Pedalada Entre Museus Acessíveis | 6ª Rodada

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Vivemos numa país de contrastes e de desigualdades. Imensos desafios para serem enfrentados com políticas públicas, investimentos em desenvolvimento humano e ações de curto, médio e longo prazo. É muito importante levar educação, cultura, esporte a todas as pessoas para que elas cresçam como seres humanos e nossa sociedade seguirá no caminho da igualdade, da justiça e da fraternidade.
Entre guias, educadores. professores, intérpretes de libras e as crianças e adolescentes surdos de Magé, participantes do Entre Museus, éramos cerca de 40 pessoas que por 2 horas puderam vivenciar essa micro ação com macro resultados.

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Numa pedalada pela história do centro do Rio, os pequenos e atentos jovens de Magé aprenderam com o historiador Deivid um pouco do que explica a origem dos problemas citados mais acima, e que eles não precisam (e não vão) prevalecer. Entre uma aula e outra curtiram a liberdade divertida da bicicleta no que para muitos foi um passeio inédito pelo centro e zona sul da capital carioca. No nosso roteiro nada surpreende quem vive na capital ou já conhece, mas é uma descoberta incrível para quem é carente dessas oportunidades, como para quem nunca saiu do fundo da Baía de Guanabara. Vimos o deslumbre a euforia a cada nova paisagem, prédio ou atração.

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Para a TA é um privilégio e uma honra ter essa parceria com o Museu do Amanhã para renovar aquela sensação mágica da primeira pedalada, mesmo para quem já sabe andar de bicicleta. Esta que é a melhor invenção para conhecer, com sua própria força, um lugar novo, uma história nova, uma esperança nova de que cada vez mais pessoas tenham liberdade de escolha do que ser e fazer e capacidade para isso. A bicicleta, como a educação, não pertence à estrada, as virtudes das duas permitem que elas façam o próprio caminho.
Construa e eles virão, dê oportunidades e eles crescerão. Vamos de bicicleta?

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Transporte Ativo no Festival Internacional de Bicicletas de Carga 2022

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No final de outubro estivemos em Amsterdam para o ICBF (International Cargo Bike Festival), Desde 2012 os organizadores reúnem anualmente representantes do setor público e privado, empresas de logística, terceiro setor e público em geral, interessados em conhecer e incentivar o transporte de cargas por bicicletas e triciclos. Prática que pode melhorar a vida nas cidades pois diminui congestionamentos, melhora a qualidade do ar e ainda reduz os custos.

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Neste ano o evento buscou otimizar custos e dividiu o Pavilhão de Exposições com o evento World of e-mobility. Convidados a palestrar no salão principal levamos uma apresentação sobre a Cultura da Bicicleta de Carga no Rio de Janeiro. Na plenária, 30 europeus, americanos e asiáticos viram como as bicicletas tem um papel importante na entrega de cargas e encomendas na capital carioca, chamando atenção que 100% dos veículos são muito simples, até limitados em relação aos modelos utilizados no Hemisfério Norte. O que não impede a grande relevância das entregas por transporte ativo e que não são exclusividade do Rio de Janeiro. Recebemos avaliações e sugestões valiosas para ajudar a melhorar nossa atuação nesta área.

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Praticamente todos os expositores levaram exclusivamente cargueiras e triciclos elétricos para o Pavilhão, marcando bem o caminho escolhido no velho mundo para a descarbonização dos transportes de carga, embora essa predominância não seja uma unanimidade completa. Encontramos um expositor com uma belíssima bicicleta cargueira amarela (acima) inteiramente projetada e construída com muito esmero pelo criador da empresa ten:07.

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Na pista de testes pudemos experimentar excelentes cargueiras de produção e alguns protótipos o que deixa claro que a carga ainda será levada a pedal e a tendência é de aumento do uso das magrelas para este serviço. E que seja, preferencialmente com uso maior de modelos ativos que motorizados, mais caros e menos sustentáveis.

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Em Amsterdam é tímido uso de cargueiras levando mercadorias, de 10 a 20%, segundo Jost Sluijsmans no webinário “Where the Cargos, Bikes Go”, enquanto por aqui praticamente 100% das bicicletas de carga são usadas para entregas e serviços. Lá o transporte de crianças é mais comum e cresce segundo os locais, mas com grande predomínio de modelos eletrificados. Cargas são entregues com vans e caminhões motorizados, cada vez mais elétricos e, não raro, seguem a cartilha de parar em calçadas sem muita cerimônia. Sem dúvida é um demérito, mas como vivenciamos  em Amsterdam um respeito maior aos ciclistas é evidente o grande potencial de humanizar ainda mais a cidade com o estímulo ao uso das bicicletas para entregas na última milha, alinhando a logística de bens e serviços ao que já é modelo quanto à mobilidade de pessoas.

