Compatibilização de Fluxos

Uma estação de trem é um nó de uma rede, um ponto de conversão de fluxos. Assim é na ponte Cidade Universitária com conexão direta para a estação da CPTM com o mesmo nome. Um enorme fluxo de pedestres vindo de ambos os lados do rio Pinheiros converge para a ponte. Pelos trilhos, o fluxo segue no ritmo constante e incessante enquanto o sol se põe.

Apesar do grande número de pedestres na ligação entre a praça Panamericana e a Cidade Universitária não há garantias para a fluidez e segurança do pedestre. As alças de acesso de onde vem e para onde vai o trânsito motorizado da marginal Pinheiros tornam-se barreiras difíceis de serem contornadas.

Mesmo em condições longe das ideais, milhares de pessoas cruzam a Ponte Cidade Universitária todos os dias. Nem mesmo as interrupções nos acessos impossibilita a circulação dos pedestres. Mas a premissa de deixar que o fluxo de pedestres se resolva sozinho é capaz de lentamente inviabilizar espaços urbanos.

A disputa de interesses por áreas de circulação é inerente as cidades e os rios são barreiras geográficas a serem transpostas, independente da forma de deslocamento usada. Dentro dessa lógica, o planejamento urbano da cidade de São Paulo precisa cada vez mais levar em consideração a importância da fluidez dos pedestres. E as pontes são um bom lugar para promover a compatibilização do fluxo motorizado e do que se move pelas próprias forças.

Mais:
Pontes Paulistanas
Álbum de fotos na Ponte Cidade Universitária

One thought on “Compatibilização de Fluxos

  1. Quero adotar a bike como meio de transporte, mas se ciclofaixas são aquelas feitas nos lagos sul e norte, sou completamente contra. A princípio, para preservar a vida do ciclista não se pode colocar bicicletas e carros juntos. Mesmo que estrategicamente, do ponto de engenharia de trânsito, seja o mais lógico, não se deve fazê-lo. Ciclovias são a forma mais segura, e segurança é o mais importante nisso.

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