Pergunte-me porque eu ando de bicicleta sem capacete.

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Nós não somos contra capacetes. Algumas pessoas se sentem mais confortáveis pedalando com um capacete.
Mas somos contra alegações que:
• Dizem que andar de bicicleta é algo muito mais perigoso do que realmente é.
• Dizem que capacetes oferecem muito mais proteção do que realmente oferecem.

Pessoas que andam de bicicleta normalmente vivem vidas mais longas e mais saudáveis. Lesões sérias na cabeça são raras. Leis sobre o uso de capacete e propagandas a base do choque e do horror desencorajam andar de bicicleta. O maior efeito de tais leis ou propagandas não foi melhorar a segurança das pessoas que andam de bicicleta, mas sim desencorajar o uso da bicicleta, não dando a importância necessária para seus benefícios.

Portanto, nós acreditamos que devemos todos trabalhar em conjunto para focar em medidas já bem estabelecidas para promover a bicicleta e o bem-estar de quem anda de bicicleta. Reconhecer, sempre, que os benefícios de andar de bicicleta prevalecem sobre seus riscos. E evitar promover ou forçar o uso do capacete sem evidências confiáveis de que isso seria benéfico e que teria bom custo-benefício em relação a outras iniciativas de segurança.

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Capacetes não impedem acidentes, somente ruas mais seguras e boa educação para motoristas e ciclistas impedem acidentes.

Esta é a posição da Transporte Ativo em relação a capacetes.

Estamos alinhados à opinião da Federação de Ciclistas Europeus – European Cyclists’ Federation (ECF), que publicou um folheto para divulgar o resultado de um grupo de estudos e combater argumentos falaciosos. O folheto original em inglês está disponível clicando aqui.

Traduzimos e adaptamos o folheto original para o português. Leia e divulgue.

Andar de bicicleta se torna mais seguro com mais pessoas andando de bicicleta.

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Aprender a andar de bicicleta

Andar de bicicleta é bom tanto para o corpo quanto para a mente. Nada se compara à sensação de liberdade e satisfação dada pela bicicleta!

Além disso, andar de bicicleta é ambientalmente amigável e econômico. Pode substituir com êxito a ida à academia e com certeza vai poupar seu tempo no trânsito.

Mas, para tirar proveito de todos esses benefícios, você primeiro tem que aprender a andar de bicicleta.
Ou você pode ser um pai que está se perguntando como ensinar uma criança a andar de bicicleta.
Não importa em qual das duas categorias você está, agora você pode usar e seguir as orientações do nosso guia “Aprender a andar de bicicleta”.

Baixe o guia clicando aqui.

 

Quando se trata de ensinar uma criança a andar de bicicleta, a maioria dos pais se lembra de como eles aprenderam a pedalar quando eram crianças. A primeira coisa que vem em mente é um triciclo enferrujado ou uma bicicleta com rodinhas. Mas as coisas mudaram ao longo dos anos. Os pais modernos podem usar novos métodos quando se trata de ensinar seus filhos a andarem de bicicleta. No entanto, há também muitos pais que ainda acreditam que a melhor maneira é dar à criança uma bicicleta com rodinhas.

Por esta razão, Diane Cunnings, Biking Expert, decidiu escrever um guia sobre como ensinar uma criança a andar de bicicleta com e sem rodinhas. Ela entrou em contato conosco, mostrou-nos seu blog e o guia original em inglês. Gostamos muito e fomos autorizados a traduzir e publicar em português, com adaptações.

A primeira parte do guia mostra como ensinar as crianças a andarem de bicicleta. A segunda parte é dedicada a aprender a andar de bicicleta como um adulto. Mostramos como escolher a bicicleta certa e comentamos sobre qual é a idade certa para aprender a andar de bicicleta.

 

Algumas dicas retiradas do guia:

Não force a criança a aprender: se você quer que seu filho aprenda a andar de bicicleta, lembre-se que ele ou ela deve ter um interesse maior na atividade do que você. Você pode amar a bicicleta, mas isso não quer dizer que seu filho quer aprender a andar de bicicleta. Para educar o seu filho a andar de bicicleta você deve enfatizar o quão divertido pode ser e deixar a criança pedir para ensiná-la.

Pule a parte das rodinhas: é melhor ensinar o seu filho a andar de bicicleta sem rodinhas, pois ele irá aprender a manter o equilíbrio mais rápido. Se você não quer investir em uma bicicleta de equilíbrio, você pode remover os pedais da bicicleta dele para ensiná-lo a manter o equilíbrio antes de passar para as próximas etapas.

Incentive a criança: se ela cair, ajude-a a levantar-se e incentive-a a subir na bicicleta novamente. Diga-lhe que você também caiu quando aprendeu a andar, mas se levantou e tentou novamente. Não deixe o medo tomar o lugar da curiosidade e diversão.

Aprendendo a andar de bicicleta: para adultos

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Aprender a andar de bicicleta como um adulto é semelhante a ensinar uma criança a andar de bicicleta sem usar as rodinhas. No entanto, você provavelmente se sentirá mais envergonhado e ficará desmoralizado mais facilmente. Por esta razão, é essencial que você aprenda a andar de bicicleta na presença de um bom amigo que terá a missão de te incentivar e te manter motivado.

Siga esses passos:

1)      acostume-se com a bicicleta

2)     aprenda como manter o equilíbrio usando os pés com o apoio

3)     aprenda a manobrar e virar o guidão

4)     hora de tirar os pés do chão e colocar nos pedais, aprendendo a técnica de pedalada

5)     trabalhe seu posicionamento na bicicleta: aprenda de novo como manter o equilíbrio sem colocar os pés no chão

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Baixe o guia clicando aqui.

