Destaques
Código de Trânsito no Bolso
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A versão adaptada do Código de Trânsito Brasileiro, carinhosamente chamada de “CTB de Bolso” é o arquivo campeão de downloads do site TA. Foram mais de 11 mil em 2011 e em 2012 já estamos perto dos 10 mil downloads. Inicialmente uma apresentação feita pela Claudiléa Pinto, o documento atende com perfeição à demanda dos ciclistas por terem à mão seus direitos e deveres.
Para facilitar a consulta ao documento, lançamos a versão do CTB de Bolso para Android. Basta instalar e levar ele com você pra todos os lugares.

Esse é o segundo aplicativo para android da TA, o outro é o mapa cicloviário do Rio de Janeiro – Rio de Bicicleta. Ambos feitos de forma colaborativa com o Marcos Serrão.
Em breve teremos a versão pra iOS. Usuários de iPhones, iPods e iPads podem baixar o CTB de Bolso em PDF em e usá-lo com qualquer app leitor de PDFs.
Mais sobre o CTB de Bolso no blog.
Uma confusão elétrica
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Bicicleta é bicicleta, outra coisa é outra coisa. Pode parecer óbvio, mas por conta da apreensão de um ciclomotor elétrico em uma ciclovia no Rio de Janeiro criou-se uma disputa federal em torna da definição e regulamentação do que é afinal uma “bicicleta elétrica”.
O Denatran, órgão federal encarregado de organizar o trânsito brasileiro na esfera federal, define muito bem que ciclomotores elétricos se equiparam em direitos e deveres a todos os outros ciclomotores. Ou seja, tem motor e acelerador, é ciclomotor, não importa a energia que move o motor. Já um decreto municipal da prefeitura do Rio de Janeiro definiu que ciclomotor elétrico é bicicleta. Ambos no entanto pecaram em um ponto fundamental, excluíram as bicicletas eletroassistidas. Aquelas que tem um motor, mas que apenas servem para dar um impulso extra ao condutor, que deve pedalar o tempo todo. Além disso, costumam também ter uma limitação de velocidade para a assistência, normalmente acima dos 25 km/h a assistência motorizada cessa.
As distinções são importantes e foram ignoradas tanto na esfera federal, pelo Denatran, quanto na esfera municipal. É uma pena que para manter um ambiente favorável a circulação de ciclomotores elétricos, a prefeitura do Rio tenha legislado em favor de uma minoria de condutores, em detrimento da segurança da maioria dos ciclistas que circulam pelas ciclovias cariocas.
O principal motivo para distinguir bicicleta de ciclomotor é o peso da máquina. Ciclomotores elétricos pesam em torno de 50kg, com um ciclista de 70kg, o conjunto pesa 120kg e é capaz de trafegar a velocidades de mais de 30 km/h sem qualquer esforço pro conta do condutor. Já uma bicicleta costuma pesar em torno de 12kg, dando ao conjunto um peso total de 82kg. A partir daí as diferenças aumentam. Um ciclista para trafegar acima dos 20km/h precisa gerar uma quantidade considerável de energia e mais do que isso, precisa ter familiaridade com o veículo e forma física, e, a não ser que seja um atleta profissional, não mantém um ritmo constante. As freiadas e retomadas de velocidade, tão comuns nas ciclovias, drenam energia que seria usada para manter o ritmo.
A distinção entre motor e propulsão humana, portanto, é fundamental para garantir a segurança dos ciclistas e pedestres. Afinal, a malha cicloviária do Rio de Janeiro está estruturada em torno de ciclovias segregadas, ciclofaixas e também faixas compartilhadas entre pedestres e ciclistas.
Para além do direito de trânsito dos ciclomotores, o erro está em colocar todos os ciclomotores elétricas no mesmo pacote. Na cidade de Nova Iorque, por exemplo, esse tipo de veículo é ilegal, em Hong Kong e no Havaí podem circular mas devem ser emplacadas como ciclomotores. Em Sevilha, na Espanha, nenhum tipo de ciclomotor elétrico pode circular em ciclovias.
Em geral, na maioria dos lugares com maior densidade populacional as “bicicletas elétricas” são consideradas ciclomotores. Ou seja a resolução do Contran é muito boa e o decreto carioca foi feito sem o devido critério técnico, previlegiou 5 mil condutores de bicicletas elétricas em detrimento de 500 mil ciclistas que com certeza estarão em ambiente mais inseguro com a presença dos velozes e silenciosos ciclomotores elétricos.
Feitos para o movimento
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Seu corpo, máquina de movimento – Clique na imagem para vê-la em versão ampliada
A mobilidade urbana reflete e é reflexo dos tempos. O automóvel, veículo símbolo do século XX, criou o “seres de exceção”, uma casta de cidadãos que se distinguia dos demais pela força e velocidade de seus veículos. O passar das décadas transformou esse sonho mecânico de distinção em realidade e era utopia tornou-se um pesadelo urbano.
Felizmente o ser humano é sempre capaz de reiventar utopias e perseguir novos sonhos, o século XXI trouxe a reivenção de estruturas, a distopia do fim do mundo pela destruição do meio ambiente e também a utopia de um mundo mais igualitário, onde todos possam ter voz e acesso a vida com dignidade. Essa mudança de visão de mundo traduziu-se em pequenas revoluções, uma delas notável é a revolução das pedaladas que ciclistas ao redor do mundo fazem diariamente. Do girar constante dos pedais, renasce a necessidade de resgatar processos e dar valor a meios de vida que possam ter ficado esquecidos.

