Destaques
Restrições aos automóveis
Vários fatores fazem do trânsito nas cidades um problema sério, quase insolúvel. Por isto, ciclovias, bicicletas públicas, não podem ser vistas como solução única. É preciso haver um conjunto de medidas integradas de forma a atacar com eficácia as raízes do problema, que são longas e profundas.
Medidas que incentivam e valorizam o uso de bicicletas, da caminhada, de patins e skates, precisam vir acompanhadas de ações de restrição ao uso de automóveis. Quais são estas ações? O que pode ser feito? Que conseqüência trará para o trânsito da cidade?
Estas perguntas estão respondidas na tese de mestrado Avaliação dos impactos de restrições ao trânsito de veículos, defendida na Unicamp em 2006, por Margarida Maria Lourenço Cruz, orientadora Profa. Maria Lucia Galvez.
O texto integral da tese, um dos poucos e bons estudos teóricos disponíveis em português sobre este tema, está agora disponível na biblioteca virtual da TA.
Embora seja um texto acadêmico, a tese é de leitura fácil e ajuda a derrubar alguns mitos e tabus que sempre são postos como argumentos quando se fala em restrição de circulação e estacionamento de automóveis. Boa leitura!
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Sobre Bicicletas Públicas Cariocas
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
Em recente entrevista sobre as bicicletas públicas no Rio de Janeiro, Zé Lobo, presidente da Transporte Ativo, teve uma de suas falas resumidas ao ponto da distorção. Segue a íntegra da entrevista ao jornal carioca “O Dia”.
O Dia: O que você acha da iniciativa?
Zé Lobo: Acho a iniciativa muito boa, quanto mais se promover o uso das bicicletas mais a cidade ganha em qualidade de vida.
Porém esta é uma iniciativa que deve vir acompanhada de varias outras que promovam a segurança do usuário.
O sucesso do sistema em Paris e Barcelona se deve a um planejamento amplo e não apenas a implantação do sistema.
Este planejamento incluiu desde campanhas promocionais e de esclarecimento maciças como soluções viárias para circulação segura deste usuário.
O Dia: Espera que os cariocas adotem esse hábito?
ZL: Os cariocas tem tudo para que cada um seja um ciclista, o potencial que a cidade oferece é enorme e a cada dia o número de ciclistas circulando pela cidade aumenta. De 94 a 2004 o aumento foi de 300% segundo o PDTU RJ e continua crescendo.
O Dia: Que tipo de pessoa você acredita que usará o serviço?
ZL: Teoricamente o usuário deste serviço será qualquer cidadão que queira se deslocar com velocidade e praticidade por pequenos percursos na cidade. Na pratica só com o tempo saberemos. Se as medidas que citei na resposta acima não forem tomadas será difícil que parte da população use o serviço de uma hora para outra. Eu com certeza usarei, se as bicicletas tiverem um mínimo de qualidade, outro fator primordial para o sucesso. É bom lembrar que existem cidades onde o sistema fracassou por falta de planejamento.
O Dia: Acredita que as pessoas possam alugar as bicicletas para ir ao trabalho por exemplo?
ZL: Depende. Estas bicicletas são para pequenos percursos se a pessoa mora perto do trabalho sim, se mora longe poderá usá-la para complementar uma viagem de metrô ou de ônibus ou usará para se deslocar dentro do bairro para ir ao banco, dentista, etc.
O Dia: Quanto você acha que deve custar o aluguel das bicicletas?
ZL: Normalmente nestes sistema de aluguel a viagem rápida (até 30 min) é gratuita pois o concessionário deve ter sua principal fonte de renda na publicidade e não na locação das bicicletas. A tarifa após os primeiros 30 minutos tende a subir progressivamente inibindo o uso por longos períodos.
Mais:
– Bicicletas para alugar: primeiros 30 minutos serão gratuitos – O Dia.
– Leia sobre Bicicletas Públicas ao redor do mundo na Biblioteca Transporte Ativo.
Pelados na Paulista
Posted onAuthorJoão Lacerda3 Comments
A primeira edição da World Naked Bike Ride em São Paulo foi o que poderia se esperar, uma celebração controversa da bicicleta e da mobilidade sustentável. Durante a concentração, mais curiosos do que ciclistas, presença massiva da mídia e policiais a pé, de moto e felizmente muitos homens fardados em bicicletas também.
