Mais uma vez Rio de Janeiro

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As Zonas 30km, um conceito relativamente novo de “acalmia de trânsito”, cheios de geometrias, desenhos e normas, começa a se simplificar e se tornar mas prático e popular.

A simplicidade de uma via de 30km/h necessita menos sinalização, menor manutenção, gera maior segurança e a simples regulamentação desta velocidade para a via já traz tudo isso embutido.

Neste aspecto o Rio de Janeiro se mostra em dia com as tendências mundiais. Após o sucesso da implantação das Z30 em Copacabana, em 22 de setembro de 2009, muitas regiões da cidade pediram por sistemas semelhantes e já no próximo 22 de setembro nove novas Zonas 30 serão implantadas em diferentes bairros, da Zona Oeste à Zona Sul; Ipanema, Grajaú, Del Castilho, Anchieta, Bangu, Campo Grande, Santa Cruz, Jacarépagua e Ilha do Governador serão os bairros brindados com a novidade.

Que a tendência permaneça para que num futuro próximo tenhamos uma cidade com todas as suas vias residenciais com velocidades limitadas à escala humana.

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Veja também:
Um Número Mágico
Devagar e Sempre
Melhor a cada Por do Sol
Acalmia de Trânsito

Mais sobre o dia 22 de setembro 2010, no Rio de Janeiro.

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Diz aí! Não dá vontade de pegar essa bicicleta e sair pra dar 1 voltinha por aí?

Com 1 bicicleta se vai longe. Talvez não dê pra ir rápido como num Fórmula 1, mas com 1 pouco de treino o longe é bem possível. Em 1 dia, 1 semana ou 1 mês dá pra fazer 1 longa (ou curta) e prazerosa pedalada.
Com 1 pouco mais de dedicação podemos melhorar a saúde do corpo e do planeta. E assim também podemos manter 1 hábito que vai nos ajudar a economizar 1 bom dinheiro.
1 bicicleta simples, com 1 marcha te leva onde você quiser.
É muito simples pedalar 1 bicicleta, ainda mais se ela tiver apenas 1 marcha.

Caminhos da Serra

pedalando na serra

Para ter sucesso, quem luta em favor das bicicletas precisa aproveitar as oportunidades e agir quando for preciso, sem esperar que alguém faça por nós.

Saber aproveitar as oportunidades requer estar aberto e antenado, sem nunca fechar canais de comunicação. Também é preciso saber dizer não quando preciso, para ter foco. Uma boa dose de conhecimento técnico ajuda muito. Agir, colocar a mão na massa, exige comprometimento, e a clara visão de que o futuro se constrói hoje. Estar pronto para enfrentar o que vem após a curva.

Um excelente exemplo disto é o movimento para implantação da Trilha Verde da Maria Fumaça, na região central de Minas Gerais, entre Diamantina e Monjolos. O objetivo é possibilitar o deslocamento de caminhantes e ciclistas pelo antigo ramal ferroviário da região, criado em 1909. Que foi totalmente desativado em 1973, dentro da política rodoviarista da época.

antigo leito ferroviário

Durante cerca de 30 anos a “linha do trem” ficou abandonada. Apesar de estar sob responsabilidade do DNIT e as construções sob responsabilidade do IPHAN, passou a ser aos poucos vendida, alugada, roubada e ocupada ilegalmente. Recentemente, o trajeto começou a ser usado em atividades de lazer e estudo por ciclistas, caminhantes, cavaleiros, professores, estudantes e um novo olhar passou a conviver com as belezas e problemas do caminho.

Em 2000 uma expedição encabeçada pela ONG Caminhos da Serra percorreu a pé todo o trecho de Diamantina a Corinto. Desde então, vem sendo discutida a proposta de se criar a Rota de Ecoturismo da Trilha Verde da Maria Fumaça, com cerca de 100km de extensão.

trilha da maria fumaça

Por ser um percurso criado para o tráfego ferroviário, a Trilha Verde da Maria Fumaça não possui ladeiras acentuadas ou curvas fechadas, apesar do trajeto serpentear por entre escarpas da Serra do Espinhaço e haver um desnível de mais de 800m.

estrada para Diamantina

A Serra do Espinhaço possui como características marcantes os afloramentos de rochas quartzíticas entremeados por campos e pequenas faixas de matas, e recebeu da Unesco o título de Reserva da Biosfera. Além de passar por 7 localidades, ao longo da Trilha da Maria Fumaça existe um grande número de atrativos naturais.

Serra do Espinhaço

O destaque fica para os vilarejos de Barão de Guaicuí, com a Cachoeira do Barão, e as formações e sítios arqueológicos da Serra do Pasmar; e o vilarejo de Conselheiro Mata, com mais de 10 cachoeiras no seu entorno.

Conselheiro Mata

A Trilha foi subdividida em seis trechos, conforme as localidades existentes ao longo do trajeto, com distâncias propícias para viagens a pé ou de bicicleta.
Trecho 1: Diamantina a Bandeirinha – 16,6 km
Trecho 2: Bandeirinha a Barão de Guaicuí – 10,5 km
Trecho 3: Barão de Guaicuí a Mendes – 17,6 km
Trecho 4: Mendes a Conselheiro Mata – 24,4 km
Trecho 5: Conselheiro Mata a Rodeador – 16,5 km
Trecho 6: Rodeador a Monjolos – 14,4 km

Em 2009 foi criado o Grupo Gestor da Trilha Verde da Maria Fumaça, que já se reuniu com prefeitos, DNIT, IPHAN, Procuradoria do Estado de Minas, entre dezenas de outras ações. Há poucos dias, foi concluído um relatório de identificação e diagnóstico para indução e apoio de fluxo turístico, dentro do Programa de Estruturação do Circuito dos Diamantes (estância de governança regional do turismo).

O relatório apresentado identifica os principais problemas da trilha e apresenta as soluções necessárias. Foi elaborado pelos turismólogos Felipe Marcelo Fernandes Ribeiro e Maria Luar Mendes de Souza, sob a Coordenação Técnica de Hugo Araújo.

A Transporte Ativo parabeniza todas as pessoas envolvidas e apóia a excelente iniciativa.

  • Mais: vídeo “Expedição Trilha da Maria Fumaça”
  • As fotos foram tiradas numa cicloviagem feita de Santa Bárbara a Diamantina, em julho de 2009. Passei pelos trechos da trilha entre Rodeador e Conselheiro Mata.