Réveillon em Copacabana para pessoas

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Todos os anos Copacabana é palco do grandioso espetáculo de fogos. Todos os anos, milhões de cariocas e turistas deslocam-se até as areias de Copacabana.

O volume enorme de pessoas implica em uma organização logística dos deslocamentos e em um aprendizado constante da cidade. A restrição de acesso dos veículos motorizados ao bairro já é tradicional e somada as restrições de estacionamento limita a quantidade de carros e motos, resguardando a circulação de todos.

Desde a inauguração das estações do metrô em Copacabana, os trilhos entraram na equação logística, mas por sua eficiência tornaram-se também um componente a ser levado em consideração. As enormes filas de usuários depois da queima de fogos implica em uma barreira humana para os ônibus cruzarem o bairro.

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Em 2012 esse problema, espera-se, será solucionado através da completa restrição de veículos motorizados particulares e coletivos dentro de Copacabana a partir das 22 horas. Assim, depois da festa as pessoas deverão caminhar até fora de Copacabana para acessar os ônibus. Assim, ambulâncias e veículos de emergência poderão cruzar o bairro com facilidade, assim como taxis para deficientes.

Aos poucos nossas cidades aprendem a se readequar aos cidadãos, e o Réveillon em Copacabana é um bom ensaio para adequar a demanda de deslocamentos de muitas pessoas em festas e eventos no espaço público.

Leia notícia sobre as restrições de circulação motorizada em Copacabana no Réveillon 2013.

Mensagem de Boas Festas

O ano de 2012 já chega ao fim, é hora de se preparar para empurrar mais uma vez o pedal da bicicleta e seguir o ciclo.

Desejamos a todos um 2013 de muito transporte ativo. Força nos pés, nas rodinhas e no pedal!

E para quem ficou curioso pra saber como foi o ano de 2012 para a nós da Transporte Ativo, confiram nossa retrospectiva.

Nove anos de mais bicicletas

Foi no dia 22 de dezembro de 2003 que foi fundada oficialmente a Transporte Ativo. Lá se vão 9 anos muito bem pedalados, patinados e caminhados. Foram 368 ações, 619 aparições na mídia (uma a cada 5,5 dias). Na TV 101 vezes, rádio 42, web 303 e 173 em veículos impressos.

Só em 2012 foram 49 ações e 114 aparições em mídia, uma a cada 3,2 dias. Certamente o Rio de Janeiro, o Brasil e o mundo ficaram bem mais cicláveis nesses últimos anos. Temos muito orgulho de ter sido parte das mudanças em favor da bicicleta e de cidades feitas para pessoas.

Mas o caminho está apenas no começo e esperamos poder contar com os amigos, parceiros, apoiadores e ciclistas nos longos quilômetros por vir nessa jornada marcada por muito vento no rosto, aquele vento que muda o mundo através do prazer de cada pedalada.

O trânsito seguro de bicicletas

Bicicletas são veículos seguros por excelência capazes de manter velocidade graças ao esforço físico de seu condutor. Sendo essa dependência do ciclista seu maior trunfo.

É no entanto bastante comum ouvir comentários e dúvidas daqueles que por ventura ainda não pedalam quanto a segurança de se conduzir um bicicleta nas cidades. É uma pergunta difícil, que gera embaraço aos mais desatentos mas cuja resposta pode ser repetida com o mantra em relação a segurança intrínseca da bicicleta: sua limitação de velocidade de acordo com a capacidade do condutor.

Ainda assim, a segurança da bicicleta por si só, perde evidência em cidades com ruas e avenidas tomadas por veículos motorizados e altos níveis de estresse. O problema então deixa de ser a bicicleta e passa a ser o uso das ruas.

Nascida no século XIX, a bicicleta chegou ao século XXI firme, forte e capaz de desempenhar um papel que ficou esquecido em muitas cidades ao redor do mundo. O melhor meio de transporte em curtas distâncias e máquina mais eficiente jamais produzida pelo homem para a conversão de força muscular em movimento.

Para que o potencial da bicicleta seja devidamente compreendido e exercido, é preciso permitir que seus usuários desfrutem da segurança natural do veículo e essa segurança se constrói com intervenções diretas na pacificação da circulação urbana.

A lógica da velocidade motorizada em largas avenidas é um retumbante fracasso, tendo a degradação urbana e a inviabilização da circulação humana como consequências diretas. Discutir segurança dentro desse cenário tem de passar pelo debate e promoção de rotas seguras para deslocamentos humanos.

Nas cidades do século XX, foi introduzido um elemento novo, o automóvel. Para que ele pudesse circular em segurança, foi preciso confinar os pedestres nas calçadas e retirar todas as interferências das ruas. Nosso tempo é de reversão do uso do espaço urbano em favor das pessoas, e o caminho passa pela mudança do discurso em relação ao uso da bicicleta.

Candelária, rota de carga

Triciclos de Carga cruzam a Avenida Presidente Vargas

Dentro do projeto de ciclorrotas do centro do Rio de Janeiro, a quinta e última contagem foi realizada na terça-feira dia 11 de dezembro de 2012. O local dessa vez foi a Candelária, em plena Avenida Presidente Vargas na esquina com a Avenida Rio Branco.

Como já é tradição, alguns números saltam aos olhos. Enquanto na Praça XV do total de bicicletas que transitaram em 12 horas, 20,5% eram dobráveis, na Candelária impressionou o fluxo de triciclos de carga.

Triciclo de Carga e ônibus na avenida Rio Branco

Ao longo de 12 horas foram 305 triciclos, ou 48,7% do total de ciclistas que passaram no local. Outro detalhe que reforça a preponderância do transporte de carga no local é o horário de pico de trânsito de ciclistas. Entre às 11 horas e o meio-dia foram 70 ciclistas, bem acima da média do dia de 52 ciclistas por hora.

Alguns números da Contagem de ciclistas na Candelária:

627 ciclistas em 12 horas, média de 52 ciclistas por hora.

305 Triciclos 48.5%

619 homens 98.7%
8 mulheres, apenas 1.3% do total

Horário de Pico: 11 às 12 com 70 ciclistas
Horário de Vale: 18 às 19 com 23 ciclistas

Confira o relatório completo da Contagem de Ciclistas Candelária – Centro