Connected Smart Cities – Cidades do Futuro

SCTA

O Connected Smart Cities é um evento anual que ocorre desde 2015 e que tem como finalidade explorar o conceito de cidades inteligentes e conectadas em um encontro unindo representantes do poder público de diversas esferas, técnicos, empresas de tecnologia de ponta, especialistas de diversas áreas, além de pessoas e entidades engajadas com a otimização das cidades do Brasil, inspirados em soluções já executadas em cidades de todo o mundo.

Dentre as áreas abordadas no evento, tendo a tecnologia e a inovação como ponto central, estão o urbanismo e a sustentabilidade em primeiro lugar, mobilidade urbana e acessibilidade, conectividade (big data, redes inteligentes, etc.), empreendedorismo e resiliência.

No campo da mobilidade urbana, o evento busca explorar e dissecar as soluções relacionadas às políticas públicas de integração dos meios de transporte, transporte público, pedestres, infraestrutura cicloviária, gestão de tráfego e toda forma de mobilidade urbana como serviço serviço da cidade.

Nesta edição de 2017, além de contar com painéis e workshops com a participação de nomes relevantes da indústria de tecnologia, da academia e de governos, é responsável pela criação de um ranking que avalia as cidades brasileiras, indicando quais as que mais aplicam as melhores soluções em sustentabilidade, mobilidade urbana e políticas públicas inteligentes e inclusivas voltadas para as pessoas e também pela premiação das cidades mais bem colocadas.

Tendo a bicicleta um papel fundamental nas cidades inteligentes, por sua aplicação múltipla em soluções relacionadas à mobilidade urbana como meio ambiente, saúde, economia e integração social, certamente a bicicleta não poderia ter ficado de fora, e foram discutidas políticas públicas e soluções tecnológicas já aplicadas e que vêm sendo replicadas dentro e fora do Brasil.

A Transporte Ativo esteve presente em um painel juntamente com Tomas Martins, CEO da TemBici, apresentando o conceito de bicicletas compartilhadas e sistemas de bicicletas públicas e suas diversas aplicações e impactos nas cidades, discutindo experiências de outras cidades do mundo e o futuro desses sistemas.

Trazer a bicicleta para um público que é constituído por agentes que estão na linha de frente do que é pensado e aplicado efetivamente para as cidades, tanto através da indústria e do mercado, quanto do governo, é fundamental para que tenhamos garantido o lugar da bicicleta nas cidades inteligentes e conectadas do futuro.

Encontro Internacional de Sistemas de Bicicletas Públicas

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Realizado nos dias 6 e 7 de outubro de 2016, o encontro promovido para celebrar os 5 anos de operação do Encicla, sistema de bicicletas públicas da cidade de Medellín. Contou com a presença de representantes do poder público de cidades como Cidade do México, Medellin, Bogotá, Rosário e Barcelona. Contou ainda com a presença dos operadores de bicicletas públicas da Europa e Estados Unidos, como PBSC (Londres, Nova York, Chicago, etc.), JCDecaux (Paris), NextBike (Alemanha, Austria, etc.), Serttel (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, etc.), Social Bicycles – SoBi (Estados Unidos) e Bike Santiago (Chile).

Durante os dois dias, operadores e os representantes do poder público trouxeram suas experiências na implantação e operação dos sistemas em suas cidades, suas características, erros e acertos, bem como desafios encontrados no campo técnico-operacional, jurídico, institucional, financeiro e tecnológico.

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A presença de grandes operadores de sistemas de bicicletas públicas da Europa e Estados Unidos no evento, bem como dos representantes do poder público de importantes cidades garantiu um debate rico de conhecimento, com altíssimo nível de compreensão sobre o tema, seus desafios e soluções e a forte expansão e estudos para implantação em grande parte do mundo.

Entre os temas mais debatidos, a questão do financiamento ganhou grande destaque, onde foram apresentadas experiências de modelos que são financiados pelo poder público ou contam com financiamento privado integral ou parcialmente, seus modelos de gestão, metodologias para implantação, eficiência e principalmente, experiências que demonstram a maior qualidade no nível de serviço oferecido ao público.

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Debateu-se ainda o futuros dos sistemas de bicicletas públicas, novas soluções tecnológicas que já começam a aparecer no horizonte e que certamente estarão marcando presença nas cidades do futuro, como bicicletas eletro-assistidas, sistemas mistos de estações self-service, estações hub ou que dispensam totalmente qualquer infra-estrutura de mobiliário para estações, modelos de soluções que já começam a ser implantadas em algumas cidades e devem ganhar cada vez mais espaço no futuro.

A evolução natural dos sistemas de bicicletas públicas é que eles não parem de expandir e que seu financiamento deverá ser cada vez mais diversificado e que os serviços tendam a possuir um marco regulatório como serviço público de transporte que não sejam totalmente dependentes da vontade política da cidade, nem da vontade privada do patrocinador ou financiador privado, sendo modelo de transporte sustentável que terá papel de destaque nas cidades do século XXI.