Destaques
A evolução do mapeamento cicloviário
Posted onAuthorJoão Lacerda1 Comment

Representar a cidade para a bicicleta é sempre o desafio e os dados sobre infraestrutura cicloviária no Rio de Janeiro já estiveram perdidos em diversas fontes. Era difícil conhecer um pouco da história das ciclovias e seus trajetos.
Para suprir essa necessidade, criamos (em 2006) um banco de dados em nosso site com o mapa e um resumo sobre cada uma das ciclovias cariocas. A iniciativa cumpriu seu papel e ganhou algumas atualizações ao longo dos anos.
Até que veio o mapa cicloviário unificado do Rio de Janeiro e a partir dele um outro caminho se desenhou para mapear os espaços da bicicleta na cidade. Era preciso ir além da delimitação de uma cartografia, tornou-se necessário um diálogo entre os ciclistas e o espaço urbano para ir além da infraestrutura existente e influenciar na construção de uma cidade amiga da bicicleta.
Como mostra o vídeo acima, o Itinere é parte desse diálogo, uma iniciativa que visa ajudar “ciclistas urbanos a identificarem pontos seguros e problemas na sua cidade.”
Os idealizadores do aplicativo colaborativo estão com o projeto em crowdfunding para que os ciclistas do Brasil inteiro possam ajudar a viabilizar a iniciativa e seguir com o diálogo urbanístico que visa nada menos que modificar as nossas cidades de maneira afetiva e efetiva.
A receita está pronta e qualquer um pode criar o mapa cicloviário da sua cidade.
Mapas baseados no da Transporte Ativo:
Mapa cicloviário de São Francisco do Sul
Mapa Cicloviário de Belo Horizonte
Mapa Cicloviário do Rio de Janeiro
Niterói a caminho
Outros mapas cicloviários legais:
– Bikeit (avaliação dos lugares com bicicletário em São Paulo)
– Bikepoints Ciclomídia (estabelecimentos comerciais com bicicletários em São Paulo)
– Sistema Cicloviário do Recife
– Mapa Cicloviário de Sorocaba (em googleMaps)
– Conhece algum outro, mande nos comentários!
Apps:
Rio de Bicicleta, para dispositivos Android
Mapa Cicloviário do Rio de Janeiro para dispositivos iOS
Conheça a evolução do Mapa Cicloviário da Transporte Ativo:
– Fase 1
– Fase 2
– Fase 3
– Fase 4
– Fase 5
A mágica de um bicicletário móvel
Posted onAuthorJoão Lacerda3 Comments
Todo destino de interesse para ciclistas (e potenciais ciclistas) deveria ter um bicicletário. A realidade ainda não é assim e nem sempre quem pedala consegue estacionar a bicicleta em um lugar de fácil acesso ao seu destino.
Mas para resolver esse problema é que existe o bicicletário móvel. Uma solução simples e direta para garantir comodidade a quem pedala até um evento. Para os ciclistas é simplesmente conforto e gentileza, para as pessoas que estão ao redor é a visualização da demanda reprimida.
A velha máxima continua, se você construir, as bicicletas irão aparecer. Ou no caso do bicicletário móvel, com vagas na porta, a bicicleta aparece.
A última aparição do bicicletário móvel da Transporte Ativo foi durante o lançamento da exposição “Ciclo Rotas Centro – Uma malha cicloviária para o Centro do Rio de Janeiro“. Assim que foi instalado apareceram 4 bicicletas e logo não haviam mais vagas para estacionar. Exemplo claro do uso eficiente do espaço público que a bicicleta proporciona.
Pensar e fazer
Posted onAuthorEduLeave a comment

O estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte permeia muitas áreas e muitas técnicas diferentes. Felizmente quem labuta nessa área tem a seu favor o aspecto conciliador e amigável de uma agenda positiva. Ser a favor de algo tende a conquistar mais adeptos e simpatizantes para uma causa do que a abordagem da crítica e da reclamação, mas claro que esta não deve ser ignorada ou menosprezada.
No Rio de Janeiro, há muitos anos que o poder público, algumas empresas, coletivos e indivíduos já tomam iniciativas positivas para incentivar e respaldar aqueles que querem se locomover pedalando. Enquanto muitos discutem e reclamam sobre o que deve ser feito, alguns simplesmente fazem. E os resultados são irrefutáveis, embora ainda haja um caminho longo a percorrer.
