivas para ciclistas na cidade. Já dos entrevistados que disseram nunca usar ciclovias em suas viagens, 80% estão na periferia.

Sobre quando a bicicleta começou a ser usada como meio de transporte, dois extremos se destacam entre as respostas: 29% dos entrevistados pedalam há mais de 5 anos, enquanto 19% há menos de 6 meses. O alto número de “novatos” pode se dever à influência da expansão da malha cicloviária na cidade – nas áreas central e intermediária, praticamente 40% dos ciclistas começou a pedalar há menos de um ano.

Com relação à renda, quase 40% dos ciclistas da capital paulista ganham entre 0 (sem renda) e 2 salários mínimos (R$ 1.576).

Com relação a faixa etária, também quase 40% dos ciclistas têm entre 25 e 34 anos. Ciclistas entre 35 a 44 anos compõem a segunda faixa etária mais presente, com cerca de 27%.

Mais de 70% dos ciclistas afirmam usar a bicicleta pelo menos 5 vezes por semana, indicando que a bicicleta é, de fato, o principal meio de transporte para muitos paulistanos. Este resultado se repete entre homens e mulheres.
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O tempo dos deslocamentos em São Paulo mostram a distribuição espacial da cidade das longas distâncias. Ainda que 54,2% pedalem entre 10 e 30 minutos, 29,2 % pedala entre 30 min e uma hora. A longa distância entre os locais de moradia e os de emprego e estudo é certamente o maior drama paulistano, mais um que a bicicleta ajuda a contornar.

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Em breve iremos publicar também os dados preliminares das outras cidades.

Faça o download das planilhas:

Saiba mais:

Quem são os ciclistas brasileiros
Quase 75% dos ciclistas de São Paulo pedalam em área sem ciclovia
Maioria dos ciclistas do Rio são de baixa renda

A necessidade de um dia mundial sem carro

Foi em outubro de 1994 que nasceu na Europa a idéia de um Dia sem Carro. Uma iniciativa para que as cidades européias, e mais tarde do mundo, repensassem o uso das ruas e a prioridade concedida aos meios de transporte motorizados.

Vinte anos depois, é certamente um equívoco de linguagem falar em um dia “sem carro”. Felizmente, tem sido natural promover um termo mais adequado ao período histórico em que vivemos. Temos hoje as semanas da mobilidade que gravitam ao redor do 22/09 e fazem do mês de setembro uma época de festividades e reflexão de todos que pensam e repensam a cidade como espaço de circulação e permanência de pessoas.

Uma premissa maior foi elaborada ao longo dos anos, tirar o carro da cena foi o primeiro passo para lembrar a todos que a maior necessidade urbana é promover a diversidade somada a humanização. É preciso primeiro oferecer opções fáceis, baratas, ágeis e agradáveis de deslocamento para qualquer pessoa que viva, visite ou transite dentro de uma cidade. Para garantir diversidade é preciso centrar o planejamento urbano na lógica da natureza humana.

Apesar de nossa capacidade de construir e operar poderosas máquinas, somos apenas humanos, demasiadamente humanos. Frágeis e mortais criaturas expostas aos elementos que souberam se adaptar a vida em qualquer parte do planeta, mas sempre com a premissa de tomar o caminho mais confortável e direto. O século XX, o do automóvel, moldou corações e mentes para se adequarem as necessidades das engrenagens movida a óleo, nos fizeram acreditar que circulação era algo a ser feito em carruagens motorizadas e que era preciso ordenar, direcionar e restringir a circulação livre das pessoas.

Certamente 1994 pode ser colocado como o ano que ajudou a marcar um novo ciclo, foi por isso uma escolha adequada ter um dia “na cidade sem meu carro”. Os desafios para as cidades propostos à época eram o impulso inicial para a reflexão. Aos administradores das cidades era preciso:

– Planejar e implementar um dia sem carros;
– Observar e estudar com afinco o que acontece nesse dia;
– E então produzir uma reflexão pública sobre as lições dessa experiência.

Foi preciso um tratamento de choque centrado no usuário do automóvel e a partir desse empurrão forçado, ajudar as pessoas acostumadas ao volante a experimentarem a cidade de outra maneira. O automóvel como estorvo urbano já é senso comum até para seus usuários, que em geral tendem a sempre ficar na defensiva quando confrontados sobre sua opção de transporte. Sendo as posturas defensivas em geral difíceis de serem modificadas, o desafio atual vai além do carro e de seu uso. Vinte anos depois, é válido propor algumas questões a serem colocadas em debate no 22 de setembro, uma compilação feita por Eric Britton do World Streets.