Você vai ver como é fácil aprender a andar de bicicleta. Basta ter… uma bicicleta! E conhecimento do método, que é muito simples, mas exige paciência e determinação.

O método funcionou para você? Tem alguma sugestão? Participe! Deixe sua opinião nos comentários.

Leia o texto original em inglês aqui.
Caso não se sinta a vontade para seguir sózinho, procure um Bike Anjo.

Ciclo Orgânico e as bicicletas da compostagem

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Algumas ideias para solucionar problemas modernos são mesmo muito criativas, mas quando elas viram realidade podemos dizer que é o melhor da humanidade se renovando e inspirando a todos nós.

No Rio de Janeiro, um grupo de universitários juntou duas paixões em torno do desejo de um mundo melhor e, antes de se formarem, criaram um negócio que vem rendendo frutos. A Ciclo Orgânico é uma microempresa que uniu bicicletas e compostagem. Oferecem a coleta domiciliar de resíduos orgânicos e o transporte até uma composteira no bairro atendido. E isso é feito em bicicletas cargueiras comuns, garantindo o transporte limpo, silencioso, prático, barato e que ajuda na mobilidade dos cariocas.
O serviço é pago, mas não custa caro e é indicado para aquelas famílias que não possuem tempo ou espaço para manter a sua própria composteira doméstica.

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Claro que a coleta domiciliar de orgânicos se tornou famosa e a demanda aumenta gradualmente. Os jovens empreendedores já estão planejando a ampliação para outros bairros, com novas composteiras e mais bicicletas. Sabendo disso e querendo ir além dos aplausos à iniciativa a Transporte Ativo doou uma bicicleta cargueira para o grupo, que agora conta com 3 bicicletas e um triciclo. O veículo passará por pequenas adaptações para suportar a dureza do serviço e em breve estará flanando por aí levando restos orgânicos para um destino muito melhor que os depósitos de lixo da cidade.

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No último domingo, a TA e o Ciclo Orgânico participaram de um debate sobre mobilidade por bicicletas no Domingo Alternativo no SESC Tjjuca. A roda de conversa durou uma hora, público e palestrantes conversaram abertamente sobre como melhorar a cidade através do uso do nosso meio de transporte favorito.

Para contratar o recolhimento de orgânicos sem emissões: Site Ciclo Orgânico

Food Bikes

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Food Bikes estão na moda, aparecem por todos os lados, isoladas ou em grupos em eventos. Embora muitas delas sequer sejam pedaladas e usadas apenas como display, se apossando da imagem da bicicleta. Mesmo assim elas mexem com o imaginário das pessoas sobre as possibilidades das bicicletas, de uma forma ou de outra, promovendo-as.

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Porém, muito antes do Hype Ciclístico atual bicicletas lanchonete e bicicletas bar povoam as ruas cariocas e de outras cidades brasileiras, nos finais de tarde e especialmente em grandes eventos, onde são parte da festa. No Rio basta caminhar alguns metros em qualquer evento para se alimentar ou tomar um drink nesta maquina econômico social e que ainda serve como meio de transporte, a Bicicleta!

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Pedalemos!!!

Dez anos de Pioneirismos, Desafios e Conquistas.

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Neste mês de setembro, faz dez anos que a Transporte Ativo realizou o primeiro Desafio Intermodal deste século no Brasil, a primeira Vaga Viva e a “tradução” dos nomes para o português. O Desafio Intermodal veio do Inglês/Canadense Commuter Challenge. A Vaga Viva foi inspirada no americano Parking Day, trocadilho que em português não tinha o mesmo efeito. O nome veio de uma sugestão do Willian Cruz do ‘Vá de Bike’ de colocarmos na esquina uma placa dizendo “hoje, nesta rua, uma vaga ganhou vida”.

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Ruas verdes já eram realizadas em Belo Horizonte pela organização Rua Viva, mas as vagas vieram com a ideia do grupo reBar de São Francisco – Califórnia, que no ano anterior lançou a iniciativa que conhecemos, rebatizamos e realizamos. O Parking Day cresceu mundo afora e no Brasil também, virou Parklet, passou de ativismo a politica pública e vem ganhando cidades no mundo e no Brasil. O Parking Day e as Vagas Vivas seguem seu caminho abrindo novas portas e janelas. É muito gratificante ver que aquela ideia que acreditamos vingou, se espalhou e hoje acontece com frequência por aí.

O Desafio Intermodal também se difundiu bastante. Hoje segue sozinho, anualmente, em mais de 20 cidades brasileiras. Gera e apresenta resultados que os que pedalam já sabiam, mas surpreendem a todos os outros.

No Rio, o Dia mundial sem Carros também começou como uma inciativa da sociedade civil, cresceu, a Cidade aderiu como evento oficial, mas nos últimos anos vem acontecendo de forma bem tímida. O Dia Mundial sem Carro mais marcante em terras cariocas foi aquele de 2007, inesquecível para os que participaram.

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Nestes dez anos, muita coisa mudou, muito do que imaginávamos lá atrás já existe hoje, ou seja mudanças são possíveis! O caminho é longo, pois ainda há muito a ser feito, mas as forças se renovam, novos grupos e novas ideias surgem, como a que a Ameciclo realizou neste dia 22 de setembro, sinalizando resultados de contagens de ciclistas nas próprias ruas e avenidas onde foram realizadas.

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Que venham novos pioneirismos, novos desafios e novas conquistas, os ciclistas tem feito por onde, chegaremos lá!