Trabalhe mais Verde

Trabalhadores norte-americanos gastam 47 horas por ano em congestionamentos, indo e voltando do trabalho. São 3,7 bilhões de horas humanas e 87 bilhões de litros de gasolina que se vão nos engarrafamentos. O crescimento econômico nos moldes atuais traz consigo um impacto negativo sobre a estrutura viária urbana. A tendência pode e deve ser modificada.

Incentivos ao uso da bicicleta são certamente o caminho. Outros são o uso do transporte público, caminhadas, caronas organizadas ou uma combinação de todas as alternativas. Existem inclusive empresas que concedem bônus aos funcionários que abrem mão do uso do automóvel particular.

A idéia é de que não se pode esperar uma mudança no mundo sem que antes haja uma mudança individual. Os processos industriais e as modificações nas estruturas físicas e sociais não surgiram por “geração espontânea”, todos somos responsáveis pelas ações que representarão uma melhor qualidade de vida para todos os habitantes do planeta. Humanos ou não.

  • Mais:

Via TreeHugger: How to Green Your Work

Poder do Equilibrio

Antes mesmo de caminhar em posição ereta, o ser humano já sabia da importância do equílibrio. Mas foi caminhando que nossa espécie desbravou os continentes. Evoluímos e crescemos, sempre em frente.

Hoje vivemos talvez o ápice de um modo de vida que se universalizou enormente após a revolução industrial. Habitamos um mundo urbano, mais de 50% do total de 6 bilhões de indivíduos no planeta vivem em cidades.

A concentração populacional tão grande nas “selvas de pedra” é um enorme impulso a inovação de idéias e ações. As grandes metrópoles mundiais evidenciam com extrema dureza a necessidade de uma tomada de ação para que possamos, ricos e pobres, ver cumprido um desejo simples que aparentemente se perdeu ao longo dos últimos séculos, qualidade de vida.

Muitas vezes para seguir em frente precisamos repensar nossos caminhos. O cenário de caos climático e condições de vida abaixo do desejável no mundo apontam para a necessidade de reflexão.

A mobilidade urbana é um dos pontos a ser revisto. Responsável por mais de 50% das emissões de gases estufa além da emissão de gases tóxicos o trânsito das cidades é gerador não só de impactos locais negativos para a saúde da população, como também contribui para o tão falado aquecimento global.

Tantos malefícios são fruto de um rumo equivocado na condução de como devem ser organizadas nossas cidades. Já sabemos hoje que pensar o espaço urbano em função do automóvel particular é um equívoco, mas já existem alternativas.

A bicicleta é fruto da mesma revolução industrial que possibilitou termos hoje as megalópoles em um mundo globalizado. No entanto ela perdeu espaço durante o século XX com a popularização dos automóveis. Felizmente os tempos são outros e cada vez mais esse veículo simples e extremamente poderoso impulsiona não apenas pessoas, mas cidades inteiras rumo a novos horizontes. Já podemos constatar que quanto mais orientado para as pessoas, melhor é o ambiente urbano.

O trânsito motorizado está cada vez mais lento. Os custos para a população e para o planeta de uma mobilidade centrada no automóvel estão cada vez maiores. Os administradores, sejam municipais, estaduais, ou nacionais, devem portanto abrir o olhar para que nossas cidades possam ser espaços mais adequados aos seus habitantes.

Sozinha a bicicleta não será capaz de resolver o problema da imobilidade urbana. No entanto ela é acima de tudo um símbolo. É uma invenção que só se equilibra em movimento e mimetiza o fundamental ato de caminhar. Além disso, torna mais saudável quem pedala e não polui o ar que todos respiram. É igualitária e pode ser usada por ricos e pobres. Integra os espaços pela facilidade de estacionar e pela baixa velocidade. Mais ciclistas nas ruas deve ser portanto o desejo de todos.

Numa visão integrada da cidade, não basta apenas que mais pessoas usem a bicicleta, já que nem todos querem ou podem. Para transportar melhor a população de uma cidade mais humana, é necessário que haja transporte público de qualidade para todos e que a melhor e mais rápida maneira de se deslocar pelas cidades possa ser também geradora dos mínimos impactos negativos no ambiente urbano.

