Destaques
Um mapa mais colaborativo
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O Rio de Janeiro a cada dia conta com mais e mais bicicletas nas ruas. O Mapa Cicloviário Colaborativo é parte desse cenário e agora está ainda mais aberto à colaborações. Basta enviar por email ou via facebook o endereço completo do local com fotos, quanto as lojas e oficinas tem de incluir o telefone também. As novas infraestruturas cicloviárias já estão mapeadas e assim que forem inauguradas serão adicionadas ao mapa.
A idéia é ser um banco de dados confiável e atualizado de tudo que o ciclista precisa e de maneira geolocalizada. O (premiado) aplicativo para Android já está disponível para uso e em breve a versão para iOS também estará na AppStore, sempre gratuito e aberto a colaborações. Todos os dados enviados serão checados antes de serem publicados para garantir a veracidade de tudo que for mapeado. Esse trabalho de atualização é um projeto que será custeado através da parceria da Transporte Ativo com o Itaú.
Todo o conhecimento disponível no mapa carioca está disponível para que mais cidades façam seus mapas nos mesmos moldes, afinal quem mais entende e conhece as necessidades dos ciclistas é quem pedala diariamente pelas ruas das cidades e o mapeamento é feito por ciclistas e para ciclistas. Portanto baixe o aplicativo, visite o site, compartilhe e colabore.
Mobilidade+ Logística
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O Mobilidade+ foi uma realização do Studio-X Rio e ITDP Brasil, com apoio da Comissão Andina de Fomento (CAF) e parceria de C40 Rio de Janeiro, Rede para o Transporte Sustentável de Baixo Carbono (SLoCaT), Transporte Ativo e ONU Habitat, resultando num consórcio composto por alguns dos principais atores globais em transporte sustentável e desenvolvimento urbano.
As palestras agora podem ser vistas online. Para representar a Transporte Ativo, Zé Lobo falou sobre a logística das entregas em bicicleta. Um estudo de caso pioneiro feito pela TA e que mais uma vez ganha destaque. Afinal, os milhões de quilômetros pedalados todos os anos em Copacabana são um indicador claro de qual caminho seguir para viabilizar nossas cidades.
Deslocamentos urbanos em Sydney
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
Maior cidade da Austrália, Sydney é o centro de uma enorme região metropolitana com diversas pequenas cidades que orbitam ao redor.
A melhor ligação entre os diversos subúrbios é o trem metropolitano que circula por uma rede extensa e complexa. Trens expressos, paradores, para longas e curtas distâncias, modernos, antigos ou bem surrados. Todos circulam pela rede eletrificada, tem dois andares e assentos em geral reversíveis, que podem ser mudados de lado de acordo com o sentido de circulação do trem.
Diversas estações unem a história das ferrovias australianas as necessidades atuais de transporte de passageiros. Os prédios antigos mantém as características de quando foram construídos e as plataformas são expandidas para comportar os trens de até 8 vagões.
Em geral as estações tem acessibilidade plena, rampas ou elevadores e catracas mais largas. E na acessibilidade das estações está a maior vantagem do sistema de trens metropolitanos de Sydney. Os elevadores, rampas e catracas largas são utilizados sem distinção por cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida, bicicletas, carrinhos de bebê, malas, malotes e caixas de mágicas. É possível transportar quaisquer objetos e pertences pessoais sem restrição de horários. Em todos os vagões há uma área confortável para sentar ou permanecer junto a veículos ou pertences pessoais. Escadas estreitas dão acesso aos dois andares dos trens onde os demais passageiros podem sentar confortavelmente.
Mesmo populosa para os padrões australianos, Sydney consegue atender a demanda de deslocamentos urbanos com conforto. Os trens em geral circulam com espaço suficiente mesmo em horário de pico e apesar das variações de altura e distância em relação as plataformas dos trens novos e antigos, é cena comum ver carrinhos de bebê e bicicletas circulando sem dificuldades.
A rede metropolitana de transportes ainda conta com um sistema confiável de ônibus que em geral fazem distâncias menores ou complementares aos trens e por fim um sistema de barcas com o mesmo padrão de acessibilidade dos trens.
