A madrugada é capaz de maximizar os efeitos positivos e viciantes de ser ciclista. Lançar-se nas ruas e avenidas tranquilas da madrugada é sentir o silêncio da noite e apreciar a liberdade dentro do espaço de circulação que durante outros horários parece sempre apertado e por vezes até um grande estacionamento.
A noite permite ao ciclista olhar para uma grande e ampla avenida e em silêncio voar por ela. Discretamente fluir tendo à frente a amplitude urbana. É possível abrir os braços e sentir que há apenas o vento. A mente ilude o corpo a acreditar no voo imaginário que é pedalar sem barreiras. E então, a bicicleta simplesmente deixa de existir.
Quando a bicicleta se torna apenas um simples instrumento torna-se possível imaginar outras cidades possíveis em que mais silêncio, mais conversas, mais interação e mais prazer possam acontecer sobre as mantas de asfalto que revestem o espaço de circulação urbano.
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