Essa realidade já é possível, basta apenas buscar um caminho mais equilibrado na gestão urbana.

Pela Estrada Afora…

Seria a Chapeuzinho Vermelho de Bicicleta?

A Banda é Bat For Lashes e a música é “What´s a Girl To Do”. Qualquer comentário além disso pode comprometer a emoção para os ciclistas de assistir a esse belíssimo videoclipe. Aos mais curiosos que dominam o inglês, segue a letra da música.

  • Mais no Blog:
  • > Estilo Feminino
    > Resolução de Conflitos
    > Bicicletas e a Música
    > Diversidade em Três Rodas

    Prêmio de Incentivo

    [photopress:logo_ipb.JPG,full,centered]

    O IPB – Instituto Pedala Brasil está lançando este ano a primeira edição do Prêmio Pedala Brasil de Melhores Iniciativas em Prol da Mobilidade por Bicicleta.

    Poderão concorrer: técnicos municipais, profissionais de trânsito e mobilidade urbana, arquitetos, consultores e especialistas no setor que tenham projetos, obras ou sistemas cicloviários implantados, ou trabalhos de educação e comunicação.

    A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 18 de outubro de 2007, durante o Salão das Duas Rodas, no Expo Center Norte, em São Paulo.

    Os documentos para inscrição ou indicação de indicado estão disponíveis no site da Transporte Ativo.

    Projeto e Regulamento
    Formulário I – Indicação
    Formulário II – Relatório de Inscrição

    Todos aqueles que tenham bons trabalhos para concorrer ou queiram indicar alguém, podem também entrar em contato diretamente com o IPB pelo www.pedalabrasil.com

    Bicicletas e Aviões

    [photopress:aviao_bicicleta.jpg,resized,centered]
    “Ciclistas não voam Gol”¹

    Foto Zé Lobo

    Dizem que só se conhece um local quando se vai pessoalmente e viajar é a maneira que o ser humano usa pra descobrir lugares. Aventurar-se por outro mundo e conhecer outras pessoas não só aumenta a cultura, como ajuda a refletir sobre a vida de uma maneira que a rotina impede.

    Usar a bicicleta para viajar é uma maneira especial de conhecer um lugar, as pessoas e a cultura local. É mais uma situação em que este fascinante veículo tem sua imagem colocada à prova. É possível colecionar histórias de apreço e desprezo, respeito e desrespeito, amor e ódio.

    Não há como negar que uma bicicleta no saguão de um aeroporto é uma bagagem inusitada. Mais ainda quando já está acomodada numa mala apropriada. Olhares curiosos e cochichos especulativos sobre o conteúdo da mala são notados com frequência.

    Um primeiro incômodo: ao despachar o mala-bike com a magrela a Polícia Federal pode pedir para abrir a bolsa, pois o trambolho não passa no raio X de bagagens. Tudo bem, é mais uma oportunidade de mostrar a versatilidade da bicicleta e bater um papo sobre o uso dela em qualquer situação.

    No desembarque carregadores e seguranças vão ficar mais curiosos com a sua bicicleta que com aquele violoncelo que passa na esteira. Mas a mesma simpatia não será revelada pela administração do aeroporto que vai preferir que você e seu veículo sumam o quanto antes.

    O mesmo tratamento é esperado dos taxistas. Afinal, será um passageiro a menos caso o ciclista decida usufruir de seu veículo logo na saída do terminal.

    Para os familiares e amigos, chegar de bicicleta certamente não será algo usual e a iniciativa será motivo de debate e assunto recorrente durante alguns dias.

    Mesmo com seus altos e baixos e as reações dúbias, foi um enorme prazer pedalar de casa para o aeroporto e do aeroporto para casa. Mais um ponto pra bicicleta, veículo capaz de transformar-se em bagagem e meio de transporte. Cidade de origem e cidade destino tornam-se assim a extensão uma da outra.

  • Mais:
  • ¹A Gol Transportes Aéreos é a opção menos indicada para os ciclistas. Consideram as magrelas “bagagem especial” e cobram R$ 100,00 independente do peso. Confira as normas de transporte da Gol.