Dentro de todo o sistema, a bicicleta ainda tem importância bastante secundária e que varia bastante de acordo com o município. Alguns contam com mais infraestrutura de circulação, bicicletários integrados as estações de trem e barcas e até aluguel de vagas para bicicletas dentro de “armários”. Mas de maneira geral a bicicleta ainda é um objeto utilizado por turistas em regiões de praia, atletas de fim de semana ou ciclistas inveterados com roupas de lycra e magrelas super esportivas. A grande maioria respeita a lei que obriga os ciclistas a utlizarem capacete, mesmo que estejam com o objeto ao contrário na cabeça, ou com o feixo aberto.
Nos detalhes da infraestrutura cicloviária e no perfil geral dos ciclistas fica evidente o tratamento recebido pela bicicleta ao redor do estado de Nova Gales do Sul, do qual cidade é a capital. Bicicleta é para “fãs do esporte” e alguns excêntricos que são tolerados por serem poucos e que devem respeitar as pinturas no asfalto que estabelecem onde a bicicleta deve circular, em geral no cantinho ou em calçadas compartilhadas. Mas também por ciclovias e em faixas de ônibus.
Ao olhar para o que há de melhor e pior nos transportes públicos de qualquer grande cidade é possível visualizar desafios e soluções. Quanto melhor forem as soluções, melhor será o sistema, o que não significa que os desafios sejam menores.
Trilhas e infraestrutura cicloviária
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
Queenstown na Nova Zelândia é a cidade dos esportes de aventura, berço do Bungee Jumping e repleta de trilhas para Mountain Bike e downhill.
Pequena, com cerca de 20 habitantes, a cidade vive em torno do turismo. No verão a população chega a cerca de 90 mil pessoas. O dia a dia em geral é pacato e a cidade bastante espalhada no território, os poucos prédios são baixos, em sua maioria com não mais do que 3 andares, e moradores e turistas percorrem o centro da cidade a pé em minutos, mas ficam espalhados em um vasto território ao redor da cidade.
Com estradas tranquilas e distâncias pequenas, as áreas de subúrbio concentram a maior parte da população local, que vive ao redor do lago ou acima dele nas montanhas. Seria uma cidade como tantas outras, não fosse o detalhe mencionado no começo do texto, ser a Meca da aventura e do Mountain Bike.
Esse detalhe fica claro logo na chegada do pequeno aeroporto, existe uma área exclusiva para montagem de bicicletas, com estande especifico, recepção excelente. As distâncias curtas, cerca de 10km até o centro da cidade, são incentivo para cicloturistas.
A decepção no entanto fica com a falta de receptividade das bicicletas nos ônibus e no fato de que esporte e transporte não estão perfeitamente integrados. Ao mesmo tempo em que é possível montar sua bicicleta no aeroporto e subir pelo teleférico com as downhill penduradas do lado de fora, um adesivo antipático pode ser visto em diversos ônibus. Nada de comida, bebida ou bicicletas, ainda que haja espaço especial para o transporte de malas.
Cada cidade tem suas vocações e potenciais para a integração da bicicleta. As trilhas em meio a natureza em Queenstown são a exemplificação de como é possível unir beleza e deslocamentos cicloviários. Ao mesmo tempo também se manifesta com clareza a visão dos administradores da cidade em relação ao papel da bicicleta para seus cidadãos, sejam moradores ou turistas.
Banco, mobiliário urbano
Posted onAuthorJoão Lacerda2 Comments
Entre postes, pontos de ônibus, árvores e lixeiras, existe um equipamento urbano de uso público que pode passar desapercebido. Com ou sem encosto, geralmente em uma calçada larga, o banco é mais comum em praças, mas tem grande utilidade nas ruas.
Caminhar pelas ruas, flanar sem destino faz sempre mais sentido com uma ou outra pausa para respirar, descansar ou simplesmente contemplar a vida urbana que passa.
Uma cidade de pessoas tem também grandes projetos de moradia, eixos de transporte, etc. Mas alguns detalhes precisam de atenção e refletem a humildade dos espaços públicos. Um banco pode ser apenas mais uma peça do mobiliário urbano, preso dentro de parques e praças. Quando ele ganha as ruas, ou quando as ruas são contempladas com espaços de contemplação, a cidade e suas pessoas tornam-se paisagem que merece ser admirada.

