Vai Longe 3ª Edição | Resultados

resultVL3

O Programa de Aceleração Vai Longe da Tembici já tem o resultado dos projetos selecionados que, de acordo com as necessidades apresentadas, dividirão os R$100.000,00 (cem mil reais) do edital, para implementar e executar até o final deste ano.

Ao todo, foram inscritos 51 projetos. A etapa de avaliação contou com a análise de um comitê de especialistas da Tembici e da Transporte Ativo, que selecionaram 14 finalistas para uma análise mais ampla através de entrevistas.

Agradecemos a todos os participantes desta 3ª Edição do Vai Longe, que compartilham o propósito de inspirar uma revolução global na mobilidade, por mais pessoas em mais bicicletas mais vezes. 🙂

Conheça os projetos selecionados:

Renata Falzoni Vai de Carro
vl3c
Produção de série de vídeos educativos de Renata Falzoni no volante de um carro, com dicas para motoristas de como se portar em relação a pedestres e ciclistas nas ruas. Com peças educativas, o projeto pretende provocar um olhar diferenciado dos motoristas para com aqueles que estão se deslocando de forma ativa. A ideia é criar empatia e com isso mudar o comportamento de quem dirige, a partir de uma consciência responsável de causa e efeito. Renata é formada em arquitetura e urbanismo e trabalhou por muitos anos como fotojornalista, videorrepórter e radialista.

Análise comparativa da segurança viária e do uso de bicicletas compartilhadas em cidades da América Latina: estudo piloto utilizando sensores inteligentes embarcados.
vl3b
O projeto busca relacionar o uso da bicicleta compartilhada com dados provenientes de sensores inteligentes e dados georreferenciados sobre segurança viária, como parte de uma parceria entre a Universidade de São Paulo e a Pontificia Universidade Católica de Chile. Para isso, será analisada a relação entre o uso da bicicleta compartilhada e a ocorrência de sinistros viários em cidades da América Latina onde a Tembici possui operação, o que será complementado pela avaliação da qualidade da infraestrutura a partir de um kit opensource de sensores embarcados: ruído, qualidade do pavimento e condições atmosféricas (por ex. material particulado, CO2 e NOx). A pesquisa será conduzida pelo professor da USP, Mateus Humberto.

Oficina Escola Bota Pra Rodar.
vl3a

O projeto Oficina Escola se propõe a oferecer um curso profissionalizante de mecânica de bicicleta para pessoas de comunidades periféricas contempladas pelo projeto Bota Pra Rodar, no Recife. A proposta visa criar uma rede de mecânicos que, como contrapartida da formação que receberem, contribuam no Bota Pra Rodar, um programa da Ameciclo em parceria com comunidades ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) do Recife que oferece sistemas comunitários de bicicletas compartilhadas. O projeto será realizado pela Ameciclo, uma organização da sociedade civil que busca transformar as cidades em espaços mais humanos, sustentáveis e democráticos por meio da bicicleta, lutando pelo direito à cidade em Recife e Região Metropolitana.

Reaproveitamento de banners para confecção de alforges para bicicletas.
vl3e

O projeto irá produzir alforges, bolsas e acessórios de bicicleta a partir de banners de eventos. A @gaia_alforges (empresa que produz alforges) bolsas e acessórios a partir de reaproveitamento de lonas de caminhão, irá fazer a capacitação de costureiras da comunidade e estas irão capacitar novas turmas – gerando renda e trabalho para as pessoas de Queimados, além de dar destino para resíduos reaproveitáveis. Pedala Queimados é uma ONG do Rio de Janeiro que tem como missão promover a transformação social através da bicicleta com foco na redução de desigualdades.

Veja também os resultados de 2021 e 2022.

O Vai Longe, foi agraciado com uma menção honrosa no Prêmio Parque da Mobilidade Urbana, na  categoria Iniciativas Privadas que Inovam e Transformam. 🙂

Pedalada Entre Museus Acessíveis | maio/2023

EMA231c

No retorno das Pedaladas Entre Museus Acessíveis 15 ciclistas surdos e 3 cegos inauguraram a temporada 2023 do já consagrado passeio guiado entre o Museu do Amanhã e o Museu da República. Com a renovação do projeto a previsão é de atender mais de 120 pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual em 7 rodadas.
Como no ano passado fazemos várias paradas para pequenas e valiosas aulas sobre a história da nossa cidade maravilhosa que fica ainda mais bela quando é explorada com bicicletas.

