Bicicultura 2018

bicicultVem aí o Bicicultura 2018 no Rio, coladinho no Velo-city, no Encontro Latino Americano de Bicicletas Compartilhadas e no 100 gurias 100 medo! Serão uma série de atividades envolvendo as bicicletas, tomando a cidade por 10 dias. Tudo está caminhando bem, o tema que direcionará a montagem do programa ja foi escolhido em votação nacional “O uso da bicicleta e seu impacto na vida cotidiana”, os locais e logomarca já estão sendo definidos e a abertura da chamada de trabalhos, atividades e apoio já estão abertas. Estamos negociando apoio financeiro e já existem uma série de parceiros locais prontos pra ação. Participe você também, de mais essa edição da maior festa brasileira da promoção do uso urbano das bicicletas.

 

 

 

Contando Bicicletas desde o Século passado

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Nós da TA sempre tivemos uma atração especial por levantar dados e fatos sobre o uso do nosso veículo preferido: a bicicleta. Remexendo em velhos recortes e anotações, deparamos com as primeiras contagens de bicicletas que fizemos, mais de 10 anos antes da fundação da TA! Nas fotos acima, feitas nas áreas de lazer aos domingos na Avenida Vieira Souto em Ipanema, podemos ver uma imagem pré-ciclovia em 1991 e outra pós-ciclovia em 1992. As contagens que encontramos, mostram exatamente a diferença entre antes e depois da infraestrutura cicloviária. Os números são muito interesantes e confirmam que desde o século passado aquilo que já sabemos acontecia: “Construa que eles virão”.

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Acima, uma das planilhas utilizadas para uma contagem em 1991. Na época aplicativos, smartphones e outras tecnologias de contagem não existiam então usávamos uma folha quadriculada de papel mesmo. A metodologia foi criada por nós, para nós mesmos, apenas para termos noção do que acontecia por ali e quais seriam as mudanças com a implantação das ciclovias às vesperas da ECO 92.

Abaixo podemos ver os números dos horários de pico em 1991, 1992, 1993 e o crescimento do uso de bicicletas após a inauguração da ciclovia. De 91 para 92, períodos pré e pós ciclovia, houve um aumento de 165% de uso nos dias úteis e de 80% aos finais de semana. Já de 92 para 93, períodos com ciclovia, o aumento nos dias úteis foi de 60% enquanto aos finais de semana o aumento foi de 90%. Resultados que mostram a diferença que uma infraestrutura cicloviária pode ter no incremento ao uso de bicicletas.

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Mais de 15 anos se passaram e os números continuam crescendo. Não temos novas contagens no mesmo local, mas vamos providenciar. Hoje temos novas metodologias, equipamentos modernos para contagens e seguiremos em busca dos números que mostram a importância de se planejar para as bicicletas. Muitos dados sobre as bicicletas no Rio e contagens que se espalharam pelo país, podem ser vistos clicando aqui.

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Contagem recente da TA em Paraty – RJ

Velo-city Rio 2018 – Programa Preliminar

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Após alguns meses com a chamada de trabalhos no ar, no início de dezembro passamos uma semana, equipe TA e equipe ECF juntas em uma sala em Copacabana, montando o programa preliminar para o evento.

Foram enviados no total mais de 300 trabalhos de 41 países, que foram avaliados por 39 revisores de 21 países. Cada revisor avaliou 22 trabalhos e cada trabalho passou pelas mãos de 3 avaliadores. Após a avaliação geral, todos os trabalhos foram revisados pela equipe do programa, que ao final da semana tinha um total de 165 trabalhos de 34 países dos 5 continentes aprovados, quando então iniciamos a montagem da grade inicial do programa, que contará com seis formatos de apresentações.

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Os detalhes da grade abaixo podem ser vistos com mais detalhes em no site do evento, ainda em construção mas já disponível para visitas. Até o inicio de 2018 ele estará completo e logo em seguida serão abertas as inscrições.

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No  último dia da semana, os participantes do workshop realizado em junho de 2016, onde foram definidos os temas da conferência estiveram presentes em um ótimo bate-papo que ajudou a clarear as mentes que por uma semana ficaram fechadas em uma sala, fortalecendo e aprimorando a formatação do programa.

