Dia das Crianças pra gente grande e pequena

Foto: Bira Carvalho

Foto: Bira Carvalho

Com quantos anos você se sente hoje?

Estamos em Outubro de 2020, atravessando a pandemia da Covid-19, e nos aproximando do Dia das Crianças, celebrado no Brasil no dia 12 de Outubro, que nesse ano será uma segunda-feira, feriado prolongado, que por conta da Covid-19 pode nem parecer feriado para muitas pessoas. Que tal uma reflexão, de pensar sobre como nós, adultos, temos a oportunidade de vivenciar livremente a criança que existe dentro de nós. Já pensaram nisso?

Nesse cenário, a bicicleta pode ser uma grande aliada para reviver momentos e fazer o que a gente não podia fazer sem autorização prévia dos nossos responsáveis. Pegar a bicicleta e sair pelo bairro, desbravar ruas, curtir o vento no rosto e não ter hora para voltar pra casa.. Agora que somos “gente grande”, podemos fazer o que se deseja, na hora que der vontade  Boralá?

Você já se apropriou da criança que existe dentro de você? Já fez com ela tudo o que você queria que tivessem feito com você? Já liberou sua criança para se divertir e sair pedalando por aí?

Que tal se sentir com 12 anos, com o coração pulsante, com vontade de pegar a bicicleta e sair por aí, pedalar, pedalar, parar numa praça e passar um tempo no gramado olhando o céu e tentando formar figuras com a dança das nuvens? A hora é agora, hora para viver a plenitude da criança que existe dentro de cada pessoa que se tornou “gente grande”.

Feliz Dia das Crianças para nós!

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Após dez meses os Jogos de Bicicleta voltam à ação, confira no site do Museu do Amanhã a programação para o Dia das Crianças e faça a inscrição de suas crianças.crianças.

Boas razões para usar uma Bicicleta Cargueira

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Em um momento em que as bicicletas estão se destacando no mundo em uma explosão de uso e vendas, devido ao enfrentamento à pandemia, vale a pena destacar os benefícios de triciclos e bicicletas de carga também. A TA, desde 2011 vem trabalhando o assunto e vez por outra escrevendo sobre ele. Para facilitar e recordar, fizemos aqui uma compilação de algumas postagens feitas ao longo dos anos sobre o assunto, para que você possa vislumbrar o alcance, a eficiência e a praticidade que estas bicicletas podem oferecer no dia a dia.

Iniciamos republicando aqui, os manuais do projeto City Changer Cargo Bike da European Cycle Logistics Federation que traduzimos e publicamos no final de 2019, que podem ajudar cidadãos, lojistas e até mesmo governos a tomarem decisão consistentes que envolvam o uso de bicicletas e triciclos.

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Promovendo as Bicicletas de Carga. 05/12/2019

A partir daqui, você encontrará diversos artigos sobre bicicletas de carga e triciclos,em ordem cronológica.
Biciclogística na pandemia do Novo Coronavírus. 08/04/2020
Dá pra levar quase tudo na bicicleta. 27/01/2020
Nova onda de SUVs nas ruas do país. 19/12/2018
Em busca de Culturas de Bicicletas de Carga: Rio de Janeiro. 31/08/2018
Bicicletas de Carga em destaque na Eurobike 2018. 13/07/2018
Saiba porque a Bicicleta de Carga é um investimento melhor do que comprar um carro. 26/07/2017
Seis razões porque as Bicicletas de Carga são uma grande ideia. 13/02/2017
Transporte Ativo na Celebração dos 200 Anos da Bicicleta.  20/09/2017
Divulgando as bicicletas e triciclos de carga do Rio para o mundo. 12/01/2017
Ciclo Orgânico e as bicicletas da compostagem. 20/12/2016
O potencial para o uso comercial de bicicletas de carga. 09/09/2016
Bicicletas a serviço das empresas. 26/07/2016
O uso das bicicletas de carga no bairro de Copacabana. 06/10/2014
Bicicletas de carga e ciclovias.  05/06/2014
Bicicletas de carga premiadas. 19/04/2013
Candelária, rota de carga. 18/12/2012
Transporte de Carga e Passageiros. 30/04/2012
Mais bicicletas de carga. 23/02/2011

Nossa pagina sobre o assunto: Bicicletas & Logística.

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Planejamento Cicloviário e os Desafios da Mobilidade no Enfrentamento ao Coronavírus

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Diversas cidades em diferentes países, seguem buscando soluções para a mobilidade em tempos de pandemia e pós quarentenas. Neste cenário as bicicletas tem se destacado e temos apresentado aqui parte dessa busca por alternativas e resultados de pesquisas e levantamentos. No Brasil, embora com intensidade bem menor, cidades também estão planejando neste sentido: Vitória – ES antecipou a implementação de ciclorrotas com o objetivo de incentivar o uso de bicicleta no período pós-pandemia. Belo Horizonte – MG implantou cerca de 30 km de ciclofaixas ligando as regiões leste e oeste da cidade e conectando ciclovias existentes, oferecendo uma opção segura neste momento de pandemia. Niterói – RJ requalificou ciclofaixas, iniciativa pensada como uma resposta aos desafios relacionados à mobilidade.

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Niterói – RJ ……….……….. Vitória – ES ………..………… Belo Horizonte – MG

Na seção “planejamento cicloviário” de nosso Banco de Dados, temos incluído novos manuais que vem surgindo sobre o  assunto. Pra facilitar, estamos publicando estes manuais aqui também.

