Ultrapassagem

 

Uma boa segurança no trânsito para os ciclistas também depende dos motoristas. Por isso, o artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que:

Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:

Infração – média;

Penalidade – multa.

Já o artigo 220:

Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito:

(…)

XIII – ao ultrapassar ciclista:

Infração – grave;

Penalidade – multa;

XIV – nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres:

Infração – gravíssima;

Penalidade – multa.

Em ruas muito estreitas, com passagem para um só veículo, a bicicleta tem, portanto, direito a tomar a faixa. Naturalmente a gentileza de ceder passagem assim que possível ameniza o convívio com os motoristas.

As placas que ilustram esse post buscam reforçar o bom senso que é sempre o foco em qualquer legislação de trânsito. O veículo mais pesado deve zelar pela segurança do mais leve.

“Biciclistas têm direito à faixa inteira. Mude de faixa para ultrapassar”.

Trace seus caminhos

BIkely
Para os ciclistas experientes, um novo convite para conhecer novas funcionalidades do site Bikely. Agora as rotas bem detalhadas terão uma “cue-sheet”. Trata-se de uma lista a ser impressa de quando e onde fazer conversões no caminho traçado. Para que esse funcionalidade seja efetiva, é necessário que o autor do trajeto especifique alguns detalhes. Um bom exemplo.

Para os inexperientes, várias rotas estão disponíveis, vale conferir.

www.bikely.com

Resolução de Conflitos

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foto Zé Lobo

Veículos pesados e leves devem compartilhar a rua. A prioridade é sempre do mais indefeso e todos devem zelar pela segurança dos pedestres. Envoltos por chapas de aço, os motoristas podem muitas vezes não reparar nos demais elementos do trânsito. Comportamentos dessa natureza são capazes de gerar hostilidades.

O ciclista, exposto ao mundo e as pessoas ao seu redor, precisa ter uma atitude diferenciada. À sua maneira, deve ser também um pacifista. Realizar na prática o que dizem as leis de trânsito, vale a “lei do mais frágil”.

O vídeoclipe abaixo é um exemplo de conflito bem resolvido. Nas ruas, no dia a dia, o desafio é sensibilizar o motorista e fazer aliados. Por cidades mais humanas.


dica do leitor Markz.

Uso do capacete

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O uso de capacete no trânsito é uma questão controversa. O tema repercutiu após a veiculação das imagens gravadas na Avenida Niemeyer (saiba mais aqui).

No banco de dados da Transporte Ativo um documento intitulado “Capacete para Ciclistas – Usar ou não Usar?” aprofunda a discussão. Uma compilação de dados busca trazer luz a um tema que tem sido debatido intensamente no exterior. Uma das conclusões gerais dos autores é que:

as organizações não governamentais devem se associar ao poder público, para ampliar a chamada de ciclistas visando ao aumento da sua segurança no uso da via pública, inclusive no uso do capacete.

O que se pode extrair dessa mensagem é que o mais importante para a segurança dos ciclistas no trânsito é antes de mais nada a conduta destes e dos outros usuários da via. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define direitos e deveres para todos os usuários das vias. Esse conjunto de regras visa antes de mais nada buscar uma convivência harmônica entre todos. Com o menor risco possível.

Um ciclista urbano que esteja consciente da sua fragilidade e que respeitando as regras de trânsito saiba impor respeito aos componentes mais fortes no trânsito estará mais seguro do que um ciclista incauto equipado com um capacete.

os maiores benefícios poderiam ser obtidos se houvesse intensa conscientização dos motoristas no respeito à presença dos ciclistas nas vias urbanas e nas estradas.

O importante é o que vai dentro da cabeça, não simplesmente a caixa que protege as idéias do ciclista.

No Brasil a discussão tem realce especial devido às preocupações sobre segurança manifestas por atletas da bicicleta e por ciclistas recreativos, que fazem uso de capacetes em seus passeios, treinos, aos sábados, domingos e feriados. Com o entendimento de que esta deva ser a forma de se equipar para circular com uma bicicleta.

Além disso, a obrigatoriedade do uso de capacetes é um forte inibidor do uso da bicicleta, seja pelo desconforto, seja pelo custo inacessível à maioria dos ciclistas brasileiros.

Adicionado em 4 de dezembro:

Um estudo da Universidade de Bath na Inglaterra mostra que “Motoristas ultrapassam ciclistas com capacete a uma menor distância.” Ao menos por lá é assim, por aqui, não se sabe.