TA 18 anos Promovendo o uso das Bicicletas

Esse mês a TA fez 18 anos! Desde 22 de dezembro de 2003 buscamos promover as bicicletas e seus similares. Até agora foram 872 ações, 1725 mídias entre TVs, Rádios, Impressos e web, mais 2 milhões de downloads do material disponível no banco de dados do site, com destaque para os mais de 160 mil downloads do CTB de Bolso, que teve ainda 200 mil impressos distribuídos em diversas cidades do país.

Diversos projetos, publicações, sendo algumas em mais de um idioma, traduções, mais 300 palestras, apresentações e seminários em 52 cidades de 17 países, onde levamos nossa mensagem, aprendemos muito e fizemos muitos amigos. Ao longo do caminho, prêmios nos motivaram, recebendo e concedendo, algumas ações se espalharam pelo país e ainda fomos fundadores e conselheiros da UCB e WCA.

Tudo isso só foi possível devido as pessoas que pedalaram junto, o time da TA, voluntários, patrocinadores, parceiros e entusiastas pelo mundo afora. O Rio de Janeiro, o Brasil e o mundo ficaram bem mais cicláveis nesse período e temos muito orgulho de fazer parte destas mudanças em favor da bicicleta. Agradecemos a todos que estiveram conosco em algum momento, os que pedalaram conosco, debateram, criticaram, trocaram ideias, ou simplesmente ajudaram a levar os transportes ativos para outro patamar no dia a dia das cidades, que a cada dia recebem mais pessoas pedalando mais bicicletas, mais vezes!

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Um dos workshops promovidos pela TA, esse em 2015, repleto de parceiros 🙂

Seguimos pedalando, pois ainda há muito a ser feito!

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Lançamento WCA em Adelaide, Austrália, 2014

Desde 2014 em Adelaide na Austrália, estávamos envolvidos com a criação de uma organização intercontinental, que pudesse representar as bicicletas e seus usuários aos grandes órgãos de fomento e lideranças mundiais, como Banco Mundial, OMS – Organização Mundial de Saúde, OCDE – Organização  para Cooperação e Desenvolvimento Econômico,  dentre outras. Na intenção de apresentar o potencial das bicicletas para o desenvolvimento humano e das cidades, sua economia e saúde, além da preservação do meio ambiente, nasceu a World Cycling Alliance – WCA. O objetivo e motivação principais, eram similares aos que buscávamos ao fundar a TA e a UCB: representatividade local, federal. Mas no caso da WCA é a representatividade mundial levando informação de qualidade para incluir a bicicleta nas discussões sobre cidades, países, planeta!

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Encontro do Conselho WCA em Taipei, Taiwan 2016.

Foram diversos anos de encontros, discussões e debates virtuais, quando isso ainda era incomum, para aos poucos elaborar estatuto, diretrizes, objetivos da organização e como alcançá-los.

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Encontro do Conselho WCA em Nijmegen, Holanda, 2017.

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Formalização e lançamento oficial da WCA no Rio de Janeiro, 2018.

Após 4 anos, chegou-se ao texto do estatuto em vigor, a WCA era lançada formalmente, com sede em Bruxelas na Bélgica e sua primeira diretoria e conselho eram oficializados, com representantes dos 7 continentes.

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Agora, em Outubro de 2021, chegou ao final o primeiro mandato, alguns diretores/conselheiros saíram, para dar espaço a novas cabeças e pensamentos que possam melhor representar seus continentes. Outros optaram por seguir em um segundo mandato, o que de certa forma é bom, para que o histórico não se perca por completo. Raluca Fiser, presidenta, Amanda Ngabirano e Zé Lobo deixaram seus cargos. sendo substituídos por um novo grupo que agora tem o desafio de levar adiante essa construção e consolidar a organização, tornando-a mais conhecida, presente e atuante.

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Novos participantes da diretoria/conselho parecem decididos e capazes de vencer o desafio! A nova representante da América do Sul é a atual presidenta da UCB, Ana Carboni, que teve sua candidatura indicada e aceita na Assembleia Geral que aconteceu no dia 15 de outubro. Abaixo uma breve apresentação da Ana, por ela mesma. Já nos reunimos e seguiremos apoiando-a, trazendo a memória do que já se passou e ajudando no que for possível para tornar a Aliança Global pela Bicicleta uma organização que faça jus ao que ela representa.