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Os autores dos trabalhos já foram avisados sobre a seleção ou não de seus trabalhos, estamos agora aguardando as confirmações para montagem do programa definitivo. Em Janeiro iniciaremos também a divulgação dos palestrantes convidados para as plenárias principais. Fiquem atentos por aqui e no site oficial do evento velo-city2018.rio, onde você pode assinar a newsletter e receber todas as novidades em primeira mão.

Minha cidade, minha casa

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Aglomerar pessoas em espaços limitados, sem qualquer tipo de problema ou conflito, é um enorme desafio. Desde que a
humanidade deixou o modo de vida errante, para viver em comunidades com
residências fixas, a percepção de que o coletivo precisa funcionar para manter a qualidade da vida privada foi afetada.  Hoje, a maior parte
da população mundial vive em ambientes urbanos e muitos se tornaram
grandes, imensos. A vida nas cidades tem um ritmo muitas vezes frenético e, nesse contexto, questões do cotidiano, que poderiam ser facilmente resolvidas, vão se acumulando e causando transtorno a toda população. Como a remoção de um poste de sinalização de uma calçada, que aparentemente pode ser algo irrelevante, mas que se não for feita com a devida atenção, pode deixar resíduos ou pedaços de estrutura, capazes de causar ferimentos graves a quem passar distraído pelo local.

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As administrações municipais usam impostos e outras fontes de recursos para prover os cidadãos as condições de vida nas cidades. Claro que é tarefa muito complicada, mas mesmo assim isso não exime prefeituras de responsabilidades e justas cobranças por cumprir seu papel. E mesmo quando executam as obras, consertos e manutenção preventiva  necessárias muitas falhas acontecem. A maioria dos cidadãos que identifica uma dessas falhas costuma reclamar para os outros ou nem isso, raramente para a prefeitura, mas de um modo geral a idéia é de que alguém é pago para manter a cidade em ordem. Sim, é verdade e como as ruas podem (e deveriam) ser entendidas como uma extensão de nossas casas cabe também uma ação individual ou coletiva para cuidar desse espaço público que não tem um dono, mas tem usuários.

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Claro que graves problemas como o rompimento de uma tubulação de água/esgoto, vazamento de gás, afundamento de calçada estão distantes da ação popular, mas um pequeno conserto pode ajudar muitos a custo zero e sem gastar tanto tempo. E de fato nos aproxima da rua como espaço público de uso coletivo, ajudando a perceber o seu valor para si e para os outros. Quem ama cuida e isso não significa tomar para si a responsabilidade da prefeitura, mas ajudar ao próximo participando da cidade mais como um protagonista que como um coadjuvante. O espaço público é de todos mas ninguém é proprietário.

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Sabe lá quantas pessoas já se machucaram nessa ponta de poste exposta ou quantas deixaram de se machucar depois que foi rapidamente amassada com uma simples marreta? Muitas ou poucas não importa. O que importa é que a cidade é nossa e podemos cuidar dela como se fôssemos seus donos legítimos.

Velo-city 2018 Rio de Janeiro – Chamada de Trabalhos

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A próxima parada da Série de Conferências Velo-city será no Rio de Janeiro, Brasil. Pela primeira vez na América do Sul, a Velo-city 2018 terá como tema principal Acesso a Vida, vinculado ao objetivo geral da inclusão social promovida pela bicicleta. Com base nos temas de conferências Velo-city anteriores, como Saúde, Infra-estrutura, Tecnologia, Governança e Dados, a Velo-city 2018 no Rio de Janeiro explorará a fusão desses discursos.

Com o tema principal Acesso à Vida, os temas abrangentes de Saúde, Infra-estrutura, Tecnologia, Governança e Dados são utilizados para se adequar aos quatro subtemas: Aprenda a Viver, Felicidade e Qualidade de Vida, Integrando Vida e Transporte, Economia Viva.

O envio de trabahos está aberto e convidamos especialistas de todo o mundo para compartilhar suas pesquisas, experiências e idéias. Inscreva seu trabalho no hotsite do evento.

http://velo-city2018.rio