Mais Rápido de Bicicleta

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Imagens – Edu

Assim na vida como no trânsito, menos é mais. Um passeio no tráfego pesado do Rio de Janeiro ilustra a superioridade do transporte à propulsão humana no uso do espaço urbano. Devagar e sempre 3 ciclistas e uma câmera ilustram através de imagens em movimento que o bom uso das ruas é uma possibilidade tanto quanto uma necessidade.

Como diz o CTB, lugar de bicicleta é na rua. Ao compartilharmos o espaço, mostramos aos motoristas a fluidez possível em meio à imobilidade. Parafraseando Chico Science: uma pedalada a frente, e não estamos mais no mesmo lugar.

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Clique para baixar o vídeo: “Vou mais rápido de Bicicleta

Bicicleta Integrada

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Foto retirada do Apocalipse Motorizado

Integrar a bicicleta aos meios de transporte de massa é uma questão fundamental para a mobilidade das cidades. Em São Paulo, aos sábados e fins de semana isso já é possível. Uma video reportagem de Renata Falzoni ilustrou a recente inauguração.

No entanto, cidades no exterior, o acesso dos ciclistas aos trens é facilitado e permitido em qualquer hora. Naturalmente que ninguém têm a idéia infeliz de usar o metro lotado na hora do rush carregando sua bicicleta. Prevalecendo o bom-senso e uma infra-estrutura mínima dentro dos trens, bicicletas e transporte de massa tem muito a se complementar.

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Em São Francisco, a bicicleta tem espaço nos trens.
Foto de Jym Dyer

Aniversário do Rio de Janeiro

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Primeiro de março é a data oficial de fundação da cidade do Rio de Janeiro, como presente de parabéns um jornal local brindou a população com uma reportagem sobre o que se está fazendo para que a Cidade Maravilhosa seja cada vez melhor.

Pedalar, certamente é contribuir para um Rio ainda mais lindo. Para os olhos, para o ar que se respira e pelo silêncio que usufrui a cidade. Que o ano que se inicia seja melhor que o que terminou e melhores sejam os que estão por vir. Uma pedalada de cada vez.

Segue a reportagem:
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Fúria Automobilistica

Um carro, importado com almofadinha de camisa social rosa, causa pequena colisão por trás com bicicleta em cruzamento.

O ciclista pede ao motorista para descer para verificarem os danos.

O motorista diz “Sai da frente que estou com pressa”.

O ciclista então se senta ao capô do carro dizendo que não sai da frente e que o motorista não pode fugir do local do acidente. O motorista avisa que vai passar por cima e arranca com o ciclista sentado no capo, tomando o cuidado de desviar da bicicleta para não danificar o carro.

Durante a arrancada, o ciclista começa a esmurrrar o capô do carro e o motorista “ziguezagueia” para tentar derrubá-lo, nisso o ciclista desliza para a lateral e se agarra ao espelho retrovisor e ao limpador de pára-brisas para não cair. O motorista já tomado pela “road rage” não pára e segue por meio quarteirão parando apenas devido aos gritos da esposa dentro do automóvel.

Descontrolado, o motorista desce do carro e começa a esbravejar que tem que ir embora o ciclista diz que não antes de pedir desculpas e compreender que estava errado.

– Você é o que MALUCO fica andando de bicicleta no meio da rua, disse o motorista.

Vale dizer que se tratava de uma rua residencial, com carros estacionados em ambos os lados e apenas uma faixa de rolamento. Eu vinha pedalando poucos metros à frente, estávamos em velocidade totalmente compatível com a via e o motorista já havia buzinado.

Esbravejando, o motorista ainda acusou o ciclista de estar drogado, citando o nome de várias drogas. Confusão formada o carro parado no meio da rua, a multidão, o engarrafamento que se formou atrás. Cidade grande no final da tarde.

A primeira coisa que o ciclista disse depois do “surfe rodoviário involuntario” foi: “Tire o seu carro do meio da rua pois está atrapalhando o trânsito e estas pessoas nada tem a ver com isto”. O motorista continuou com seu “ataque”.

