Encontro Carioca de Bicicletas de Carga

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Ciclo-caixotes, carrinhos de supermercado com pedais e rodas grandes, caminhão sem motor ou simplesmente cargueiras. No domingo passado um pequeno encontro das grandes bicicletas de carga, não só pelo espaço para transportar como pelo impacto nas ruas cariocas. Impacto positivo, claro! Afinal de contas, levam de tudo para qualquer lugar, em silêncio, com emissão zero e baixíssimo custo.

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Convidamos amigos com cargueiras diferentes e comuns para uma reunião com bate-papo, oportunidade para conhecer, trocar experiências e pedalar no diferente. Foram muitas pedaladas experimentando diferentes modelos, na Bullitt da Transporte Ativo o grande barato foi levar passageiros para uma divertida pedalada onde normalmente vai a carga, assim foi possível experimentar tanto o conduzir quanto o ser conduzido. Como resultado prático colecionamos imagens de muitos sorrisos!

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As conversa sob a sombra obrigatória iriam facilmente até de noite, pois o assunto é grande como as caçambas e reboques. O sol e o calor estavam muito fortes e na hora da sede eis que passa um vendedor ambulante… num triciclo de carga! Nem precisamos pedir para ele parar e o interesse mútuo (dele nas cargueiras e nosso nas bebidas) rendeu um elemento a mais na conversa.

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boas razões para usar uma Bicicleta Cargueira e levar carga e passageiros em bicicletas não é novidade.. O Rio de Janeiro é uma cidade que já tem muitas entregas de cargas diversas como uma espécie de patrimônio imaterial da cidade, prática de logística cotidiana das mais importantes tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental e social. É a mais sustentável forma de fazer produtos e serviços chegarem ao seu destino no último quilômetro. E a pequena variedade de modelos está mudando aos poucos, numa clara sinalização que a prática está evoluindo naturalmente devido à sua relevância para a cidade como um todo.

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Mas, mesmo com os já tradicionais triciclos feitos por fábricas muito simples, alguns artesanais e até personalizáveis, o transporte de cargas leves, o comércio de rua e a prestação de serviços já tem nelas, as cargueiras, aliadas valiosas, versáteis e que já fazem parte do dia-a-dia do carioca. Quando isso começou? Décadas atrás! Quando vai terminar? Provavelmente nunca, em grande parte pelo caráter cultural do uso destes veículos.

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Cultura essa que esperamos possa continuar e evoluir, daí nossa participação no projeto SCAP Cargo Bikes da ECF em Parceria com o Distrito de Baixa Emissão criado pela Prefeitura do Rio (saiba mais aqui) uma oportunidade que a TA está co-gerindo com o Escritório de Planejamento (EPL) para inserir as bicicletas e triciclos de carga também na municipalidade.

O primeiro encontro carioca de bicicletas de carga pode ter sido modesto, mas houve interesse significativo de amigos, grupos interessados e do público em geral, confirmando a enorme relevância destes veículos fascinantes para a economia, o lado social e para o meio ambiente. Que seja o primeiro de muitos e que sigamos alimentando com informações, experiências e incentivos o uso cada vez maior das nossas grandes parceiras para que mais pessoas, pedalem mais vezes (e com mais carga!).        5

12Esse encontro faz parte do projeto SCAP Cargo Bikes.

Clique nas imagens para ver em tamanho maior.

Transporte Ativo no Festival Internacional de Bicicletas de Carga 2022

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No final de outubro estivemos em Amsterdam para o ICBF (International Cargo Bike Festival), Desde 2012 os organizadores reúnem anualmente representantes do setor público e privado, empresas de logística, terceiro setor e público em geral, interessados em conhecer e incentivar o transporte de cargas por bicicletas e triciclos. Prática que pode melhorar a vida nas cidades pois diminui congestionamentos, melhora a qualidade do ar e ainda reduz os custos.

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Neste ano o evento buscou otimizar custos e dividiu o Pavilhão de Exposições com o evento World of e-mobility. Convidados a palestrar no salão principal levamos uma apresentação sobre a Cultura da Bicicleta de Carga no Rio de Janeiro. Na plenária, 30 europeus, americanos e asiáticos viram como as bicicletas tem um papel importante na entrega de cargas e encomendas na capital carioca, chamando atenção que 100% dos veículos são muito simples, até limitados em relação aos modelos utilizados no Hemisfério Norte. O que não impede a grande relevância das entregas por transporte ativo e que não são exclusividade do Rio de Janeiro. Recebemos avaliações e sugestões valiosas para ajudar a melhorar nossa atuação nesta área.

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Praticamente todos os expositores levaram exclusivamente cargueiras e triciclos elétricos para o Pavilhão, marcando bem o caminho escolhido no velho mundo para a descarbonização dos transportes de carga, embora essa predominância não seja uma unanimidade completa. Encontramos um expositor com uma belíssima bicicleta cargueira amarela (acima) inteiramente projetada e construída com muito esmero pelo criador da empresa ten:07.

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Na pista de testes pudemos experimentar excelentes cargueiras de produção e alguns protótipos o que deixa claro que a carga ainda será levada a pedal e a tendência é de aumento do uso das magrelas para este serviço. E que seja, preferencialmente com uso maior de modelos ativos que motorizados, mais caros e menos sustentáveis.