Brasil – Curitiba – Infraestruturas Provisórias para Mobilidade Ativa – Cicloiguaçu. 
Berlim – Alemanha – Criando Espaços Seguros para Bicicletas em 10 Dias.
Lisboa – Portugal – Plano de Transformação do Espaço Público.
Cidade do México – Ciclovias Emergentes.
Estados Unidos – NACTO · Streets for Pandemic Response & Recovery.
Reino Unido – Gear Change: A bold vision for cycling and walking.
Proposta para NY – The Five Borough Bikeway NY. 

Bicicletas humanizam o patrulhamento por proximidade

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A bicicleta é sem dúvida uma invenção fascinante e muito útil. Por suas qualidades como baixo custo, simplicidade de uso, manutenção e estacionamento; capacidade de carga etc, naturalmente se tornou um veículo de importantes contribuições para a humanidade. Ela tem grande sucesso no uso para mobilidade, esporte, lazer, saúde, trabalho. Suas diversas qualidades multiplicam a utilidade e expandem as aplicações. Assim, a bicicleta também serve à segurança seja pública ou privada. Deslocamento rápido, fácil e aumento da distância percorrida pelos agentes são algumas das virtudes para adoção do nossa querida bicicleta pela polícia, por exemplo. Seja patrulhando, perseguindo criminosos ou atuando em eventos ela é aplicada como uma ferramenta multitarefa dos policiais.
Infelizmente ela também sofre com as falhas de julgamento e desvio de conduta que muitas pessoas praticam e eventualmente é mal utilizada, seja por policiais como por bandidos que as utilizam para assaltar.

A morte de um cidadão norte americano numa ação policial nos EUA motivou protestos intensos em várias cidades americanas. E as imagens do enfrentamento de guardas e manifestantes mostraram algo que muito incomodou quem gosta de pedalar: as bicicletas foram usadas pelos agentes da lei para agredir alguns manifestantes.

Pensando além dos motivos para a reação dos policiais é preciso entender que a bicicleta é utilizada mundialmente como um veículo para o patrulhamento de proximidade. Ao tornar o patrulheiro mais acessível à população incentiva-se uma relação mútua de confiança e parceria com os cidadãos que não se consegue com o uso de veículos motorizados, usualmente mais segregadores e opressores que as bicicletas.

Por outro lado, como os demais dispositivos destinados ao “servir e proteger”, ela infelizmente também pode ser empregada para agredir e oprimir. Não porque ela tenha sido projetada para isso, mas porque em toda decisão há espaço para escolhas boas e ruins.

Com treinamento adequado a bicicleta pode ser uma aliada dos profissionais que ajudam a manter a lei e a ordem combatendo os crimes cometidos pelos bandidos. Mas em uma sociedade mundial que ainda enfrenta o desafio de aumentar a justiça social; a equidade de gênero, raça, credo e os direitos humanos universais, usar bicicletas como arma contra manifestantes é vergonhosamente explicado. Mas não justificado! As imagens dos EUA ilustram bem o erro de julgamento e de metodologia para dispersar aqueles manifestantes.

Cabe a todos multiplicar as boas práticas, reprimir e condenar o mal, sem importar quem o pratica e com qual objeto para evoluirmos como cidadãos e como sociedade. A imagem carismática da bicicleta não será maculada pela violência cometida com ela. Se houvesse um placar mundial ela certamente estaria vencendo no quesito de bom uso. Quem pedala quando pode está sempre fazendo o bem sem olhar a quem.

Forte X Frágil

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O Código de Trânsito Brasileiro é claro: o maior deve zelar pela segurança do menor nas ruas. Esta regra, embora não esteja clara nas mentes e ações de muitos motoristas, bem como a percepção popular, tem ajudado a difundir a ideia de que ciclistas e pedestres são os componentes mais frágeis no trânsito. De fato, em caso de choque de um veículo motorizado com um destes dois o potencial de danos é grande (e agravado pelo contumaz excesso de velocidade). Mas em situações normais pedestres e ciclistas tem uma série de vantagens nas ruas das metrópoles, e até de algumas cidades médias que já padecem dos males do trânsito moderno.
Ciclistas não ficam engarrafados, portanto estão menos expostos à poluição – que faz muito mal em ambientes fechados como o de carros e ônibus presos no mar de veículos. Também estão menos sujeitos a assaltos visto que ficam menos tempo parados que os motoristas, mais suscetíveis a abordagens criminosas. Indo de bicicleta o estresse é menor, é mais fácil de estacionar (e a custo zero!), a saúde melhora e a economia de tempo, dinheiro e incomodação é enorme.
A bicicleta pode não ser a solução definitiva para o trânsito engarrafado, mas como este é cada vez mais comum e longo, torna-se uma opção por suas vantagens e por evitar a fragilidade que o automóvel impõe aos motoristas do século XXI.
Por fim, ciclistas e pedestres ajudam a humanizar o trânsito, lembrando a todos que a cidade é das pessoas e que o compartilhamento do espaço público é uma virtude da sociedade. Quando entendemos o próximo e nos respeitamos mutuamente nas ruas e calçadas, fortalecemos nossa comunidade, nossa cidade, nosso país e o mundo todo.

Saiba mais:
A exposição de ciclistas, motoristas e pedestres à poluição do trânsito.
Diferenças na exposição à poluição do ar por ciclistas e motoristas em Copenhagen.

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