Perguntas a serem feitas e discutidas publicamente durante um dia sem carro:

Primeiro é preciso entender o atual estágio na promoção ao uso da bicicleta na cidade com um grupo inicial de perguntas:

  1. Incidência política: Como são vistas e qual o poder de influência dos grupos/ONGs ativistas pró-bicicleta na cidade (região ou país), como eles influem nas decisões relacionadas a políticas públicas, investimentos e fiscalização?
    • Em uma escala de “nenhum grupo ativista pró-bicicleta até uma organização forte com influência política.
  2. Cultura da bicicleta: A bicicleta já se (re)estabeleceu como meio de transporte cotidiano ou só para um pequeno grupo?
    • Em uma escala de zero bicicletas nas ruas, somente esporte/lazer até aceitação massiva da bicicleta como meio de transporte diário.
  3. Infraestrutura cicloviária: A cidade oferece infraestrutura secura e eficiente para a circulação da bicicleta?
    • Em uma escala de zero infraestrutura com ciclistas relegados ao compartilhamento forçado de ruas e avenidas até um alta quantidade de vias seguras e segregadas para a circulação.
  4. Comodidades para a bicicleta: Existem bicicletários ao ar livre em profusão, rampas em escadas, espaço dedicado em trens e ônibus, um mapeamento bem desenhado etc.?
    • Em uma escala de zero comodidades disponíveis até a presença massiva de comodidades e soluções inovadoras.
  5. Divisão modal da bicicleta: Qual o percentual de viagens feitas em bicicleta na cidade?
    • Em uma escala de menos de 1% a mais de 25%
  6. Divisão de gênero: Qual o percentual de ciclistas homens e mulheres?
    • De majoritariamente masculina a uma divisão equânime chegando até mais mulheres do que homens pedalando.
  7. Planejamento urbano: Qual a prioridade dada pelos planejadores urbanos em relação a infraestrutura cicloviária e quão bem informados eles estão em relação a tendências internacionais?
    • Em uma escala de planejadores urbanos rodoviaristas até os que pensam na bicicleta – e no pedestre – primeiro
  8. Moderação de tráfego: Quais iniciativas foram feitas para diminuir os limites de velocidade – Zonas 30 km/h, por exemplo – e de acalmia de trânsito em geral para garantir mais segurança para pedestres e ciclistas? Foram implementadas areas de acesso restrito para carros e também reduções estratégicas de estacionamento automotivo?
    • Em uma escala de nenhuma até uma extensa lista de medidas de moderação de tráfego que priorizem ciclistas e pedestres.
  9. Integração com o transporte público: Bicicletas em ônibus, metrô e bondes. Compartilhamento das faixas para ônibus. Integração tarifária. Treinamento para motoristas.
    • Em uma escala de zero integração até parcerias completas e entusiasmadas.
  10. Percepção de segurança: A percepção de segurança dos ciclistas, que se reflete nas taxas de uso de capacete, é positiva ou os ciclistas pedalam com medo por conta de iniciativas de promoção ao capacete e à cultura do medo?
    • Em uma escala de obrigatoriedade legal de uso do capacete até um baixo percenteual de uso de capacetes.
  11. Fiscalização: O uso da bicicleta recebe apoio legal com fiscalização ativa das autoridades locais, polícia e outros organizações?
    • Em uma escala de nenhum apoio até um apoio consistente que inclui multas pesadas, programas de remoção de veículos estacionados irregularmente, leis e regulamentos que defendam os ciclistas.
  12. Estratégia de desenvolvimento sustentável: A bicicleta é considerada parte de uma estratégia consistente com um planejamento urbano para a sustentabilidade?
    • Em uma escala de nenhuma estratégia, passando uma sem conteúdo real e promessas vazia, políticas inconsistentes até chegar a uma política de sustentabilidade articulada com a promoção ao uso da bicicleta.

