A Revolução Será Pedalada

Uma revolução está a caminho. Cada bicicleta que ganha as ruas, deixa para trás a poeira, a escuridão das garagens. Toda bicicleta que gira e faz do ar estático vento no rosto de quem pedala é o sinal da mudança em curso. Cada caixa de papelão deixada para trás faz eco a liberdade do novo ciclista.

O elo da corrente que puxa a catraca por mais um dente faz o som do mundo que muda. A sineta tocada traz consigo as boas novas em movimento. O pedal empurrado levanta seu oposto e gera o círculo virtuoso da mudança. As rodas que giram levam em cada selim as mulheres e os homens do futuro. A revolução acontece a cada pedalada.

“Seja pela tendência estética ou pela mensagem ambientalista, as bicicletas como meio de transporte trazem consigo um estilo de vida e um discurso que irá mudar a cara da indústria (de bicicleta).”

A constatação acima foi publicada na revista Bicycle Retailer – Transportation Bikes Take Flight at Retail. A matéria mostra que a aceitação das bicicletas para transporte no mercado tem sido cada vez maior. E o aumento de vendas se traduz na criação de uma nova marca pela Specialized, na aquisição da pequena Breezer pela tradicional Fuji ou na Raleigh que deixou de lado as MTB e Speeds e se concentrou nas bicicletas urbanas em 2009.

Mudanças de paradigma demoram para acontecer e são fabricadas aos poucos. Momentos de crise costumam ser também janelas de oportunidade para os que tem mais visão comercial e sabem explorar as possibilidades de um futuro sempre incerto. A indústria mundial de bicicletas cada dia mais tem buscado se antecipar as tendências e jogar de acordo com as novas regras econômicas que estão sendo postas pelas mudanças comportamentais em curso.

Da mesma maneira que durante os anos 1990 as bicicletas todo o terreno revolucionaram o mercado. As bicicletas para transporte representam uma nova tendência comercial e uma revolução comportamental muito maior do que foi o nascimento do esporte Mountain Bike.

– via bikeportland.org

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3 thoughts on “A Revolução Será Pedalada

  1. Enquanto isto continuamos com os nossos pesadíssimos ícones ciclisticos para transporte nacionais, a Barra Forte da Caloi ou Monark Circular! Ou um de seus clones! Comparada com as européias, dinossauros! Pena que nossos fabricantes não enxergaram este potencial ainda. Quem sabe um dia acordam – quando um chinês ou indiano roubarem o mercado deles com produtos mais leves e melhor orientados. MAIS UM caso típico de botar cadeado novo na casa roubada!

  2. Rogério, acho que preciso te corrigir numa questão. A Barra Forte e a Circular representa exatamente o que se tem de mais comum na Europa. Ou você acha que em Amsterdam ou Copenhagen as pessoas ligam para peso, marcha ou velocidade? Que nada! Lá, o que vale é a velha e confiável omafit (bicicleta da mamãe), sempre com cesta, protetor de corrente e guarda-saias.

    E agora é cool nas metrópoles americanas pedalar com bicicletas como a chinesa Flying Pigeon, ou a holadensas Gazelle. Pesadas bicicletas de aço, com cerca de 20 kg. No outro extremo, cada vez mais pessoas pedalam com fixas. Ou seja, está na moda pedalar de forma simples. Sem os exageros que temos aqui.

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