IMG_5181Com certeza chegaremos aonde desejamos, pode levar tempo, mas é um caminho a ser seguido. Uma história muito parecida com a da UCB, também fundada no Rio, em 2007, que começou tímida e pequena mas hoje, mais de uma década depois, segue crescendo, ocupando cada vez mais e melhor o espaço que busca e representando os usuários de bicicletas, em Brasília. Vemos um futuro muito parecido para a WCA, que em breve certamente alcançará seus objetivos e espaço nas decisões planetárias.

Obs.: Os desafios da Ana Carboni, são ainda maiores, pois é a única representante mulher no conselho, além das barreiras já conhecidas, terá o desafio de levar mais mulheres para decidir mundialmente sobre as bicicletas.

Obs².: Já que citamos o lançamento da UCB aqui, em breve faremos uma publicação semelhante a essa, sobre a entidade e seus caminhos!

Inspirar nos Motiva II + Fase de Campo Perfil Ciclista 21

Cada vez que vemos iniciativas da TA inspirando iniciativas semelhantes, sendo reaplicadas, seja usando uma metodologia na íntegra, adaptada à realidade local, ou sendo utilizadas em estudos, guias ou manuais, mais motivados ficamos para seguir adiante.

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Recentemente, as vésperas da fase de Campo da Pesquisa Perfil Ciclista 2021 brasileira, temos a grata notícia de que a Cidade de Villavicencio na Colombia, já foi à campo este ano e já finalizou sua Pesquisa Perfil Ciclista 21. Alias o fizeram também em 2019, fazendo edições bienais, ao invés de treinais, como as nossas.

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Tomamos conhecimento também, de que o caderno Mobilidade por Bicicletas, da coleção Mobilidade Urbana de Baixo Carbono, do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Ministério de Desenvolvimento Regional, utilizou dados da Pesquisa Perfil Ciclista 2018 no capítulo “Contexto da mobilidade por bicicletas no Brasil”. O que nos deixa muito felizes, uma vez que nosso principal objetivo ao coletar dados é torná-los conhecidos, para que possam alimentar estudos, projetos e soluções que promovam o uso de bicicletas.

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Conhecer esses desdobramentos às vésperas da fase de campo, que aliás já se iniciou em diversas cidades, como Campinas, Petrópolis e Mogi das Cruzes, nos dá certeza da importância deste projeto e seu alcance. Já em sua terceira edição, sempre em parceria com Labmob, Observatório das Metrópoles, patrocínio do Banco Itaú e parcerias e engajamento de diversas cidades que se voluntariam para a coleta de dados locais, como Organizações da Sociedade Civil, Universidades e Governos, seguiremos em busca de dados que ajudem a compreender melhor a realidade das bicicletas em nosso país, para que se possa planejar baseado em dados. Fevereiro 2022, é a previsão de publicação dos dados coletados, enquanto isso, os dados das duas edições anteriores em 2015 e 2018,  e mais informações sobre a pesquisa podem ser encontrados aqui. Boa leitura!

PS.: Existem também, quem use a metodologia ou tem ela como base, apresentam o processo, mas sequer citam a origem 😉
Isso também nos motiva!

Bicicletas no Plano Estratégico do Rio de Janeiro

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O Plano Estratégico da Cidade, do qual participamos através do Conselho da Cidade, foi apresentado recentemente. Nem sempre é oferecido à Sociedade Civil participar das decisões que direcionam o possível futuro de nossas cidades, mas dessa vez, foi possível aos cariocas dar sua contribuição através do Participa.Rio.

As bicicletas estão lá, presentes e com boas perspectivas até 2024. Veja abaixo a Meta nº20 do tema transversal Longevidade, Bem-Estar e Território Conectado.
meta20Para chegar neste número, foram levantadas as distâncias necessárias para fazer as conexões entre as infraestruturas existentes e levá-las até os terminais de transporte público. Ou seja, são 485 km de novas infraestruturas, praticamente dobrando a malha cicloviária atual. Mas, para que funcione de verdade e esse número seja real, será necessária uma revitalização / manutenção de toda a malha existente, que conta com alguns pontos muito mal tratados e com outros que simplesmente desapareceram, após algumas obras e falta de manutenção preventiva.

