Viajar de Bicicleta

Fui infectado pelo vírus da viagem de bicicleta ao ler “No Guidão da Liberdade”, de Antônio Olinto, 286 páginas, Edição Independente, 1993.
Em julho de 2000 tive um ataque agudo deste vírus. Fazia um estágio em Ubatuba – SP e levei minha Caloi 18 marchas numa loja de bicicleta. Saí de lá com bagageiro, cestinha, garrafinha e tratei de enchê-los de comida e bebida no primeiro supermercado. Ainda anestesiado pela força que a realização de um sonho nos dá, creio que só dormi por obra divina.
Quando as rodas tocaram a estrada rumo a Parati, um misto de euforia, felicidade e apreensão tentavam me dominar. Minha preparação foi bem deficiente, mas toca pra frente.
Aquela estrada foi feita para cruzar de bicicleta ou a pé, pois só assim é possível ouvir as ondas quebrando na praia e os pássaros cantando na mata ao lado.
Decidi cumprimentar todos que cruzavam o meu caminho, foi o diferencial da viagem. Só se conhece um caminho se for devagar e se falar com as pessoas. A pé, de carro, moto, ônibus e em bicicletas acenei para todos. Surpresa: poucos não responderam. Motoristas piscavam faróis, motociclistas em potentes máquinas aceleravam em ponto morto e os que estavam a pé até perguntavam como eu estava!
Nunca na vida falei com tanta gente desconhecida e aquela que seria uma viagem em solitário ficou longe disso. Se alguém ainda duvida eu posso afirmar: a bicicleta aproxima as pessoas.

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Bicicleta, veículo convidativo.

Não importa a distância

Primeiro engatinhamos, depois milagrosamente aprendemos a caminhar. Após anos de prática, alguns começam a se aventurar em outras maneiras de se locomover pelas suas próprias forças. Bicicleta, patins ou quem sabe até um monociclo.

Viver é um eterno aprendizado e para alguns um desafio. Pouco importa se só alguns metros ou por 864 km.

Videos de monociclagem

Primeiro Zé Lobo dá seus primeiros giros.
Duração: 26 seg.

Depois Rodrigo Racy dá seu giro.
Duração: 16 min 52 seg.

Programa exibido na ESPN Brasil acompanha o atleta Rodrigo Racy que percorre os 864 Km da rota francesa do Caminho de Santiago usando apenas um monociclo.

Dirigido pelo videomaker Renato Falzoni.

Parabéns ao atleta e a equipe que o acompanhou nos 31 dias de peregrinação.

Ps.: Caso o video não apareça, tente atualizar a página.

Chegada a Bogotá

16 de setembro de 2006

Um pequeno aeroporto com un grande corredor de El Dorado e escadas que se somam a escadas e um corredor longo com decorações sobre um mundo de ouro, o paraíso para os espanhóis.

La vaccuna, el câmbio, el parqueo e rumamos para a rua. Trânsito tranquilo de sábado numa via expressa com uma longa cicloruta no canteiro central. Em pouco tempo a chegada até as ruas estreitas do centro velho, calçadas estreitas. Alguns estacionamentos particulares e tudo parece um pouco uma cidade do interior. Afinal a noção de metrópole dos cariocas passa sempre pela Avenida Rio Branco e a Nossa Senhora de Copacabana que cortam regiões de trânsito pesado e gente, muita gente.

Na foto, nosso destino, visto de dentro do carro.
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Ao finalmente sairmos do carro uma caminhada e Hostal Sue. Uma casa, alguns quartos e pronto, temos um albergue.

Em outra imagem, a Rede Cultural para pedestres.
[photopress:255695840_58d993cac2_b.jpg,resized,alignleft] Passeio na rua, ruas “peatonales”. Centro velho com uma estreira rua sem trânsito de autos, é sempre assim de sexta a domingo. Muitos bogotanos passeiam e a cada cruzamento duplas de voluntários vestidos de amarelo orientam motoristas e pedestres, guardinhas de verde são os responsáveis pela segurança.

Por fim a Plaza Bolívar. A Theca Petra ao centro além de Carlos e sua esposa Adriana.
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