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Em Amsterdam é tímido uso de cargueiras levando mercadorias, de 10 a 20%, segundo Jost Sluijsmans no webinário “Where the Cargos, Bikes Go”, enquanto por aqui praticamente 100% das bicicletas de carga são usadas para entregas e serviços. Lá o transporte de crianças é mais comum e cresce segundo os locais, mas com grande predomínio de modelos eletrificados. Cargas são entregues com vans e caminhões motorizados, cada vez mais elétricos e, não raro, seguem a cartilha de parar em calçadas sem muita cerimônia. Sem dúvida é um demérito, mas como vivenciamos  em Amsterdam um respeito maior aos ciclistas é evidente o grande potencial de humanizar ainda mais a cidade com o estímulo ao uso das bicicletas para entregas na última milha, alinhando a logística de bens e serviços ao que já é modelo quanto à mobilidade de pessoas.

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Tivemos ainda a oportunidade de estar pessoalmente com Jos Sluijsmans e Tom Parr (de preto), organizadores do International Cargo Bike Festival e Melissa Bruntlett, Modacitylife que foi a anfitriã do auditório e das palestras.

Agradecemos ao Itaú Unibanco, por tornar possível a viagem para o evento e toda a troca de informações envolvida.

Distrito de Baixa Emissão Rio & SCAP Cargo Bikes

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Foi lançado oficialmente hoje, o Distrito de Baixa Emissão de Carbono – DBE, coordenado pela Secretaria de Fazenda e Planejamento, através do Escritório de Planejamento – EPL, da SUBPAR. Este projeto é transversal e integra diferentes secretarias e parceiros externos, dentre eles a Transporte Ativo, na busca de um modelo de desenvolvimento de baixo carbono! Está alinhado ao Acordo de Paris e à agenda de desenvolvimento sustentável da ONU, os ODS.

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O DBE é uma das ações prioritárias do Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática e do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro. Dentre as atividades que compõem o DBE, está o projeto SCAP Cargo Bikes, uma parceria da European Cyclists Federation com a Transporte Ativo e o Escritório de Planejamento, com patrocínio da FEDEX. O Projeto, apelidado de Bicicletas de Carga para um ar mais limpo no Rio, já contou com workshops online para servidores e a doação de 7 bicicletas cargueiras para COMLURB, Conservação e Parques e Jardins, para experimentação delas no cotidiano de serviços municipais em unidades destes órgãos que atuam dentro e fora da área do distrito.

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Com uma equipe dedicada e motivada, formada pelos diferentes setores envolvidos, o projeto agora segue em frente, em 35 mil metros quadrados, que incluirão ciclovias, arborização, novas áreas de pedestres e ações de engajamento e participação cidadã. A primeira etapa é prevista para ser concluída até 2024 e a implementação completa até 2030. Que este projeto sirva de exemplo para outras regiões da cidade, outras cidades brasileiras e além!

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1º Encontro Bicicletas e Meio Ambiente | Bicicletas e Negócios Sustentáveis

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Semana passada iniciamos uma Série de Encontros sobre Bicicleta e Meio Ambiente, serão seis encontros até novembro, com apoio do Itaú Unibanco. Era uma noite chuvosa de sexta-feira e a sempre carismática bicicleta atraiu 12 pessoas para a sede da Ciclo Orgânico empresa de compostagem que utiliza triciclos e bicicletas para recolher os resíduos orgânicos nas residências dos assinantes do serviço. Fomos até lá para ouvir e debater sobre como a bicicleta pode ajudar na sustentabilidade das empresas ou como ela pode ser o eixo motriz de todo o negócio, que já nasce mais sustentável.

O idealizador do empreendimento, Lucas Chiabi ofereceu o mezanino da empresa em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro para contar sua história, como surgiu a Ciclo Orgânico e como os triciclos são fundamentais para o sucesso da iniciativa. A Ciclo Orgânico é um excelente exemplo de como é possível empregar um transporte ativo para inovar em um serviço que por si só já seria ambientalmente relevante. Mas o Lucas e sua turma levam a sustentabilidade muito a sério e, invertendo a “lógica” que carga precisa de motor para ser transportada, adotaram bicicletas e triciclos como veículos principais para a logística de sua operação diária. E deu super certo! Vários negócios usam a bicicleta em entregas e garantem eficiência com baixo custo, poluição zero e impacto social relevante.

Nos próximos meses vamos abordar outros aspectos e vertentes da relação da bicicleta com o Meio Ambiente. Fique ligado para saber quais serão os temas, quando e onde eles serão organizados.

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E as contagens de ciclistas seguem nos alimentando com dados!

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Em agosto, completamos as 10 contagens realizadas em parceria com ITDP Brasil, Labmob e a CET-Rio, e ainda realizamos mais uma em parceria com a Tembici. Esse dados irão alimentar alguns projetos cicloviários em andamento na Prefeitura do Rio.

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Pelo sétimo ano consecutivo nosso contador automático de ciclistas foi para Niterói, para em parceria com o Programa Niterói de Bicicleta seguir com a série histórica de contagens. Isso propicia uma excelente leitura da movimentação dos ciclistas locais e mostra a importância das ciclovias e ciclofaixas neste processo.

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Na terça-feira, dia 10 de agosto, contagens aconteciam simultaneamente na Av. Chile no Centro do Rio e na Av. Roberto Silveira, no bairro de Icaraí em Niterói, ambas com 12 horas de duração (7 às 19 hs).

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Temos mais uma contagem agendada para setembro, os números já coletados ainda estão sendo analisados e, quando somados aos da próxima contagem, nos trarão muitos dados e novidades para apresentar e ajudar a compreender nossos ciclistas!

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