Ponte anti-inundação em São Paulo

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Foto: Daniel Guth

A “valet-ponte” que ilustra esse texto é um retrato das águas de março em São Paulo, uma cidade que descobre enchente onde antes havia a baixada de um rio, descobre corredeiras de água suja pelo asfalto onde antes escorriam cachoeiras.

Uma redistribuição eficiente do espaço de circulação urbano, com mais árvores, rios a céu aberto e solo permeável é mais do que sonho utópico. É um redesenho urgente da metrópole que já foi da garoa e hoje é da tromba d´água com enchente.

A cada boletim informativo da CET-SP que divulga o número de pontos de alagamento intransitáveis, melhor ler que por ali perto passa um rio escondido em uma tubulação subterrânea que não lhe dá vazão.

Pela ponte e entre rios circulam os ciclistas, imunes ao semáforos que se apagam com as trombas d´água, às árvores caídas que inviabilizam a circulação motorizada e ao caos que se instala em uma cidade que virou as costas para os seus rios.

É Lenine que canta “esse lugar é uma maravilha, como faz para sair da ilha? É pela ponte, é pela ponte”.

O documentário Entre Rios com a história hídrica de São Paulo:

ENTRE RIOS from Caio Ferraz on Vimeo.

Mobilidade+ Logística


O Mobilidade+ foi uma realização do Studio-X Rio e ITDP Brasil, com apoio da Comissão Andina de Fomento (CAF) e parceria de C40 Rio de Janeiro, Rede para o Transporte Sustentável de Baixo Carbono (SLoCaT), Transporte Ativo e ONU Habitat, resultando num consórcio composto por alguns dos principais atores globais em transporte sustentável e desenvolvimento urbano.

As palestras agora podem ser vistas online. Para representar a Transporte Ativo, Zé Lobo falou sobre a logística das entregas em bicicleta. Um estudo de caso pioneiro feito pela TA e que mais uma vez ganha destaque. Afinal, os milhões de quilômetros pedalados todos os anos em Copacabana são um indicador claro de qual caminho seguir para viabilizar nossas cidades.

Confiram os vídeos Mobilidade+.

Resumo do que rolou na Rio+20

ITDP, Climateworks, Transporte Ativo, C40, UN Habitat, Studio X e SLoCat

Na Rio+20  a Transporte Ativo focou apenas no transportes sustentável e mobilidade. Uma das boas surpresas foi a disponibilização, através dos bancos de desenvolvimento (MDBs) de 175 Bilhões de dólares para os próximos 10 anos. A quantia será destinada ao transporte sustentável e claro que bicicletas e pedestres estão incluídos.

Rolou uma pedalada pelas ciclovias e ruas de Copacabana, no melhor estilo holandês, com o Ministro da Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, o Embaixador da Dutch Cycling Embassy e parte da comitiva. Foi um momento de descontração em plena conferência além é claro da chance de experimentar pedalar por aqui. Todos se saíram muito bem dominando as ruas como se estivessem em casa.

Encerrando a participação da TA na Conferência, recebemos no pavilhão da UNEP, das mãos do Ministro  da Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, a entrega simbólica do estudo  Climate Value of Cycling in Rio de Janeiro, para ser entregue à Prefeitura. Este estudo é o início formal de uma parceria entre a Dutch Cycling Embassy e a Prefeitura do Rio de Janeiro, onde a Transporte Ativo participa como facilitadora, aproximando a administração municipal, das iniciativas de promoção ao uso da bicicleta na Holanda.

Para repensar a cidade na Rio+20

Neste mês de Rio+20, a Transporte Ativo vem realizando uma série de atividades em parceria com ITDP, Studio X e Dutch Cycling Embassy entre outros.

No dia 5 de junho a apresentação Mobilidade+Delivery no evento Mobilidade+. No dia 13 foi a vez do II Seminário de Mobilidade Urbana Sustentável de Niterói. Ambos os eventos foram sucesso com casa cheia e um público ávido pelo tema, em Niterói mais de 200 pessoas estiveram presentes.

No dia 18 foi o lançamento da campanha I’m a City Changer  – Evolua com mobilidade, da UN Habitat e parceiros, no Forte Copacabana, na quinta feira (21) um dia cheio, as 10 da manhã, na tenda da Ford Foundation na Cúpula dos Povos o evento de encerramento da série Mobilidade+, as 15h e no espaço UNEP no Parque dos Atletas será feita, pela Dutch Cycling Embassy, a apresentação  Rio goes Cycling, com os resultados do estudo do valor do uso da bicicleta para o Rio de Janeiro, com modelagens para o futuro da mobilidade na cidade. Às 20hs Rio+Bike = The Ride (&walk), mais detalhes no próximo post.

De Bicicleta na Rio+20


O Rio de Janeiro está no centro da discussões sobre sustentabilidade e o futuro do planeta. Em tempos de Rio+20 a cidade fervilha com discussões, painéis, mostras, mesas abertas, espaços fechados. Estarão presentes líderes do mundo e também uma enorme diversidade de povos.

Entre a diversidade da Cúpula dos Povos no Aterro e os líderes planetários no longíquo RioCentro quilômetros de vias asfaltadas, engarrafadas e com transporte público com serviço abaixo da qualidade de adequada.

A solução está na diversidade, combinar diversos meios de transporte adequados a necessidade do usuário. Nesse contexto, corre por fora a bicicleta pública. Aquela que é compartilhada por milhares de usuários, está sempre circulando e tem estacionamentos seguros espalhados pela cidade afora.

Infelizmente as estações nem sempre são próximas aos destinos ou ainda é preciso circular em meio a multidões de pedestres. Nessa hora chega o patinete. Aquela veículo de duas rodas que junta um pouco do skate, do patins e da bicicleta tudo para ir mais rápido e com menos esforço do que caminhar.

O conjunto bicicleta mais patinete é show ao unir praticidade das duas rodas em diferentes formas.

Fica assim estabelecido, o ranking. Para as grandes distâncias o ônibus e metrô, para aquelas abaixo de 10km e principalmente em torno de 5km a bicicleta, para aqueles deslocamentos ágeis em torno de 1km, corre por fora o patinete.

Por fim, pra quem pedala ou se desloca através da própria força e garante um ar limpo e menos consumo de energia, dia 21 tem pedalada da Rio+20. É a Rio+Bike, não é um protesto, é uma proposta.