Conheça o Livreto de Apresentação do Plano Estratégico da Cidade, e veja como foi todo o processo e algumas de suas diretrizes.
Abaixo o Mapa Cicloviário Carioca, clique na imagem para visitar.

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Vai Longe – Conheça os premiados

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O Programa de Aceleração Vai Longe da Tembici já tem o resultado dos projetos selecionados que, de acordo com as necessidades apresentadas, dividirão o prêmio de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) para implementações e execuções, até o final deste ano.

Ao todo, foram inscritos 40 projetos, a etapa de avaliação contou com a análise de um comitê de especialistas da Tembici e da Transporte Ativo, que selecionaram 10 finalistas para uma análise mais ampla.

As organizações selecionadas foram: Bike Favela – Oficina de ciclocidadania; Bike Anjas Multiplicadoras – Formação virtual para mulheres; Roteiro Digital – Autoguiado da La Ursa Tours.

Conheça um pouco de cada iniciativa:

VLK (1)Bike Favela • “O BikeFavela é um projeto que busca oferecer condições que favoreçam as mulheres, a comunidade LGBTQIA+ e as pessoas com mais de 50 anos a pedalar de forma empoderada. Esse empoderamento é composto pela compreensão crítica da nossa realidade urbana e dos deslocamentos urbanos, das regras, riscos e limitações dos meios de transporte nas cidades, e, sobretudo, das possibilidades e potencialidades da ciclomobilidade urbana. O projeto vem sendo realizado na Favela da Vila Prudente (São Paulo/SP) desde setembro de 2020, mobilizando diretamente mais de 40 pessoas ao longo de 16 oficinas. Os ciclos de formação contam com 3 encontros, que envolvem a exposição de informações técnicas de forma conectada com a prática do uso da bike na cidade. As parcerias permitem que o curso seja oferecido de forma gratuita para a comunidade: além da monitoria, disponibiliza-se o empréstimo de bicicletas e as passagens de metrô para as aulas de integração. A formação começa pelo entorno da favela, passa pelo território, e logo expande os horizontes por meio da integração da bicicleta com o metrô. Nessa nova fase, o projeto terá, também, a adição de uma oficina voltada para o uso das bicicletas compartilhadas. A iniciativa é realizada em colaboração com o Movimento de Defesa do Favelado e a Pastoral da Igreja São José Operário. O projeto é implementado pela Ana Paula de Lima e a Diana Santos, empreendedoras sociais e ativistas engajadas que residem no território, e pelo Lucas Bravo Rosin, empreendedor social que dá suporte na construção e consolidação da iniciativa.”

VLK (2)Bike Anjas Multiplicadoras • O projeto Bike Anjas Multiplicadoras tem como objetivo disseminar conhecimento e boas práticas sobre bicicleta e autonomia de mulheres abordando temas como: pedalar de forma segura na cidade, conforto, mecânica básica e legislação (Código de Trânsito Brasileiro). Vamos estimular mulheres a usarem a bicicleta como meio de transporte por meio de uma cartilha virtual construída coletivamente pelas Bike Anjas do Brasil e realizaremos encontros virtuais para abordar os temas da cartilha. As participantes serão convidadas a se tornarem voluntárias multiplicadoras do aprendizado com o intuito de transformar a vida de mais mulheres, tudo de forma virtual para mulheres de diversas regiões do país.

VLK (3)Roteiro Digital – La Ursa Tours • O Roteiro Digital/Autoguiado da La Ursa Tours pretende oferecer alternativas de roteiros, feitos por bicicletas, que não dependam da presença de um condutor para acontecer. A ideia é dar a opção para as pessoas saírem de casa e praticar uma atividade física (reduzindo o sedentarismo e melhorando a qualidade de vida) de forma barata, segura, educativa e lúdica.

Mais uma ótima parceria com a Tembici, esperamos que o resultado alavanque os projetos premiados e que estes alcancem seus objetivos, para que cada vez mais pessoas usem mais bicicletas, mais vezes 🙂