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Tivemos ainda a oportunidade de estar pessoalmente com Jos Sluijsmans e Tom Parr (de preto), organizadores do International Cargo Bike Festival e Melissa Bruntlett, Modacitylife que foi a anfitriã do auditório e das palestras.

Agradecemos ao Itaú Unibanco, por tornar possível a viagem para o evento e toda a troca de informações envolvida.

Pedalando pelo Bem-Estar

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   Suprir suas necessidades e se satisfazer com a vida. Este é um conceito de bem-estar e a bicicleta é mais uma vez uma forte aliada para esta virtude humana. Não só pela promoção da saúde do indivíduo (pelo exercício) e coletiva (transporte limpo), mas pela alegria de se mover pela sua própria força, sentindo o vento no rosto, o sol, a chuva, na máxima realização da liberdade.

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E no sábado passado, a convite do Setor Educativo do Museu do Amanhã, nos juntamos à programação do Dia do Bem-Estar, organizando um passeio pelo centro do Rio de Janeiro. A cada parada o historiador David, que já nos guia no Entre Museus Acessíveis, nos presenteou com pequenas aulas sobre nossa história, não tão agradável quanto o passeio, mas fundamental para o nosso bem-estar. É preciso conhecer suas origens para entender no que nossos antepassados erraram, garantindo assim que no presente e no futuro a saúde e o bem-estar coletivo sejam objetivos diários. Viver em sociedade é saber compartilhar espaços, respeitar o próximo e cuidar da cidade como se fosse nossa casa. Nada melhor que experimentar isso em bicicletas.

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Pedalamos juntos e em harmonia pela história da cidade vendo, ouvindo, refletindo sobre o passado, o presente e o futuro. Num lindo dia agradável e quente em que a companheira de duas rodas serviu direitinho para dar o ritmo de uma desejada evolução como seres humanos e sociedade, devagar mas sempre, leve e suave com plena satisfação pela vida, que é mais feliz para quem pedala.

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Pedalada Entre Museus Acessíveis – Setembro

EMAset1 A edição de setembro do Pedal Entre Museus Acessíveis foi realizada com 29 pessoas entre guias, pessoal do Museu do Amanhã, intérpretes de Libras e participantes surdos. Desta vez começamos pelo Cais do Valongo importante sítio histórico por ser o principal local de chegada de africanos escravizados ao Brasil. Novamente tivemos paradas na Praça XV, MAM e concluímos no Museu da República.

O dia quente e abafado não reduziu o interesse de todos pelas histórias e por conhecê-la pedalando. A cada parada o interesse aumentava e entre um ponto de parada e outro era visível e gartificante a alegria de todos os que estavam pedalando pelas ruas, ciclovias e boulevards do nosso roteiro. Uma ótima combinação para aproveitar o centro da capital carioca que tem muitos pontos de interesse com fácil acesso de bicicleta, a melhor maneira de circular entre eles.
E ontem mais cariocas foram apresentados a essa virtude da bicicleta e do Rio de Janeiro. Aproveite a cidade pedalando!

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Agradecemos o apoio da equipe do Museu do Amanhã e dos ciclistas voluntários. No mês que vem tem mais!
Programação e inscrições pela página do Museu do Amanhã clicando neste link.

4º Encontro Bicicletas e Meio Ambiente | Bicicletas e Saúde Pública

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Em de setembro tivemos uma edição muito especial do Encontro Bicicletas e Meio Ambiente. Desta vez o bate-papo girou em torno do Tema Bicicletas e Saúde Pública e tivemos a honra de contar com Marcelo Guimarães, engenheiro e pesquisador em Saúde Pública pela FIOCRUZ como o motivador do debate.
Marcelo é um entusiasta da bicicleta, mas trouxe embasamentos científicos, e sua percepções acadêmicas sobre o potencial da magrela em reduzir os problemas de saúde pública ligados ao uso exagerado de veículos motorizados no transporte. Os 12 presentes conseguiram se munir de mais informações e reflexões para dar ainda mais base a ações de promoção do uso da bicicleta e demais transporte ativos no dia-a-dia.
Nosso convidado fala de forma muito e ponderada, com conteúdo inédito e de qualidade, o que lhe confere uma propriedade incontestável quando afirma que a bicicleta é eficiente sim para reduzir os efeitos da poluição na saúde da população mundial e nas consequências secundárias. Mas os demais participantes também deram suas contribuições numa riquíssima tarde de conversas onde a troca de informações, impressões e até preocupações nos permitiu construir aquele conhecimento coletivo que nos impulsiona com mais qualidade e assertividade para uma sociedade mais ativa, com mais qualidade ambiental e saúde para todos.