Dahon Matrix

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foto Edu

A página oficial define a Dahon Matrix como uma bicicleta urbana com atitude. Logo nas primeiras pedaladas o que era texto de propaganda prova-se realidade. O perfil agressivo, os pneus que grudam no chão somados a eficiência dos freios à disco dão confiança ao ciclista e o impelem a pedalar forte.

A relação de marchas com 48 dentes na coroa maior e 11 no peão menor permite velocidades de cruzeiro bastante altas. No total são 24 marchas SRAM num conjunto que não é o melhor da marca, no entanto é muito eficiente. A relação para subir ladeiras também é bastante adequada com 28 dentes na coroa e 32 atrás.

Para encarar subidas a suspensão pode ser travada, o que maximiza a energia da pedalada. O único empecilho é que para “desligar” a suspensão é preciso desmontar da bicicleta, já que qualquer peso do
ciclista impede a mudança da chave de travamento. Mesmo com este pequeno detalhe, a suspensão, com seus 80 mm de curso, está na medida para ruas de asfalto irregular. Até mesmo o famigerado calçamento de paralelepípedos, pesadelo de qualquer ciclista sem suspensão, não representa problema.

Somando-se a suspensão adequada ao uso urbano, excelentes pneus de rua e sistema de freio que transmite grande confiança, a bicicleta merece respeito. Recomenda-se uma conduta mais tranqüila nas primeiras pedaladas para se acostumar com as reações da Matrix, principalmente dos freios potentes em consonância com a suspensão. No entanto, macios e aderentes, os pneus permitem travar a roda traseira numa freada mais forte e ainda assim a bicicleta mantém-se sob controle.

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foto divulgação.

Um pequeno detalhe, facilmente resolvido, foi o comprimento do guidão. Nada que uma serra não pudesse resolver e com um dedo a menos de cada lado a bike ficou perfeita não só quanto ao conforto quando a agilidade nas ruas apertadas da cidade.

Além de todas as características de uma Mountain Bike para uso urbano, a Matrix, como todas as Dahons, é dobrável. Essa funcionalidade é melhor resolvida nos modelos aro 20″. Mais compactos tanto em uso quanto após serem dobrados. No caso da Matrix dobrá-la envolveria o uso de uma chave allen. Ainda que seja simples retirar a mesa e o guidão essa função torna-se um pouco desnecessária na cidade, dado o peso da bike e a dificuldade de carregá-la dobrada. O melhor uso para as dobradiças no meio do quadro são para poder, ao estacionar, “quebrar” a magrela em duas e trancar tanto o quadro e a roda com apenas uma tranca e desencorajar eventuais gatunos.

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foto divulgação.

Gatunos no entanto podem ser um problema para uma bike que além de ser muito boa e relativamente cara para os padrões brasileiros, aparenta ter qualidade, mesmo para quem não conhece nada sobre bicicletas. O desenho do quadro, os freios a disco e a pintura impecável fazem a Matrix chamar atenção o que pode ser um problema para quem usa a magrela como meio de transporte. O empecilho pode ser contornado com o uso de boas trancas (ao menos duas) ou melhor ainda, guardando a bike em lugar adequado no trabalho/local de estudo e em casa.

Para se tornar uma bicicleta urbana perfeita falta apenas um bom bagageiro e pára-lamas para os dias de chuva. Infelizmente é difícil encontrar estes equipamentos com boa qualidade no mercado nacional.

Mais informações no site oficial em inglês ou na versão brasileira.

Informações sobre onde adquirir.

8 thoughts on “Dahon Matrix

  1. Um tesão, com o perdão da palavra…. infelizmente ainda não foi dessa vez que eu vou de Matrix, mas a minha Eco tá encomendada e a partir de fevereiro, mais uma Dahon em sampa. Aliás, duas, porque o Pedalero, parceiro das bicicletadas, entrou na minha cota e encomendou a dele.

  2. A bichinha é bem isso mesmo… Logo que possível faço a minha resenha da boa e velha Dahon Vitesse, meu primeiro modelo da marca… 😉

  3. Tenho uma também, e realmete diminuí guidão pois era muito grande. Só troquei os pneus para aguentar os buracos do rio, apesar dos originais realmente serem muito bons.

  4. Tenho também uma Dahon Matrix, que utilizo em Lisboa (Portugal). Apesar da estrutura dobrável, mostra-se resistente aos impactos e aos maus pisos (para diminuir o sofrimento causado com os maus pisos comprei-a com pneus de MTB!).

  5. Olá João,

    Depois que nos encontramos na Caravelle, entrei no seu blog para conhecer. Gostei muito. E agora voltei via Google por conta da Dahon, e reconheci a linda bicicleta que tive o prazer de ver pessoalmente lá na bicicletaria.

    Boas pedaladas,

    Mig

  6. Olá
    Gostei tanto da Matrix, que vendi a minha reclinada, a Specialized Hard-Shock e comprei uma. Como o meu objetivo é cicloturísmo, coloquei um selim confortável (mais largo ), bagageiro Topeak e um guidão mais alto, que vou trocar por um mais alto ainda, pois conforto é fundamental em viagens. Falta colocar um paralama dianteiro, que ainda não encontrei, pois estou estudando um modelo que se adapte, para não perder os orifícios para colocar a caramanhola. Muito macia e com uma pedalada eficiente. O único senão para mim é não ter onde colocar mais caramanholas, o que vou resolver com o alforge.

  7. Acabei de fazer o Velotur com minha Dahon. Foram 3 dias de pedal e 220 km. Muitas estradas com pedras e buracos, mas ela aguentou o tranco sem problemas. Eu achei mesmo que seria interessante encurtar um pouco o guidão, deve ficar melhor. Os freios a disco são muiot bons, pena que o preço de substituição da pastilha seja meio dolorido. O banco original também não era legal, troquei por um bem mais macio e maior um pouco. A vantagem é que, apenas dobrando ela, coube tanquilamente no porta mala do carro, sem precisar levar ela pendurada. Apenas ainda não consegui resolver o problema do alforge, um bagageiro normal fica muito a frente e alto, fazendo com que o calcanhar bata no alforge. E ainda não encontrei um bagageiro específico para ela. Creio que terei que fazer uma adaptação no bagageiro.

  8. Coloquei um bagageiro da Trek e vou fazer o Caminho de Santiago com a minha “contorcionista”. Só tive que cortar um pouco na perna com parafuso regulador de altura.

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