Trilhas e infraestrutura cicloviária

Queenstown na Nova Zelândia é a cidade dos esportes de aventura, berço do Bungee Jumping e repleta de trilhas para Mountain Bike e downhill.

Pequena, com cerca de 20 habitantes, a cidade vive em torno do turismo. No verão a população chega a cerca de 90 mil pessoas. O dia a dia em geral é pacato e a cidade bastante espalhada no território, os poucos prédios são baixos, em sua maioria com não mais do que 3 andares, e moradores e turistas percorrem o centro da cidade a pé em minutos, mas ficam espalhados em um vasto território ao redor da cidade.

Com estradas tranquilas e distâncias pequenas, as áreas de subúrbio concentram a maior parte da população local, que vive ao redor do lago ou acima dele nas montanhas. Seria uma cidade como tantas outras, não fosse o detalhe mencionado no começo do texto, ser a Meca da aventura e do Mountain Bike.

Esse detalhe fica claro logo na chegada do pequeno aeroporto, existe uma área exclusiva para montagem de bicicletas, com estande especifico, recepção excelente. As distâncias curtas, cerca de 10km até o centro da cidade, são incentivo para cicloturistas.

A decepção no entanto fica com a falta de receptividade das bicicletas nos ônibus e no fato de que esporte e transporte não estão perfeitamente integrados. Ao mesmo tempo em que é possível montar sua bicicleta no aeroporto e subir pelo teleférico com as downhill penduradas do lado de fora, um adesivo antipático pode ser visto em diversos ônibus. Nada de comida, bebida ou bicicletas, ainda que haja espaço especial para o transporte de malas.

Cada cidade tem suas vocações e potenciais para a integração da bicicleta. As trilhas em meio a natureza em Queenstown são a exemplificação de como é possível unir beleza e deslocamentos cicloviários. Ao mesmo tempo também se manifesta com clareza a visão dos administradores da cidade em relação ao papel da bicicleta para seus cidadãos, sejam moradores ou turistas.

Banco, mobiliário urbano

 

Entre postes, pontos de ônibus, árvores e lixeiras, existe um equipamento urbano de uso público que pode passar desapercebido. Com ou sem encosto, geralmente em uma calçada larga, o banco é mais comum em praças, mas tem grande utilidade nas ruas.

Caminhar pelas ruas, flanar sem destino faz sempre mais sentido com uma ou outra pausa para respirar, descansar ou simplesmente contemplar a vida urbana que passa.

Uma cidade de pessoas tem também grandes projetos de moradia, eixos de transporte, etc. Mas alguns detalhes precisam de atenção e refletem a humildade dos espaços públicos. Um banco pode ser apenas mais uma peça do mobiliário urbano, preso dentro de parques e praças. Quando ele ganha as ruas, ou quando as ruas são contempladas com espaços de contemplação, a cidade e suas pessoas tornam-se paisagem que merece ser admirada.