O passeio nem mesmo começou e já estava claro que o objetivo de chamar a atenção tinha sido alcançado com louvor. Mas somente quando os ciclistas se descolaram dos fotógrafos e curiosos foi possível constatar que as bicicletas estavam lá para ganhar as ruas em massa.
Aos poucos, pedalando com pouca roupa alguns foram tomando coragem de seguir o exemplo de Renata Falzoni e tirar todas as vestimentas. Durante a festa, um dos ciclistas foi preso pela Polícia Militar e acabou sendo o “mártir nu” da pedalada, já que todos os outros sem roupa não chegaram a ser perturbados. Os ciclistas seguiram para a Delegacia para “defender uns dos seus”. Os gritos de “Ô Delegado, libera o Pelado” ecoaram pela Rua Estados Unidos, no chique bairro dos Jardins. Confirmado que André Pasqualini seria liberado após os devidos procedimentos, a pedalada (já vestida) seguiu de volta para a Praça do Ciclista, onde tudo sempre acaba em festa e confraternização.
Como todo evento com grande cobertura da mídia e que envolva prisão uma enorme disparidade de versões foi lançada. Mas certamente só quem estava lá, vivenciando a avenida Paulista tomada de bicicletas pôde ter uma impressão verdadeira do que aconteceu: uma festa humanizadora na mais famosa artéria motorizada de São Paulo.
O saldo final é que o movimento sem líderes da Bicicletada segue sendo um mistério a ser decifrado pela sociedade paulistana. Mas tem tido enorme sucesso em chamar a atenção para a importância de se olhar para a bicicleta em São Paulo.
Mais:
Tudo sobre a World Naked Bike Ride São Paulo no nakedwiki.org
Roupas são Opcionais
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
Nessa sábado dia 14 de junho uma massa de ciclistas diferente irá tomar as ruas. Será a edição paulistana da “Pedalada Nua Mundial” (World Naked Bike Ride 2008).
O lema da pedalada é simples, as vestimentas são opcionais. Cada um pode ir tão pelado quanto se sentir confortável.
Quem pedala sabe que liberdade é ter consigo apenas o que se pode carregar. Some-se a isso o ideal do naturismo de ter a liberdade de andar sem roupas de maneira mais harmoniosa com a natureza e temos uma massa crítica de ciclistas em harmonia com a cidade.
A “Bicicletada Pelada”, como toda a Bicicletada não tem líderes nem seguidores, é apenas uma coincidência organizada. Sendo ao sábado e com um tema festivo, é uma excelente oportunidade para quem não pode ir a bicicletada “tradicional”. Que sai toda última sexta-feira do mês em diversas cidades ao redor do mundo.
Detalhes:
:. sábado (14/06)
:. Praça do Ciclista: av. Paulista, alt. do 2440 (mapa)
Outras informações sobre a Bicicletada Pelada no ciclobr.
Mais:
– Nakewiki.org
– World Naked Bike Ride.org
– World Naked Bike Ride – wikipedia
Viva Verde de Bicicleta
Posted onAuthorEduLeave a comment
Na semana do meio ambiente o transporte e a mobilidade por bicicleta foram falados, discutidos e praticados em muitos lugares. Um desses lugares foi a Fundição Progresso no Rio de Janeiro. CAEMA e ICVoluntários organizaram pelo segundo ano consecutivo o Viva Verde evento cujo lema é fazer um dia de ação e festa do ambiente e cultura.
A tarde de sábado 7 de junho, foi recheada de palestras e atrações culturais. A Transporte Ativo estava lá, como no ano anterior, em que o evento foi ao ar livre na Praia do Arpoador. Desta vez, com o apoio da Fundição Progresso apresentamos a Ciclo Cultura numa oficina de mobilidade e meio ambiente. Novamente as bicicletas foram para a sala. O Ambiente Atmosfera, nome super adequado para o tema da oficina, foi preenchido com cerca de 25 pessoas que acompanharam uma rápida apresentação sobre as bicicletas na cidade e dicas úteis para transitar com segurança pelas ruas.
A organização do evento providenciou um bicicletário gratuito dentro da Fundição para os ciclistas e ele foi muito usado. Antigos e novos amigos prestigiaram a oficina da Transporte Ativo. Já existe uma expectativa para novos participantes na próxima bicicletada.
Mais fotos aqui.
Saiba mais sobre o evento.