EMA231a

Na manhã do dia 20 de maio de 2023 partimos da Praça Mauá em direção ao bairro do Catete, mais especificamente para o belo jardim do Museu da República. Com paradas no Largo da Misericórdia e no Museu de Arte Moderna, educadores do Museu do Amanhã trouxeram histórias sobre o Carnaval e, com a ajuda da áudio descrição e de intérpretes de Libras, pessoas surdas e cegas são contempladas e incluídas em atividades culturais em que normalmente não conseguem participar plenamente.

EMA231b

Entre Museus Acessíveis é curtir a cidade em duas rodas numa bela manhã de sábado, conhecendo parte da história do Rio, compartilhando a cidade e convivendo com pessoas tão especiais.

X Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicleta no Brasil | Inscrições abertas!

 

Estão abertas as inscrições para a décima edição do Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicleta no Brasil! Até agora foram 9 edições, com 70 Premiações e 53 premiados, sendo 27 da Sociedade Civil, 24 de Empresas e dois do Poder Público. Desde 2014, a Transporte Ativo em parceria com o Itaú Unibanco, realizam a atividade que consiste em premiar as melhores iniciativas de promoção ao uso de bicicletas no país, nas categorias, Ação Educativa & de Conscientização, Levantamento de Dados & Pesquisas e Empreendedorismo.

Este ano os projetos vencedores em cada uma das três categorias receberão R$ 1.200,00 e terão participação garantida no II Encontro Carioca de Bicicletas de Carga, que acontecerá no Rio de Janeiro em Setembro, e onde será realizada a entrega de prêmios!

Saiba mais e Inscreva seu projeto clicando aqui.

Boas ideias merecem ser reconhecidas e homenageadas!

Conheça os resultados das edições anteriores.
2022  |  2021  |  2020  |  2019  |  2018   |   2017   |   2016   |   2015   |   2014

Preparar! Carga!

trab1

As comemorações do Dia do Trabalhador no Parque Madureira contaram com shows, serviços,…. e uma corrida, mas uma bem diferente. A Secretaria Municipal de Trabalho e Renda e a TA organizaram uma competição de entrega com bicicletas de carga neste 1º de maio. A premiação? Uma bicicleta de carga novinha.

trab2

Com oito inscritos e baterias de dois participantes vimos uma disputa acirrada para entregar ou buscar um saco de pedras com 15 kg num trajeto com 200 metros ida e volta. O público torceu e os ciclistas suaram para concluir cada bateria. No final um vencedor levou a bicicleta, mas todos se divertiram no evento que chamou a atenção de quem estava no Parque Madureira.

trab3

Nos últimos anos aprendemos a conviver com o termo precarização do trabalho e o serviço de entregas por aplicativos está no meio dos debates sobre emprego, trabalho, direitos e deveres de empregadores e empregados. Dar visibilidade e valorizar o serviço de entregas por bicicletas é um dos caminhos para que a sociedade discuta o tema de modo a melhorar o trabalho cotidiano dos entregadores. O evento do Dia do Trabalhador trouxe justamente essa pauta para a data comemorativa e teve a presença do Secretário Everton, um entusiasta da bicicleta e que está colocando a ciclomobilidade e a logística por bicicleta na pauta da Secretaria de Trabalho e Renda. Secretarias como Meio Ambiente e Juventude também estiveram presentes apoiando a iniciativa.

trab4

trab5

 

A bicicleta e a qualificação da pressa na vida moderna

DHAraras89

Campanhas e regulamentos de trânsito modernos e verdadeiramente focados na preservação da vida adotam diversas formas de acalmar os ânimos dos condutores de veículos motorizados nas ruas.
E a bicicleta? O que tem a ver com isso?
Como o veículo humanizado mais comum nas cidades o aumento do uso da bicicleta exerce um papel forte e natural na redução das velocidades praticadas por motoristas e motociclistas, sem a necessidade dos impopulares quebra-molas/lombadas e radares de velocidade.
Por outro lado, a falta de tempo é cada vez mais comum no nosso cotidiano e a bicicleta é, em várias situações, a forma mais rápida de se deslocar pelas cidades, especialmente as grandes, mas também nas cidades médias do Brasil.
Claro que ainda é preciso manter o senso de coletividade e não pedalar em uma velocidade relativamente alta nas calçadas, parques e afins. Pois aí você se torna o opressor, ameaçando a integridade de pedestres no espaço destinado para eles. Pensa bem! Não é porque algumas ruas tem trânsito hostil às bicicletas que você vai fugir para pedalar na calçada imitando a agressividade que motoristas praticam nas ruas para tornar a caminhada do pedestre menos segura.

