Revolução Urbana em 72 horas

Via StreetFilms

Uma única rua foi aberta para as pessoas em apenas 72 horas. Os comerciantes foram contra, haviam muitas incertezas. O prefeito da cidade era Jaime Lerner, o ano 1972. Hoje, o calçadão da Rua XV de Novembro é rota preferencial para quem caminha no centro de Curitiba e passeio obrigatório para o turista.

Coragem e determinação foram responsáveis por uma pequena revolução urbana que colocou a cidade de Curitiba como um importante exemplo mundial na promoção a qualidade de vida. Somados aos corredores de ônibus, um transporte de massa rápido e fácil de ser implantado, a capital paranaense inspirou o mundo. Os sistemas de “canaletas” como dizem os curitibanos ou Bus Rapid Transit (BRT) na versão estrangeiras, se espalharam para diversas cidades do planeta.

Uma atitude inicial, tomada há mais de três décadas revolucionou Curitiba. Por lá os desafios hoje são outros e um dos motivos para que a cidade tenha crescido tanto, foi justamente a capacidade de atrair moradores. Todos atraídos a irem morar em um lugar cuja qualidade de vida ganhou fama mundial. Em pleno século XXI, o que era revolução em 1972, tornou-se uma necessidade urgente em quase todas as grandes cidades do mundo.

Fixação Ciclística

Simples e capazes de sofisticados movimentos, são as bicicletas de pinhão fixo. Chamadas “fixies” em inglês, são populares em Tóquio, Nova Iorque, Londres, Budapeste e etc… e se alastram mais e mais. Dois blogs no Brasil são focados nesse tipo de magrelas, o RodaFixa e o FixaSampa.

As fixas no entanto representam o tipo mais antigo de bicicletas, antes da invenção da roda livre. Já são mais de 110 anos de manobras. Desde 1899 até os dias de hoje.

Filmadas por Thomas Edison:

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Pessoas gostam de Água

Cidades costumam estar a beira mar ou na convergência de rios. O motivo não poderia ser mais óbvio, o bicho homem precisa de água para sobreviver e procurou sempre fixar-se em áreas em que esse recurso natural estivesse amplamente disponível. Mas os rios e o mar tem um valor a mais que não se pode beber. A paisagem.

Duas estações do ano, dois continentes e a mesma presença massiva das bicicletas a beira mar.

Copenhague no verão:

Rio de Janeiro no inverno:A Media Player is required.

Reconstruindo o Mundo

Brooke Fraser é uma cantora gospel da Nova Zelândia que, além de ter um rosto bonito e uma voz marcante, usa seu sucesso para ajudar as vítimas de genocídio na África.

Albertine, canção mostrada no videoclipe, foi escrita em homenagem a uma menina órfã que Brooke Fraser encontrou em Ruanda. Ao som de versos fortes como

agora que eu já vi
sou responsável
a fé sem atos é morta

o vídeo traz imagens das pessoas de Ruanda, com rostos sofridos e marcados. Ao mesmo tempo, mostra cenas com bicicletas, algumas singelas e até belas, como a sequência no final do clipe.

Num mundo destruído que se reconstrói, a bicicleta está presente e ajuda seguir em frente.

Veja mais:

Assim em Copenhague como no Japão

Um olhar dinamarquês em Tóquio. A maravilha da propulsão humana na região metropolitana mais populosa do mundo. São pedestres e ciclistas para todos os lados mas sem deixar faltar o estilo despojado. O vídeo foi visto primeiro no Copenhaguen Cycle Chic, blog referência na promoção ao uso da bicicleta através da valorização da beleza e da moda sobre duas rodas a pedal.

Copenhagen Cycle Chic – Tokyo Nights – Turning Japanese from Colville Andersen on Vimeo.

O mundo todo está ficando um pouco mais japonês pelas bicicletas por todos os lados e ao mesmo tempo o Japão está ficando parecido com o resto do mundo com mais e mais ciclistas nas ruas. É a marcha inexorável da história.