Por um ranking de cidades amigas da bicicleta

Entender qual o nível de promoção ao uso da bicicleta da bicicleta é apenas o primeiro passo. As medidas elencadas acima são parte de uma provocação para que as cidades possam medir em que pé estão em suas medidas de promoção a mobilidade humana, já existem iniciativas em curso que podem e devem ser aplicadas para entender como as cidades podem construir um legado a partir do 22 de setembro. A partir desses levantamentos é possível inclusive pensar em maneiras de comparar as cidades, como base levantamento feito em todas as cidades que se engajem na comemoração do dia mundial da mobilidade.

Leia mais:
– Twenty Questions to consider to improve cycling In your city. (First guidelines for 2014 WCFD Citizen Cycle Audit )

Tour do Brasil Transporte Ativo

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Setembro é o mês da mobilidade e sempre muito movimentado. Nesse ano pela primeira vez abrimos mão de realizar eventos comemorativos, como o tradicional desafio intermodal e a vaga viva.

Ainda assim, foram muitas outras atividades com o mesmo propósito, a promoção ao uso da bicicleta e dessa vez muito além das fronteiras do Rio de Janeiro.

Da câmara municipal de São Paulo à Manaus, das obras do metrô no Rio às ciclovias de Aracuju. Um pequeno tour do Brasil em busca da mesma mensagem, buscar sempre mais pessoas em mais bicicletas, mais vezes. Em todas as cidades.

· Foram 15 Palestras consórcio linha 4 do metrô carioca na Semana De Mobilidade;
· Mesa Redonda Bicirio – O Código de Trânsito Brasileiro e a bicicleta:
· Por que é tão difícil para os usuários seguir regras e leis tornando a convivência no trânsito perigosa?
· Palestra Bicirio – Comportamento e Cultura do ciclista no Rio.
· Apresentação “Bicicleta, mobilidade e design” para a turma da disciplina Projeto de produto 4, no Departamento de Desenho Industrial, UNB, Brasília.
· Bate papo O que o Velo City tem a nos ensinar?, Bar e Bicicletaria Las Magrelas – São Paulo.
· Apresentação Bicicleta: Passado, Presente e Futuro no Conselho Regional de Administração – Rio de Janeiro.
· Palestra Fórum Salvador vai de Bike – A TA e As Bicicletas Públicas no Mundo
· Palestra Niterói – Motorista + Ciclista. Compartilhando a rua
· Palestra Niterói – Zonas 30
· Palestra Niterói – As bicicletas Públicas
· Palestra OAB – Mobilidade por Bicicletas no Centro do Rio de Janeiro.
· Palestra Cidades Verdes – Transporte a Propulsào Humana e o futuro das cidades
· Palestra Forum Sergipano da Bicicleta – A Transporte Ativo
· Seminário “A bicicleta em São Paulo: políticas públicas para transformar a cidade” – à convite da Ciclocidade e da Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Humana da Câmara Municipal de São Paulo

O que comprovam as contagens de ciclistas

O milésimo ciclista em contagem na Zona Norte de São Paulo - Foto:Roberson Miguel

O milésimo ciclista em contagem na Zona Norte de São Paulo – Foto: Roberson Miguel/Ciclocidade

Contar ciclistas é um saudável hábito e uma tradição na Transporte Ativo que felizmente se espalhou pelo Brasil.

Tudo começou com uma idéia simples, comprovar aos técnicos de transporte da Prefeitura do Rio de Janeiro que tem muita bicicleta em circulação em um determinado ponto. Para garantir a fidelidade do levantamento, nada mais natural que fotografar cada um dos ciclistas.

Fotografar ciclistas em movimento durante um dia inteiro em um mesmo ponto é, acima de tudo, uma maratona motivadora para todos que promovem o uso da bicicleta.

Conhecer quem pedala, ver as diferentes bicicletas e os diferentes usos que se faz desse veículo. A quem nunca participou como voluntário em contagens de ciclistas, recomendamos. Só quem já esteve nas ruas contando entende esse prazer.

Em São Paulo a Ciclocidade realizou duas contagens com mais de mil ciclistas cada uma. Foram comprovações maravilhosas de que, com um mínimo de infraestrutura, é possível ter um grande fluxo. Afinal, ambas as contagens foram realizadas em pontos de ciclovias construídas em canteiros centrais de grandes avenidas.

Os números acima de tudo atestam que promover o uso da bicicleta é a maneira mais eficiente de garantir a fluidez para mais pessoas com um impacto menor. Para exercer uma pressão eficiente por mais infraestrutura de qualidade para a circulação de bicicletas, contemos ciclistas!