Como construir ciclorrotas colaborativas.

Cerca de 30 pessoas estiveram presentes à oficina de avaliação de demanda para o sistema cicloviário no Centro do Rio de Janeiro.
Foram traçadas as rotas utilizadas hoje, as desejadas, pontuados os principais pontos de origens e destino, bicletários existentes e desejados, tudo em busca de uma rede coerente com a demanda existente.

A galera foi dividida em três grupos:
– G1 pessoas que pedalam pelo Centro,
– G2 pessoas que pedalam e gostariam de pedalar no Centro,
– G3 pessoas que não pedalam.

Além disso haviam quatro mapas:
– M1 Rotas utilizadas hoje e desejadas,
– M2 Origens e destinos,
– M3 Bcicletários, oficinas e equipamentos de apoio (chuveiro, bomba de ar) existentes e desejados,
– M4 Projetos existentes para o Rio sobrepostos para identificação de pontos de conflito e conexões.

Cada grupo trabalhou durante 30 minutos em cada mapa e agora o próximo passo é sobrepor todos os mapas produzidos durante a oficina para consolidar as rotas mais usadas e desejadas. Concluído o trabalho, haverá um novo encontro para validar os resultados e aí começar a próxima fase.

Ao mesmo tempo em que os mapas serão consolidados, haverão três contagem de ciclistas em diferentes pontos do centro do Rio, para medir e comprovar nas ruas o que foi apontado na oficina.

Quem quiser colaborar, até 5 de setembro estaremos recebendo rotas utilizadas e desejadas para incluir no estudo. Basta enviar um email para ciclorotas@ta.org.br para receber instruções de como contribuir.

Ciclorrotas de construção coletiva

O ano de 2012 tem eleições para prefeito Brasil afora, época de debates, propostas e promessas. Como forma de pressionar o próximo alcaide a estruturar uma rede cicloviária no centro da cidade, ciclistas cariocas se uniram para construir um plano completo de ciclorrotas cruzando toda a região central, uma rede que integra os bairros centrais e ao mesmo tempo une a Zona Sul à Zona Norte.

Com aproximadamente 22% do total de quilômetros da malha cicloviária, a Zona Sul foi pioneira com as primeiras ciclovias segregadas tendo sido concluídas no início dos anos 1990. Hoje a região tem uma malha diversificada, com ciclovias, faixas compartilhadas com pedestres, ciclofaixas, além de muitos quilômetros de Zona 30.

A Zona Norte do Rio até pouco tempo atrás contava apenas com a ciclovia ao redor do estádio do Maracanã. Essa malha tem crescido. No entanto entre a Zona Sul e a Zona Norte, o centro do Rio de Janeiro não tem qualquer infraestrutura cicloviária.

Para além do cicloativismo, a proposição de um plano estruturado é uma maneira eficiente de municiar os técnicos da administração municipal para que eles possam ter subsídios para aumentar a malha cicloviária. Uma estratégia que independe dos humores políticos e que se constrói para além do calendário eleitoral.

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