Bicicletas Portenhas

Buenos Aires é uma cidade planejada, com amplas avenidas e ruas transversais arborizadas. Sofisticada e cheia de personalidade a capital Argentina está também repleta de bicicletas. Trancadas em postes, circulando pelas ruas tranquilas e nas grandes avenidas. Nas pistas preferenciais para bicicletas ou dentro dos parques.

Assim como no Brasil, aparentemente as magrelas ainda são novidade para os portenhos e precisam ser incluídas no planejamento urbano da cidade. Fazem falta principalmente os bicicletários. E como os ciclistas não são bobos, as trancas sólidas em U são maioria absoluta.

Confira mais mensagens curtas e links sobre Buenos Aires no twitter da Transporte Ativo.

Basta o Amor

Um certo amor nos faz seguir em frente, uma admiração que nos dá uma energia a mais. Pela praia da Juréia, um cão atrás do seu dono segue em ritmo acelerado pela areia dura. A vontade em seguir em frente é o amor e tudo o que precisamos é o amor. Ao menos é isso que cantam os Beatles e o que move as quatro patas do Joaquim.

Sobre Voar e Pedalar

Bicicletas podem ser carga e viajar com o ciclista para onde for. Ainda que de avião a complexidade seja maior, é possível embarcar, cruzar o país e sair pedalando.

Ser cicloativista as vezes implica em testar a dose máxima de exposição a bicicleta. Mas certamente compensa. A bicicleta integrada ao avião permite cruzar o planeta e ainda manter a liberdade. Ainda que voando a magrela não se sinta confortável e danos possam acontecer.

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As compensações no entanto são muitas e a liberdade de ir até o aeroporto e sair de outro aeroporto pedalando vale a pena. Assim foi feito rumo ao Bicicultura em Brasília.

Aeroportos no entanto não costumam ser bem localizados e o acesso a eles é muitas vezes feito através de grandes avenidas ou vias expressas. Congonhas em São Paulo é uma louvável exceção. Indo por dentro do bairro de Moema é possível chegar lá sem grandes vias expressas.

No entanto ao chegar em uma cidade desconhecida, um guia em bicicleta é sempre bem vindo. Afinal é sempre útil ter alguém para mostrar o caminho e conversar durante a pedalada.

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Fotos Edu.

Rumo a Estação Bicicleta

São Paulo conta com a mais ativa Bicicletada brasileira. Nos últimos meses pelo menos 200 ciclistas reúnem-se mensalmente para pedalar Avenida Paulista afora.

Na última sexta-feira de julho não foi diferente. Mudou apenas o roteiro. Formou-se o “Bonde de Curitiba”, dessa vez a massa iria seguir mais longe. Embarcar em um ônibus e seguir estrada afora. Em Curitiba a Massa Crítica se reúne nas manhãs de sábado.

Trinta e sete ciclistas seguiram para a capital do Paraná durante a noite e já acordaram de um sono mal dormido prontos para pedalar. A bicicleta em festa é capaz de diminuir o cansaço. A presença do “Bonde Paulistano” garantiu a maior massa crítica do Paraná. Aproximadamente 140 ciclistas tomaram as ruas, pintaram bicicletas no asfalto, fizeram festa e humanizaram o trânsito.

A festa da Bicicletada Paulistana seguiu mesmo depois de parados os pedais. No domingo o ativismo deu lugar ao lazer puro e simples. Rumo a Serra da Graciosa seguiu parte da massa paulistana. Humanizando a estrada, sentindo o cheiro da terra e embarcando no ritual de superação pessoal que só a bicicleta é capaz.

Os quilômetros foram muitos e depois de 4 horas pedalando numa jornada de 6 horas, todos que sairam de Curitiba estavam prontos para embarcar de volta para São Paulo. Talvez tenha sido apenas mais uma viagem, mas foi também a clara demonstração do porque a bicicletada paulistana é a maior e mais alegre do país. A amizade e o contato humano de pessoas que falam a mesma língua sem palavras. O idioma da “cultura ciclística”.

Fotos e Relatos:
Aninha – Ôôô Curitiba…cadê você?! Vim de São Paulo para te ver!
Falanstério – Parabéns Bicicletada
CicloAtivando – Bicicletada de Julho :: Impressões
CicloBr – As Bicicletadas de Julho
Pedalante 1
Pedalante 2
Pedalante 3
Daniel

Aline
Cicloativando
Falanstérios

Ciclobr
Felipe CTB

Videos:
Plá Invasão das Bicicletas
Plá Todo mundo tem um Pouco
Bicicletada Curitiba

Pedalar é Descobrir

Uma outra cidade existe e basta apenas que estejamos dispostos a descobri-la. Pedalar é o caminho mais curto para se aventurar por onde moramos com um olhar diferente. Uma manhã de domingo foi o momento para descobrir um outro rio Pinheiros em São Paulo. Local de uma ciclovia planejada que saiu do papel pela primeira vez. Pequenas alterações e acessos para os ciclistas já dariam ao paulistano essa enorme, porém ainda poluída área de lazer. Com o benefício de poder ser utilizada como via expressa para ciclistas durante a semana.

Em Munique na Alemanha, as margens de um rio na cidade já estão preparadas para as bicicletas. Como atesta o vídeo abaixo.

Mais:
Fotos da “Operação Pomar” – ciclobr
Outras fotos Macacao Veio.