Na semana passada, o Setor de Educação da CET-Rio começou a programar painéis de trânsito, móveis e fixos para exibirem a mensagem ‘Respeite o ciclista’, exclusivamente ou alternadamente com as informações de trânsito. Pode parecer pouco, mas uma mensagem direta funciona para muitas pessoas, e sem dúvida é mais uma prova de que o papel da bicicleta no trânsito não para de crescer, já está na pauta do dia de muitos formadores de opinião, gestores públicos e empresários.
Adote a bicicleta, compartilhe a via com os ciclistas e seja parte da transformação de nossas ruas em espaços realmente coletivos.
Ciclovias para o centro do Rio de Janeiro
Posted onAuthorJoão Lacerda2 Comments
A cidade do Rio de Janeiro está em transformação e grandes reformas urbanas são também momentos de oportunidades. Natural que busquemos promover o uso da bicicleta enquanto a cidade passa por uma de metamorfose.
Foi essa a visão central do projeto ciclorrotas do centro do Rio de Janeiro, reunir pessoas para propor, através da participação cidadã, uma cidade mais humana. Nada melhor portanto que pensar o futuro da paisagem central do Rio de maneira a incluir a bicicleta.
As pesquisas e os processos de construção do planejamento cicloviário para o centro do Rio vai estar no ar no Studio-X.
Confira:
Ciclo Rotas Centro
Uma malha cicloviária para o Centro do Rio de Janeiro
Venha participar do diálogo sobre a mobilidade que queremos para o Rio de Janeiro.
Abertura dia 23 de julho, terça-feira, às 18:30
Exposição de 24 de julho a 01 de novembro
Studio-X Rio – Praça Tiradentes, 48
A exposição tem o patrocínio do Banco Itaú.
Cidades precisam de escala humana
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
Cidades são organismos vivos e felizmente sempre em mutação. Quem vive a rede urbana através do transporte público, o de transporte ativos, descobre em suas caminhadas e pedaladas que muitas vezes o ser humano parece ser um convidado trapalhão em um ambiente de amplitude e linhas retas para a circulação viária de motorizados.
A engenharia de trânsito, aquela que planeja a cidade para fluxos motorizados, nos leva a crer que a fluidez é uma entidade a ser preservada acima de todas as outras necessidades urbanas.
Dentro dessa lógica pode parecer natural organizar fluxos, sinalizar prioridades e comunicar com placas e sinalizações horizontais os caminhos e descaminhos a serem tomados por pedestres e veículos. Mas essa forma de ação ainda é insuficiente para quebrar a percepção de que o mais importante no ambiente urbano é a escala humana.
Talvez a foto acima explique de maneira precisa o significado de escala humana, ou da sua inadequação nas ruas do Rio de Janeiro a necessidade de locomoção das pessoas. Ir e vir é necessidade para todos e as cidades quanto mais orientadas para o fluxo motorizado, mais inviáveis tornam-se para o próprio fluxo em si. Com isso geram conflitos e desconfortos a todos.
Placas e sinalizações irão ajudar no longo caminho de reverter a noção cultural de que a prioridade urbana é fazer fluir entes motorizados. A prioridade precisa voltar a ser os deslocamentos de pessoas e com essa lógica em mente, todo o resto se reorganiza.
A escala humana nas cidade joga luz sobre a necessidade de mais densidade de espaços de moradia, lazer e trabalho. Traz consigo a necessidade de deslocamentos mais curtos para facilitar caminhadas e pedaladas e tirar a pressão sobre o deslocamento de pessoas através de grandes distâncias. O que pressiona com lotação dos transportes públicos e congestionamentos dos motorizados na infraestrutura viária.
Há um longo caminho para chegarmos à cidades em escala humana. Mas esse caminho já foi iniciado e as cidades que pretendem sobreviver as pressões de um futuro cada vez mais urbanizado precisam trabalhar para garantir que haja variedade de opções e repertório de uso das ruas. O que só é possível quando as necessidades humanas são colocadas acima das fluidez motorizada, tornando os veículos automotores convidados trapalhões dentro da cidade.