Eis que surge e se consolida nas ruas um novo elemento, o veículo elétrico. Com poluição e ruído zero, baixíssimo custo de abastecimento e menor custo de manutenção que um motorizado a combustão, ainda que mais caros de se comprar. E, no caso dos ciclomotores e bicicletas elétricas, sem necessidade de emplacamento. Tudo isso embalado em um papel verde, bonito e brilhante de que é um veículo mais amigo do meio ambiente faz cada vez mais pessoas adotarem o elétrico. Girar a economia e atender os anseios dos consumidores é louvável, mas em meio  a tantas e boas intenções, é preciso considerar que a velocidade sempre seduziu mentes e corações.
E o elétrico, com sua forte aceleração tem conquistado cada vez mais o consciente e o sub-consciente dos seus condutores. Mas uma parcela dos humanos nascidos aqui (e o mesmo acontece em outras partes do mundo) deixa o bom senso e o espírito de coletividade em casa ou joga fora mesmo, e aí abusa. Nas ciclovias e ruas é crescente o conflito entre pedestres/ciclistas e ciclomotores elétricos conduzidos em velocidade incompatível. Aumentou a pressa e a vontade de correr, o elétrico atende a essa dupla ânsia por velocidade e o perigo é maior.
É claro que algo precisa mudar.
Com legislação e fiscalização diriam uns, com educação e conscientização diriam outros. Banir é um caminho obtuso, polêmico, adotado em algumas cidades, mas regulamentar tem sido o mais usual.
E aqui sugere-se um outro caminho.
Vamos qualificar nossa pressa, refletir sobre a relação da economia de tempo com aumento da insegurança. Até onde vale a pena correr (com elétricos ou não) para ganhar uns poucos minutos? O quanto de nossa pressa tem a ver com falhas de planejamento e organização antes de sair para algum compromisso? Sair atrasado e tentar compensar no trajeto é coerente e racional? Ou será que conduzimos rápido apenas por prazer/ satisfação com a velocidade?
Condutor de bicicleta, ou de ciclomotor elétrico, não precisa ter pressa pois será mais rápido que qualquer um no trânsito engarrafado. É um paradoxo, o veículo mais lento cumpre alguns trajetos mais rápido que os velozes a combustão. E se equilibrar a velocidade vai cumprir seu trajeto com muito mais tranquilidade, prazer e segurança, sem perder tempo. Saia mais cedo para ir mais devagar e chegar ao destino na hora desejada/marcada sem perder o tempo de aproveitar o espaço público de onde você mora, humanizando sua rua, seu bairro, sua cidade. Inverta a lógica da pressa para a lógica de qualificar seu tempo.

Vento e sorriso no rosto, mais calma na pilotagem e o trânsito vai ficar mais agradável e seguro por ação dos próprios condutores. Viva a sua cidade! Sem pressa e com gentileza!

Tem até música para embalar sua reflexão (letra abaixo):

Os curiosos atrapalham o trânsito
Gentileza é fundamental
Não adianta esquentar a cabeça
Não precisa avançar no sinal
Dando seta pra mudar de pista
Ou pra entrar na transversal
Pisca alerta pra encostar na guia
Pára brisa para o temporal
Já buzinou, espere, não insista,
Desencoste o seu do meu metal
Devagar pra contemplar a vista
Menos peso do pé no pedal
Não se deve atropelar um cachorro
Nem qualquer outro animal
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Motoqueiro caminhão pedestre
Carro importado carro nacional
Mas tem que dirigir direito
Para não congestionar o local
Tanto faz você chegar primeiro
O primeiro foi seu ancestral
É melhor você chegar inteiro
Com seu venoso e seu arterial
A cidade é tanto do mendigo
Quanto do policial
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Travesti trabalhador turista
Solitário família casal
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Sem ter medo de andar na rua
Porque a rua é o seu quintal
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Boa noite, tudo bem, bom dia,
Gentileza é fundamental
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Pisca alerta pra encostar na guia
Com licença, obrigado, até logo, tchau.
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual