Daqui para Frente

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O Dia Mundial sem Carro (DMSC) começou na Europa e se espalho. Hoje é uma iniciativa de âmbito mundial que acontece em milhares de cidades. Para os europeus o 22 de setembro deixou de ser um dia e tornou-se a Semana da Mobilidade. Mas a idéia central permanece, um período delimitado do ano em que possam ser feitos ensaios e divulgados conceitos aplicáveis diariamente.

No Rio de Janeiro o 22 de setembro tem ganho notoriedade ao longo dos anos e esse ano sociedade civil e prefeitura se uniram para chamar a atenção para um conceito fundamental para o futuro das cidades, o uso racional do espaço urbano para a circulação. O melhor da iniciativa no entanto é que os efeitos irão perdurar para além do dia 22. As ruas internas de Copacabana irão ter o limite de velocidade reduzido para 30 km/h uma proposta feita pela Transporte Ativo e encampada pelo poder público municipal. Medida que beneficiará imensamente a compatibilização de fluxos em um bairro que não comporta mais automóveis dada a sua enorme densidade.

Um importante exemplo no entanto foi dado pela prefeitura para que o carioca abrace a idéia do Dia Mundial sem carro. Nos prédios do município só poderão estacionar os veículos operacionais. O exemplo dos servidores municipais (incluindo o prefeito) tem certamente grande potencial de influenciar a população a deixar o carro na garagem em um dia simbólico.

Haverá também restrições ao estacionamento de automóveis no centro da cidade, aumento da frota de ônibus circulando e diminuição nos intervalos do metrô, trens e barcas.

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Saiba Mais:
As Zona 30 de Copacabana
Um Histórico do DMSC por Willian Cruz.

Notícias na Mídia:
Rio de Janeiro sem Carro – O Eco
Rio terá Dia Mundial sem Carro com estacionamento proibido no Centro – g1.com.br

O Tempo no Intermodal

Largada

Largada do Desafio Intermodal 2009.

O primeiro resultado disponível nos desafios intermodais é o tempo. Ao mesmo tempo o mais fácil de ser obtido e o menos importante. São números frios que não refletem os pequenos prazeres ou desconfortos de ir e vir na cidade. No IV Desafio Intermodal Carioca, alguns números no entanto saltaram aos olhos. A eficiência de integrar a bicicleta com o metrô (49 min de Samba, 50 min Dobrável) e a diferença quase nula de tempo entre ser pedestre (127 min) ou passageiro do ônibus (124 min). Cabe ressaltar no entanto que a distância total percorrida pelo pedestre foi inferior a percorrida pelo ônibus, mas a ineficiência do modal é inconstestável.

Certamente o grande vencendor dessa edição do Intermodal foi a integração. Ir de metrô e depois skate foi 5 minutos mais rápido do que percorrer todo o trajeto em um automóvel. Considerando as descargas de endorfina do skatista, dos ciclistas ou do pedestre fica incontestável a liderança dos transportes ativos na promoção da qualidade de vida das pessoas.

Abaixo os tempos totais:

Integração Metrô Bicicleta Pública SAMBA: 49 minutos
Integração Metrô bicicleta dobrável: 50 minutos
Moto; 55 minutos
Bicicleta pela rua , homem pedalando: 58 minutos
Integração Metrô Skate: 59 minutos
Carro: 64 minutos
Integração Metrô ônibus 69 minutos
Bicicleta pela Ciclovia 70 minutos
Metrô + ônibus Comum 75 minutos
Bicicleta pela rua, mulher pedalando 76 minutos
Taxi 79 minutos
Ônibus 124 minutos
Pedestre 127 minutos

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O Desafio Intermodal 2009 contou com apoio do ITDP e I-CE.

Lazer por uma Cidade mais Humana

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O clima estava perfeito e numa manhã de sol quente de fim de inverno aproximadamente 10 mil paulistanos pedalaram em um circuito de grandes avenidas.

Para os que já fazem dos bordos de todas as vias da cidade suas ciclofaixas não havia mistério, mas ao mesmo tempo tudo era um pouco novidade. Fiscais da CET pedalando, agentes treinados para orientar o fluxo de bicicletas nos semáforos. Durante uma manhã São Paulo foi um pouco Copenhague e a cidade passou a enxergar um caminho para o futuro, onde fluidez, saúde, prazer e alegria compartilham o mesmo asfalto.

Dentro do ambiente controlado da ciclofaixa, paulistanos de todas as idades puderam descobrir como é a cidade sob o olhar ciclista. A experiência de construir uma São Paulo para as bicicletas foi posta em um tubo de ensaio e da experiência piloto já surgiram lições e a prova de que estão certos os que sonham e trabalham para a cidade se tornar mais amigas das bicicletas.

– Foto Willian Cruz.

Convite para a Ciclofaixa de Lazer

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A Ciclofaixa de Lazer é uma forma de trazer vida as ruas de grandes avenidas, com a segregação espacial de pistas para o fluxo de pedestres, ciclistas, patinadores e skatistas. O percurso inicial irá ligar o Parque das Bicicletas ao Parque do Ibirapuera e ao Parque do Povo. Todo domingo, das 7h às 12h. Será possível ir com total tranquilidade de um parque a outro, sempre de bicicleta num circuito de 10 km.

O projeto por hora não irá beneficiar diretamente quem já pedala em São Paulo, mas irá certamente deixar um gostinho de “quero mais” nos milhares de neo-ciclistas que irão tomar as ruas nas manhãs de domingo.

O Informe oficial divulgado pela Secretaria de Esportes informa:

Objetivos da Ciclofaixa de Lazer:

– Promover o bem-estar, a convivência e a conscientização ambiental com o uso dos espaços públicos por pedestres e ciclistas.
– Possibilitar um olhar diferente sobre a metrópole, em que os paulistanos conheçam a cidade pedalando.
– Oferecer às famílias lazer seguro e saudável nos finais de semana.
– Fazer com que o paulistano conheça os equipamentos públicos de lazer, recreação e meio ambiente.
– Fomentar o uso da bicicleta como lazer e, consequentemente, como meio de transporte.
– Congregar ciclistas, corredores, caminhantes, famílias, crianças

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Pedalada Inaugural – Cerimônia Oficial de Inauguração

Dia: 30 de Agosto, Domingo.
Horário: 10h30

Local: Parque das Bicicletas

Destino: Parque do Povo (5 km de percurso), com chegada prevista para 11h30.

Para Ganhar as Ruas

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São Paulo tem nas garagens uma frota de milhões de bicicletas cobertas de poeira e que anseiam por ganhar as ruas. Os motivos para o abandono de bicicletas perfeitas para a circulação são inúmeros e as maneiras de traze-las de volta a vida também.

A melhor forma de levar mais paulistanos em suas bicicletas para as ruas é tornar as pedaladas momentos agradáveis, algo que pode parecer simples para quem já se acostumou a pedalar na capital dos engarrafamentos motorizados no Brasil.

Os milhares de ciclistas apocalípticos paulistanos já fazem dos 17 mil quilômetros de ruas e avenidas de São Paulo suas “ciclofaixas”. Mas os deslocamentos em bicicleta na cidade precisam aumentar e o primeiro passo é aumentar o desejo pelas pedaladas. Aumentar o prazer quase indescritível de percorrer distâncias como se estivesse voando, ter o poder de ir e vir em silêncio e movido pelas próprias forças.

Um projeto piloto capitaneado pela Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo irá a partir do próximo domingo 30 de agosto aumentar imensamente o poder de atração de algumas grandes avenidas paulistanas. Um circuito de 10 km de pistas segregadas para a circulação exclusiva de transportes ativos.

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Mais detalhes no blog “Vá de Bike” e no blog do secretário Walter Feldman.