Bicicletas Públicas em Cidades Brasileiras

Final do encontro "Bicicletas públicas em cidades brasileiras - acertors, erros e desafios"

Final do encontro “Bicicletas públicas em cidades brasileiras – acertos, erros e desafios”

Pela primeira vez, sociedade civil, poder público e iniciativa privada reuniram-se para discutir os desafios e oportunidades para as bicicletas públicas no Brasil.

Foi o encontro “Bicicletas públicas em cidades brasileiras – acertos, erros e desafios” que ocorreu no dia 27 de novembro no Studio-X no Rio de Janeiro. Foi uma oportunidade única para que agentes públicos e sociedade pudessem trocar informações e experiências sobre o tema.

A grande roda quadrada país afora é um desenho institucional de sistemas de compartilhamento de bicicletas. Cada cidade tem uma regra e há uma insegurança jurídica para que novos operadores entrem nesse mercado que já é global.

Ainda temos um longo caminho a ser alcançado para garantir que mais pessoas utilizem bicicletas públicas mais vezes. Mas há um grande consenso que onde já existem sistemas funcionando, o compartilhamento impulsiona melhorias.

Victor Callil, Cebrap

Victor Callil, Cebrap

Um retrato em números atesta uma distribuição por gênero e por renda diferentes do perfil do ciclista regular. No geral, mulheres no pedal são sempre minoria, sempre muito longe de representar a realidade populacional longe do selim. Nas bicis públicas o retrato é  bem diferente, a distribuição é em geral bem próxima dos 50% entre homens e mulheres.

Perfil de renda também é um componente de nota. São muitas pessoas com renda para acessar quaisquer meios de transporte na cidade, particulares ou públicos, mas que optam por pedalar, em geral de maneira integrada ao transporte público.

Há desafios a serem vencidos, mas o retrato é de que cada vez mais as bicicletas de aluguel precisam ser encaradas como o que de fato são, sistemas de transporte individual de uso público capazes de trazer mudanças positivas para todas as cidades.

Eficiência, eficácia e efetividade

Durante a apresentação do ITDP, foram abordados o que logo se apelidou dos três Es das bicicletas públicas: eficiência, eficácia e efetividade. A realidade brasileira ainda está centrada no primeiro ponto, em busca de sistemas eficientes que atendam as demandas e anseios da população e das administrações locais.

Operar um sistema de bicicletas públicas é ter uma rede que precisa de uma série de requisitos para serem bem sucedidos. O ITPD elaborou algumas referências para obter sucesso em um manual exclusivo, disponível em português. O maior aprendizado no entanto está nos dados a serem analisados para se alcançar o sucesso.

Através dos dados públicos das Citi Bikes de Nova Iorque, é possível desbravar um caminho para conhecer quem usa e o quanto usa esse meio de transporte individual de uso público.

No Brasil, ainda temos um longo caminho a ser alcançado para garantir que mais pessoas utilizem bicicletas públicas mais vezes.

A lista de presença

Estiveram presentes: Governo do Estado de Pernambuco, Prefeitura do Rio de Janeiro, Prefeitura de São Paulo, Prefeitura de Belo Horizonte, Prefeitura de Niterói, Prefeitura de Porto Alegre, Anouk Bags, Ciclovias Invisíveis, Roda Mundo, BH em Ciclo, Ciclocidade, Rodas da Paz, Bike Anjo Salvador, SERTTEL, Ameciclo, Mobilidade Niterói, Mobicidade, Transporte Ativo, UCB, Observsatorio das Metrópoles, LabMobSus PROURBE UFRJ, Estado do Rio de Janeiro, ITDP, iFluxo, CEBRAP e Itaú.

Conheça quem usa a bicicleta no Brasil

Perfil_Ciclista_Brasileiro-2015-CAPA

Para preencher uma lacuna onde até então havia escasso conhecimento sobre os usuários e o uso da bicicleta como transporte urbano no Brasil, nasceu o Perfil do Ciclista Brasileiro. Iniciativa da Parceria Nacional Pela Mobilidade em Bicicleta, união de organizações ao redor do Brasil em prol de quem pedala.

Foram entrevistados 5012 ciclistas em dez cidades das diferentes regiões brasileiras: Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Para isso, foram a campo, durante os meses de julho e agosto de 2015, mais de 100 pesquisadores.