Chegou a autoridade, um PM do batalhão de Turismo que pegou o documento do ciclista mas não pegou o do motorista. Surgiram vários personagens nesse meio tempo, a grande maioria inclusive pedestres dava razão ao motorista inclusive um com jeito de segurança particular que tomou logo as dores do motorista e disse que “qualquer coisa tô ali na isquina“. Alguns poucos transeuntes, que se aproximaram mais para dar sua opinião pessoalmente, defendiam o ciclista com vários argumentos corretos, como: “ele não pode agredir uma pessoa com seu carro”.

Digno de nota a presença de um senhor francês de bicicleta, testemunha ocular de tudo e que dizia:

“Tudo para o almofadinha de rosa e nada para nós ciclistas”. Ele ainda repetia cada xingamento e dizia” *#@# anote isto, e &*###% anote isto também ele além de atentar contra sua integridade física ainda está te xingando e fazendo acusações, anote a placa dele”. Disse tudo isto na maior tranqüilidade enquanto o ciclista tentava explicar o incompreensível. Levou um “totó″por trás tentou dialogar, o motorista tentou fugir, ele sentou no capo para tentar impedir e foi arrastado pelo automóvel.

O soldado PM pediu que alguém chamasse um colega na esquina para proceder com a ocorrência. A esta altura o policial do Batalhão de Turismo já havia percebido quem estava fora de controle e tentava sem sucesso acalmar o motorista. Este, sem nunca acalmar-se chegou a despeitar o militar e por isso foi severamente repreendido.

O PM e o segurança do Hotel em frente tentavam promover uma conciliação. Buscavam demover o ciclista da idéia de proceder a ocorrência. Durante essa negociação o motorista soltou “Mas ele não teve dano material algum, prejuízo zero e veja meu capô!”. Certamente ele se esqueceu que havia ofendido e difamado publicamente o ciclista. Além de ter colocado sua vida em risco.

A PM de trânsito não chegava, a multidão se dispersou, o ciclista tentou em vão uma reconciliação, pedindo desculpas quando quem deveria estar se desculpando era o motorista. Que não aceitou o pedido de reconciliação assim como não admitiu estar errado.

O ciclista insistia em ir a delegacia, mas O PM o segurança do hotel e um amigo o aconselhavam a deixar de lado e evitar toda a apurrinhação que viria a seguir, com resultados dúbios e a longo prazo. Fomos todos embora e o local voltou a normalidade.

O ciclista saiu abatido por ter sido agredido física e moralmente e o motorista sai com um bom prejuízo material que vai lhe custar alguns poucos milhares reais, mas continua achando que tinha razão. Possivelmente na próxima vez que ele se aproximar de um ciclista, pense duas vezes antes de tomar qualquer decisão.

> “Road Rage” é um termo que pode gerar reflexões, como as do Apocalipse Motorizado.
Ou pode ser definido em vídeo.

> Exemplo definitivo e real:

> Exemplo cômico:

> Exemplo Dramatizado até as últimas conseqüências.

Alguns casos que se tornaram famosos:
Ciclista surrado em Ponte e Pancadaria em Kensington.

Das infrações

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Estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovias ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público. Infração Grave.

O Código de Trânsito Brasileiro ampara legalmente aos mais frágeis, ciclistas e pedestres.

CAPÍTULO XV – DAS INFRAÇÕES
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

Esse amparo legal não costuma no entanto ser de conhecimento de todos, sejam habilitados para dirigir veículos auto-motores, sejam ciclistas ou pedestres. A legislação para ser efetiva necessita de uma série de fatores, dentre eles, ser conhecida pelos órgãos da lei e os cidadãos em geral.

Não basta portanto o amparo legal, é necessário que ciclistas e pedestres conheçam seus direitos e deveres e o restransmitam da melhor maneira possível.

Aos que dominam o inglês, vale assistir a um vídeo de um pedestre que foi internado como louco por confrontar diretamente o espaço dos veículos motorizados. Seja nas calçadas alemãs, seja nas ruas. São atitudes que podem ter um efeito negativo e principalmente gerar mais agressividade. Mas servem como reflexão para que se busque cidades mais humanas com mais e melhores espaços para as pessoas.