Saúde e Liberdade

O programa Revista Jovem, produzido por alunos da PUC-Rio foi levou ao ar nesse último sábado uma reportagem tratando da bicicleta como solução para dois graves problemas humanos e urbanos. Falta de atividade física regular e excesso de engarrafamentos.

Quem ajudou a explicar melhor como alcançar os benefícios do uso diário da bicicleta nas cidades foi Eduardo Benhardt, ciclista diário e conselheiro da TA.

O programa Revista Jovem vai ao ar todos os sábados na Rádio Catedral FM, ouça abaixo o trecho sobre as bicicletas.

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Baixe aqui o trecho do programa.

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> Programa Revista Jovem.
> Rádio Catedral

Bicicletas a mais

A revista “Go Outside” deste mês publicou um excelente guia sobre a bicicleta na cidade. Vantagens, dicas, opiniões de quem entende do assunto, além de um excelente depoimento de um paulistano que por opção largou as quatro rodas a motor e hoje só usa duas rodas à propulsão humana na cidade.

O editoral da revista resume o espírito da publicação:

Temos o objetivo de difundir a prática das atividades ao ar livre, dos esportes de natureza e de aventura, assim como de ajudar a preservar o nosso playground. Acreditamos que, com o corpo mais bem preparado e em contato com a terra molhada, com o sal do mar ou com o vento de uma colina, nossas mentes também trabalham melhor.

A introdução sobre o especial da bicicleta na cidade traz um convite aos amantes da natureza e do esporte, em sua grande maioria, moradores das grandes cidades.

Não adianta esperar pela utopia – as magrelas têm é que sair às ruas e dominar o espaço que é delas por direito.

Hoje a maioria dos brasileiros já vive em cidades, é esse portanto o nosso habitat que tem uma série de necessidades especiais em relação ao meio ambiente não construído. Promover melhores formas de vida e que gerem menos impactos nocivos por parte dos citadinos é um desafio que tem de ser encarado por todos. De preferência, uma pedalada de cada vez.

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Leia a íntegra da reportagem “Um Carro a Menos” na revista Go Outside.

O Tempo da Carruagem

A bicicleta tem um papel importante na mobilidade urbana por ser a melhor forma de transporte individual. Quem pedala desconhece engarrafamento e está sempre em movimento mantendo velocidades médias iguais, independente do horário. As cidades do futuro necessariamente deverão encarar com seriedade esse meio de transporte que é herdeiro industrial do cavalo e necessita apenas da força humana para locomover-se por pequenas, médias e grandes distâncias.

Muitos já descobriram os benefícios de deixar o conforto da carruagem de lado em nome da mobilidade livre e a qualquer tempo que só a bicicleta é capaz de oferecer em nossas cidades. Um belo artigo de Ricardo Neves exemplifica, ainda que indiretamente, o papel dos ciclistas urbanos.

Pelo mundo afora já existem aqueles “pioneiros do tempo”, indivíduos que estão mudando, inovando e criando novos estilos de vida que vão lhes permitir ter maior controle sobre seus próprios destinos e maior qualidade de vida, incluindo formas de viver menos dependente do uso do carro.

Ou como escreveu Machado de Assis nas Memórias Póstumas de Brás Cubas:
Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos pudessem andar de carruagem”.

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> Leia a íntegra do artigo:
Quando todos tiverem carruagem
> Dicas do autor para tornar-se menos dependente do automóvel.
Parte 1 de 5
Parte 2 – Usar taxi
Parte 3 – Alugar carros
Parte 4 – Testar o transporte público
Parte 5 – Calcule os custos de um carro

Uma Mobilidade mais Saudável

Investir em melhorias na mobilidade dentro e fora das cidades é também uma necessidade de saúde pública. Os motivos extrapolam a qualidade do ar urbano. Precisamos cada vez mais investir em maneiras de transportar melhor não só as pessoas e bens dentro da nossa cidade, precisamos de meios que exponham a população a um risco menor de se envolver em acidentes rodoviários.

No ano de 1896 ocorreu a primeira morte por acidente automotivo no mundo. Hoje são 1,2 milhão de vidas humanas perdidas anualmente nas ruas e estradas do planeta. São dados da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, aproximadamente 35 mil vítimas todos os anos, mais de 80% do sexo masculino e metade do total tem até 25 anos.

Além da perda de vidas, no ano de 2006 os custos econômicos e sociais dos acidentes de trânsito no Brasil chegaram a R$ 24,6 bilhões. A solução para o problema requer uma mudança de paradigma na mobilidade. O fator humano é o maior responsável pelo aumento do número de acidentes de trânsito. É fundamental portanto educar a população em geral e os motoristas em particular acerca da responsabilidade de manejar um veículo automotor. Compartilhar a rua, zelar pela segurança de trânsito é dever de todos.

O Código de Trânsito Brasileiro já estabelece que cabe ao veículo de maior porte zelar pela segurança dos menores e todos, pela segurança dos pedestres. Já temos os requisitos legais, o caminho a seguir é reforçar a importância de cumprir-se a legislação de trânsito.

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> Agência Brasil:Acidentes de trânsito são uma das principais causas de mortes no país, aponta pesquisa.
> Organização Mundial da Saúde:
Semana Mundial de Segurança no Trânsito
World Youth Assembly meets to tackle road safety

Reflexões Urbanas

Uma profunda reflexão na revista Carta Capital número 441 trata sobre uma das mais importantes invenções humanas, o automóvel. A maneira como essa invenção moldou a economia e a vida social no entanto é motivo de ressalvas para a revista. De maneira resumida:

O automóvel é um dos propulsores do desenvolvimento contemporâneo, mas a paixão desvairada por ele ameaça a natureza e a civilização

Durante todo o século XX, os processos industriais foram os responsáveis por moldar a economia e também o comportamento humano. O imperativo da expansão econômica sem freios nos trouxe uma nova necessidade evolutiva, escolher como e quais ferramentas humanas usar sabendo o custo de cada uma delas, seja social ou ambiental.

Nos anos 20, Henry Ford provocou a maior revolução nos métodos de produção, gestão e regulação do capitalismo desde a invenção da máquina a vapor.

Cinqüenta anos depois a revolução fordista foi substituída pela revolução do toyotismo. Símbolos maiores do poderio da indústria automobilística, essas evoluções na maneira de fabricar bens materiais infelizmente não servem mais de modelo para as mudanças necessárias a sociedade humana do século XXI.

O futuro nunca chega e a necessidade de evolução nunca termina. Por isso, é no presente que se constrói o mundo como ele será amanhã. Os erros e acertos dos caminhos traçados no passado nos ajudarão a ajustar a rota para que a maneira que vivemos seja cada vez melhor.

Atualmente o bicho homem é um ser majoritariamente urbano. Assim, a trajetória para o futuro certamente será na direção de cidades voltadas para as pessoas e não para os processos industriais que moldaram o século XX.

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> “Piada Pronta
Texto do Apocalipse Motorizado sobre os caminhos urbanos
> O totem do capital – Revista Carta Capital. 25 de Abril de 2007 – Ano XIII – Número 441