Asfalto para a vida

Quando vagas vivas tornam-se política pública, o resultado é impressionante. O espaço coberto de asfalto, de uso exclusivo para circulação e estacionamento de veículos motorizados, ganha uma enorme variedade de usos. Gera-se um círculo virtuoso em que o comércio local tem benefícios imediatos e também a longo prazo.

Nossas cidades devem comportar a maior diversidade de usos possível e incentivar que o asfalto vire praça e estacionamento mesa de bar é estimular cidades melhores. Para as pessoas e para os comerciantes.

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Fundamentos do equilíbrio

Mover-se em uma bicicleta costuma estar associado ao ato de pedalar, mas o princípio fundamental que possibilita ao ciclista manter-se em movimento é o equilíbrio. E esse se conquista até mesmo antes de se aprender a pedalar.

Para crianças, o desenvolvimento motor pode vir acompanhado de diversão, como no vídeo das bicicletas de madeira abaixo:

A criança começa caminhando com os pés no chão e conforme vai desenvolvendo o equilíbrio ela pega impulso e tira os pés do chão. Caso ela perca o equilíbrio basta colocar os pés novamente no chão e ela vai sentir segura.

Para mais informações sobre a bicicleta infantil de madeira, visite o site de venda.

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Bicicletas na tela

Gostamos tanto de pedalar, que mesmo agora, na frente do computador, estamos pensando em bicicletas.
Por isto, fizemos papéis de parede exclusivos para personalizar nossos computadores. O tema é… bicicleta!, com as ilustrações incríveis que o Lelis fez para a TA.

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Sabemos que você também gosta de bicicletas, por isto os papéis podem ser baixados no saite da TA ou diretamente aqui. Os wallpapers são gratuitos, para monitores normais ou widescreen.

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Para repensar a hora do rush

Utrecht, capital da província holandesa homônima é assim durante a hora do rush. Um mar de bicicletas e muito transporte público. Vale a pena ouvir o silêncio e ver a harmonia do trânsito. Vale a pena pensar os caminhos que levaram a cidade a ser o que é hoje.

A Holanda do século XXI é um modelo mundial de mobilidade urbana. A participação das bicicletas é de aproximandamente 30% das viagens em todas as cidades do país. Ser um país pequeno com cidades médias certamente facilitou a implementação de uma política cicloviária que rendeu frutos e tornou-se exemplo mundo afora.

No entanto, a realidade de hoje não é fruto do acaso ou de intervenção divina, foram uma opção política construída desde os anos 1970, depois da crise do petróleo. Os reflexos macroeconomicos são claros, uma menor dependência energética holandesa possibilitou ao país construir um horizonte melhor para os seus habitantes, sem ter de mobilizar tantos recursos financeiros para queimar combustíveis fósseis.

Por conta do círculo virtuoso que a bicicleta é capaz de colocar em movimento, os holandeses não sofrem com epidemia mundial de obesidade e puderam manter suas cidades dentro da escala humana.

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Bicicletas e a natureza das cidades

Cidade e Bicicleta

Ciclistas apocalípticos certamente são desbravadores do espaço urbano que descobriram, pelas bordas, como transitar pelas ruas e avenidas de qualquer cidade e esse é um ponto de inflexão fundamental. A bicicleta não é ato heróico de um pequeno grupo, mas uma demanda reprimida por uma parte considerável da sociedade.

A consciência ambiental e a necessidade de diminuir, individualmente, os impactos negativos sobre o meio ambiente pode ser um bom motivador para que mais pessoas pedalem, mas não é suficiente. Quem incorpora a bicicleta ao seu dia-a-dia pratica um desafio intermodal diário e comprova sempre que a bicicleta é um meio rápido e eficiente de ir de um lugar a outro.

Mesmo apesar do ditado, contra fatos, podem sempre surgir novos argumentos. Mas nada é capaz de atacar a maior vantagem da bicicleta, sua unicidade com o conceito milenar do que é uma cidade.

Desde antes de Roma, capital do Império, seres humanos se concentraram em um raio de 30 minutos de tudo o que precisavam. Ao longo do tempo os meios técnicos possibilitaram que a mesma meia hora de sempre se torna-se maior no espaço. As cidades se expandiram no ritmo dos motores que convertiam energia em movimento.

Foi essa capacidade técnica no entanto que nos trouxe até o colapso do modelo de cidade baseado na transformação de energia em movimento por meio de máquinas. A bicicleta é meio ideal, novamente pelas bordas, de reinventar as cidades com a atual estrutura que temos.

A velocidade média do trânsito motorizado chega a ficar abaixo dos 14km/h que um ciclista, qualquer ciclista, é perfeitamente capaz de desenvolver. Exatamente por isso a média de tempo gasto em deslocamento pelos paulistanos beira as 3 horas diárias. Tempo suficiente para que um ciclista percorra aproximadamente 42 quilômetros, um raio de ação considerável, mas que na verdade traduz quão demasiadamente espalhada está a população na região Metropolitana de São Paulo.

A bicicleta deve portanto ser ao mesmo tempo bússola para indicar para onde devem ir nossas cidades e um compasso, para traçar no mapa os círculos naturais que definam o tamanho dos pólos urbanos. Sejam eles bairros ou cidades em uma região metropolitana. Dentro desses círculos precisam estar as mesmas três milenares necessidades humanas de sempre: habitação, sustento e lazer.

Planejar cidades atualmente é apenas uma maneira mais complexa de fazermos o mesmo que sempre fizemos, desde o tempo das cavernas. A diferença é que pela densidade e diversidade, precisamos de mais ferramentas e mais inteligência para empregá-las corretamente.

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