Roupas são Opcionais

Nessa sábado dia 14 de junho uma massa de ciclistas diferente irá tomar as ruas. Será a edição paulistana da “Pedalada Nua Mundial” (World Naked Bike Ride 2008).

O lema da pedalada é simples, as vestimentas são opcionais. Cada um pode ir tão pelado quanto se sentir confortável.

Quem pedala sabe que liberdade é ter consigo apenas o que se pode carregar. Some-se a isso o ideal do naturismo de ter a liberdade de andar sem roupas de maneira mais harmoniosa com a natureza e temos uma massa crítica de ciclistas em harmonia com a cidade.

A “Bicicletada Pelada”, como toda a Bicicletada não tem líderes nem seguidores, é apenas uma coincidência organizada. Sendo ao sábado e com um tema festivo, é uma excelente oportunidade para quem não pode ir a bicicletada “tradicional”. Que sai toda última sexta-feira do mês em diversas cidades ao redor do mundo.

Detalhes:
:. sábado (14/06)
:. Praça do Ciclista: av. Paulista, alt. do 2440 (mapa)
Outras informações sobre a Bicicletada Pelada no ciclobr.

Mais:
Nakewiki.org
World Naked Bike Ride.org
World Naked Bike Ride – wikipedia

Bicicleta e Segurança

Pedalar pelas ruas de uma grande cidade é um mistério para quem está acostumado a ver o trânsito como um rio hostil por onde só devem circular os motorizados. No entanto, ser ciclista é parte do cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo.

Como apontou a recente pesquisa neste blog, os fatores subjetivos exercem uma grande influência sobre como as pessoas decidem se deslocar. As ruas e avenidas foram transformadas ao longo das últimas décadas em espaço para a circulação de automóveis. A sinalização viária, a pintura das faixas, as muretas. Tudo foi criteriosamente pensado para que quem dirige um veículo em velocidades inumanas, possa se sentir seguro.

Com o senso comum moldado dessa maneira, é natural que cause estranhamento a idéia de se lançar no rio caudaloso de máquinas a motor sem uma grande armadura. Mas as ruas podem e devem ser usadas pelos ciclistas. A vantagem maior é que cada bicicleta a mais ajuda a garantir a segurança de todos já que acostuma os motoristas a compartilhar as ruas.

A liberdade da bicicleta no entanto, deve necessarimente vir acompanhada de responsabilidade. As ruas não vem com manual de instrução, mas ciclistas experientes e a prática são capazes de desmistificar o saudável hábito de utilizar a bicicleta como veículo urbano.

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Mais:
Textos e dicas para um uso seguro da bicicleta como veículo.
Dicas de Segurança para pedalar nas cidades.
Espaços Compartilhados
Uma maníaca sobre rodas

Intervenções para os Pedestres

Uma animação simples exemplifica como pode ser mais fácil e segura a vida dos pedestres quando a mobilidade é pensada em função do fluxo de pessoas pela cidade. O conceito de “acalmia no trânsito” é o que mostra a animação abaixo, mais precisamente o das calçadas “levantadas”.

Visto em: Raised Crosswalk. Outros videos explicam o que é uma chincane e um desvio.

Mais sobre Acalmia no Trânsito.

O Silêncio Vale mais do que Mil Palavras

Hoje em Belo Horizonte e São Paulo ciclistas estarão nas ruas para um protesto diferente. Honrar com o silêncio as vítimas das ruas. Aqueles ciclistas que foram vítimas do trânsito motorizado.

Nada melhor do que a união de uma massa de ciclistas para abrir os olhos dos motoristas e ajudá-los a valorizar quem usa o veículo individual mais eficiente já inventado, nossa tão querida bicicleta.
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arte: Rex via: Pedalante e Apocalipse Motorizado

Mais:
Pedal do Silêncio em São Paulo
Pedal do Silêncio em Belo Horizonte 2008
Pedal do Silêncio BH 2007
Ride of Silence (EUA)
Ride of Silence (Reino Unido)

Vá de bicicleta para o trabalho

52% das pessoas que visitam este blog usam a bicicleta como meio de transporte diário. Deste total, 33% usam a bicicleta para ir ao trabalho e 19% como meio de transporte diverso (confira o gráfico).

ir ao trabalho – 100 – 33%
lazer – 69 – 23%
esporte – 63 – 21%
meio de transporte diverso – 57 – 19%
outros… – 9 – 3%
turismo – 8 – 3%
TOTAL = 306

O resultado parcial foi colhido na pesquisa lançada aqui no dia 30 de abril.
Perguntamos também quais seriam os motivos que impedem as pessoas de usar a bicicleta como veículo para o trabalho. O medo do trânsito foi apontado como a principal dificuldade, atingindo 26% das respostas. Em seguida, vem a falta de um lugar adequado para estacionar/guardar a bicicletas.
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(confira quais são os outros motivos citados para não usar a bicicleta)

Embora tenha sido feita sem critérios científicos ou rigor estatístico, mesmo assim achamos que a pesquisa fornece dados que merecem reflexão. O medo do trânsito e a falta de bicicletários representam 50% dos motivos para o não-uso da bicicleta. Mostra que os problemas concentram-se basicamente em poucas causas. Qualquer melhoria na segurança e na oferta de vagas para bicicletas pode aumentar o número de usuários da bicicleta nas cidades.
Numa análise global, por outro lado, os critérios subjetivos (ter medo do trânsito e achar incômodo o uso da bicicleta, 44%) são maiores que os fatores objetivos (falta de estacionamento e distância, 35%). Isto comprova que o uso da bicicleta depende muito de uma postura pessoal, do modo como cada um de nós vê o problema. Até que ponto, por exemplo, o incômodo do suor e da necessidade de trocar de roupa é maior do que o incômodo de ficar buscando vagas ou ficar presos em engarrafamentos??

Ir de bicicleta para o trabalho tem mais vantagens do que desvantagens. A Transporte Ativo preparou o folheto Vá de bicicleta para o trabalho para incentivar as pessoas a adotarem este hábito saudável e econômico.

Pense nisto. E divulgue!