Um dos pontos que o ciclista resgata é a necessidade humana de atividade física para a manutenção da saúde do corpo e da mente, para além disso, o ciclista também subverte o que é máquina e sua função. Enquanto os veículos motorizados são símbolo de distinção social, a bicicleta é símbolo de igualdade.
Os dois panfletos que ilustram esse post são reflexo dessa mudança de rumo que vivemos. Feitos pelos estudantes publicitários Issacar de Jesus e Igor Guerreiro da TECPUCPR. Como parte de um projeto interdisciplinar sobre “mobilidade urbana”, eles escolheram a Transporte Ativo como tema do trabalho. Uma homenagem à instituição que, claro, nos deixa felizes, mas também um indicador claro que a bicicleta e o repensar da mobilidade urbana é pauta corrente.
Já recebemos homenagem semelhante (A Diferença), também de estudantes de publicidade. Que venham outras, para que mais pessoas, pedalem mais bicicletas, mais vezes.
Para quem quiser ler uma outra reflexão sobre mobilidade urbana que abordar Peter Gay, “seres de exceção” e desafios da mobilidade urbana, leia o texto “Mobilidade Urbana: desafios da cidade contemporânea” de Ricardo Machado.
Transporte de Carga e Passageiros
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O Rio de Janeiro está cada dia mais pedalado, nos flagrantes pelas ciclovias e ruas os mais diversos usos da bicicleta e triciclo para transportar todo tipo de carga e também passageiros.

Siga o perfil da transporte ativo no instagram e no tuiter e veja os flagrantes.
Mais uma campanha Rio Capital da Bicicleta
Posted onAuthorJoão Lacerda1 Comment
Nos domingos de abril, mas uma pedalada pela valorização da Bicicleta no Rio de Janeiro.
Em breve irá ser inaugurada mais uma ciclovia que ligará a orla de Copacabana ao bairro de Botafogo pelo Túnel Velho. Como é de praxe, a Prefeitura ao mesmo tempo faz um trabalho de divulgação e promoção a essa infraestrutura, convidando o carioca a pedalar mais e principalmente a conhecer o que tem sido feito em prol da bicicleta.
Claro que a Transporte Ativo estava presente. Com muito bate papo sobre bicicleta.

Nos dias de semana haverá ainda uma equipe de educadores que percorrerá a ciclovia com bicicletas, abordando comerciantes, moradores e ciclistas com informação e orientação sobre o uso e funcionamento da via.
As atividades vão até o dia 11 de maio, para que a cada vez mais cariocas, andem de bicicleta mais vezes.

