A importância da acessibilidade

Para os pedestres, uma calçada mal conservada é sinômino de desconforto e muitas vezes acidentes. Um estudo de 2005 feito no Hospital das Clínicas de São Paulo atestou que a circulação de pedestres é na verdade um enorme problema de saúde pública. São milhares de casos todos os anos que oneram os custos dos hospitais que também geram um enorme prejuízo econômico para a sociedade.

Já para um cadeirante, calçadas sem condições de circulação representam um custo ainda maior, a perda de acesso à cidade. De maneira consistente ou com improvisos, garantir o direito de ir e vir à pessoas com mobilidade reduzida ganha a devida atenção em nossas cidades. É a luta em prol do que se convencionou chamar de acessibilidade, ou “desenho universal“.

Ao reforçar a lógica de pensar primeiro no mais frágil, o planejamento urbano garante acesso à todos. Sejam ciclistas nas ruas ou os cadeirantes nas calçadas. Parabéns aos irmãos Ramon e Thomaz Ballverdu que junto com Marcelo Silva, produziram o vídeo que ilustra esse post. Moradores de Pelotas, nenhum dos três é cadeirante, mas sabem da importância de uma cidade inclusiva.

Com informações de:
Parkour Roulant: atletismo sobre rodas – Pelotas, Capital Cultural
Cerca de 100 000 pedestres caem e se machucam nas calçadas todos os anos – VejaSP

Manual Circuitos de Cicloturismo

http://www.ta.org.br/bicisc.jpg

O Cicloturismo é uma atividade em crescimento em todo o mundo, atraindo cada vez mais praticantes.

Tendo em vista que muitas cidades possuem atrativos para o cicloturismo, um conjunto de organizações acaba de lançar um manual de incentivo e orientação para que municípios brasileiros possam promover Circuitos de Cicloturismo em suas regiões.

Saiba mais sobre a iniciativa direto no Blog da Rede Catarinense de Mobilidade Sutentável, Bici-SC.

Esporte de velocidade em circuito fechado

The First Belgian ROLLAPALUZA – The movie

Homem e máquina em uma disputa com muita adrenalina. Os ouvidos são preenchidos pelo arfar do sprint final, pelo bate papo entre amigos e o brindar de garrafas.

Desde o ano 2000 uma equipe inglesa tem buscado popularizar novamente o que em inglês se chama “roller racing”, ou, em uma tradução literal, corrida de rolo. Tudo muito simples, divertido e muito parecido com o que se fazia em durante o século XX nos teatros, palcos de cinema, etc. Bem parecido com o que acontece no filme Bicicletas de Belleville, mas com as bicicletas à frente da tela.

Mais do que uma atividade física para quem pratica, o esporte tem um importante papel de socialização e integração entre os espectadores. Aqueles que envolvem a bicicleta merecem, nos dias de hoje, mais destaque pela valorização da simplicidade e do papel lúdico dessa máquina tão bonita e cheia de usos.

Outra vantagem da bicicleta é que a mesma bicicleta fixa que se usa nas corridas de rolo, pode te levar até o “show” com tranquilidade. Já para os que gostam de esportes motorizados, a recomendação oficial é deixar o carro em casa. Seja para a Formula 1, ou o Salão do Automóvel. Faz pensar sobre a viabilidade de cada veículo em nossas cidades.

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A síndrome de hamster

Há algum tempo atrás, nasceu o termo “geração saúde”, eram pessoas que buscavam alimentação saudável, exercícios físicos, uma vida ativa.

As academias de ginástica souberam “explorar esse mercado”. Daí para invenções bizarras e adaptações de exercícios físicos ao ar livre foi uma evolução gradual e que desnudou um processo negativo de transformação das pessoas em “hamster de laboratório”.

A bicicleta perdeu rodas e virou ergométrica, a corrida passou a ser feita em uma esteira eletrônica e até inventaram uma máquina de subir escadas sem sair do lugar, o transport.

Claro que existem diversos pontos positivos em lugares fechados para a prática de atividades físicas. No entanto é de fundamental importância que as pessoas possam usufruir de espaços públicos e abertos para a prática de esportes ou atividades físicas.

O horizonte de possibilidades é vasto e cada corredor amador que treina depois do trabalho pelas calçadas do bairro ou o ciclista solitário que se lança veloz por estradas e pistas expressas são a representação de uma demanda reprimida.

Investir em espaços públicos ajuda a melhorar a mobilidade e a saúde da população. Investimento de duplo retorno para o poder público e que de quebra combate a síndrome de hamster.

O futuro já está sendo da retomada das ruas. Não é de se estranhar que até mesmo máquinas de simular subir escada possam ganhar rodas e serem usadas para o deslocamento.

Vídeo via: Update or Die!

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Porquinhos pela floresta

Vivemos na sociedade do culto ao corpo. É uma forma das pessoas encontrarem-se a si mesmas e reagir à sociedade de consumo que transforma gente em consumidores.

Mesmo que o próprio corpo tenha se tornado objeto de consumo – basta ver as capas de revistas e propagandas que usam corpos sensuais para vender de tudo – os exercícios físicos e a valorização do corpo são uma forma de autoconhecimento, de se encontrar no mundo. Devemos sim cuidar do corpo, da saúde. Malhar, correr, pedalar. Por isto, atletas são modelos para a sociedade. Ou deveriam ser…

Porque não basta apenas pensar em si mesmo.

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Após a última Meia Maratona Internacional do Rio, em apenas 2 quarteirões foram encontrados 76 pacotes vazios de aditivo energético pelo chão.

lixo pelo chão

lixo deixado por atletas

A pergunta que fazemos é: se os atletas carregavam os pacotes cheios no bolso, por que jogá-los vazios na rua??

Talvez seja para diminuir o peso morto. Sabe como é, depois que bate o cansaço, um grama faz muita diferença. Carregar o flaconete até o lixo mais próximo seria um esforço sobrehumano, capaz de causar tontura e até desmaio, VO2max!
lixo

Mas depois de pesquisar muito, na internet, nas academias e nos manuais, nós encontramos a verdadeira resposta: o lixo jogado no chão marca uma trilha, como aqueles miolos de pão que os porquinhos deixavam pela floresta para encontrar o caminho de volta.