Como aplicação imediata dos dados coletados e analisados nesta pesquisa, temos o fornecimento de subsídios para que gestores públicos, urbanistas e outros atores envolvidos formulem uma agenda mais precisa e robusta de políticas públicas e ações de promoção do transporte cicloviário.

Uma revolução em curso

Há uma revolução acontecendo nas cidades brasileiras tendo como protagonistas os ciclistas urbanos: as bicicletas são vistas com cada vez mais frequência nas ruas.Estamos vivenciando o nascimento de uma cultura de mobilidade urbana emergente – focada nos pedestres e ciclistas – em resposta aos desafios sociais, econômicos e ambientais enfrentados pela sociedade brasileira.

Apesar dos avanços alcançados, a condição atual das cidades brasileiras está longe da ideal. O padrão de desenvolvimento urbano hegemônico ainda traz o carro particular como protagonista e relega ciclistas e pedestres ao segundo plano. Esta situação tem levado nossas cidades ao colapso e revela a urgência de uma inflexão no modelo de desenvolvimento urbano brasileiro.

Muitos são os desafios, mas acreditamos num futuro melhor com a transformação das cidades brasileiras em ambientes convidativos aos ciclistas. Buscamos um modelo de cidade democrática e acessível.

Saiba mais:
Perfil do Ciclista Brasileiro – 2015, o livreto
Perfil do Ciclista Brasileiro – 2015, o relatório
 Perfil do Ciclista Brasileiro – (Observatório das Metrópoles)

 

Apresentação do Perfil do Ciclista Brasileiro

Perfil_Ciclista_Brasileiro-2015-bicicleta

A primeira pesquisa brasileira sobre o perfil dos ciclistas urbanos com abrangência nacional será lançada no dia 26 de novembro no Rio de Janeiro.

Estarão presentes todas as organizações que tornaram esse projeto possível. Representantes  de Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo irão encerrar a apresentação da pesquisa com um pequeno balanço dos resultados locais.

O dia no entanto começa cedo. Após as devidas boas vindas e apresentações, “A importância dos dados para a promoção do uso de bicicletas“, palestra de Jonas Hagen, pesquisador da Universidade de Columbia University, consultor e conselheiro da T.A.

Juciano Rodrigues do Observatório das Metrópoles e Victor Andrade do Laboratório de Mobilidade Sustentável PROURBE – UFRJ irão fazer um balanço geral com “A Pesquisa Perfil do Ciclista e seus Dados“. Na sequência, Zé Lobo apresenta as médias nacionais.

Saiba mais:

A pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro é uma iniciativa da Transporte Ativo com patrocínio do Itaú e equipe técnica do PROURB – UFRJ e Observatório das Metrópoles. As organizações parceiras foram Ciclourbano (Aracaju), BH em Ciclo (Belo Horizonte), Rodas da Paz (Brasília), Pedala Manaus, Mobilidade Niterói, Mobicidade (Porto Alegre), Ameciclo (Recife), Bike Anjo SalvadorCiclocidade (São Paulo) e União dos Ciclistas do Brasil.

Como fazer cidades coletivas e divertidas

Produzir espaços urbanos de interação social é o objetivo de qualquer cidade que funcione em prol das pessoas. Mas o desafio ainda está por ser vencido.

Um exemplo de interação social mediada por dispositivos móveis é o aplicativo Swarm, iniciativa da empresa Foursquare para que as pessoas possam brincar e competir pela supremacia de estabelecimentos e marcos urbanos. O jogo se desenvolve com dois objetivos, um na escala entre amigos, outro na escala urbana tendo desconhecidos como adversários. Basicamente é preciso visitar lugares e pela pontuação dessas visitas, superar o ranking de pontuação dos amigos. A outra competição é pelo troféu da “prefeitura”, ou posse, de qualquer um dos lugares mapeados na cidade.

Todo o jogo, alimenta o banco de dados do desenvolvedor, que assim pode comercializar publicidade e serviços direcionados e qualificar a plataforma de curadoria de estabelecimentos Foursquare.

Jogos no contexto urbano

Utilizando o mesmo conceito do jogo via celular, é possível imaginar usos para além da simples diversão. Foi exatamente o que fez o artista Thomas Laureyssens na cidade de Gante na Bélgica.

Como projeto na Universidade de Gante, Thomas utiliza jogos,  intervenções lúdicas e ferramentas de participação para promover espaços urbanos de interação social. A novidade está em utilizar a diversão como balão de ensaio na construção coletiva de cidades.

Moradores de dois diferentes bairros competiram durante um mês para ver qual grupo fazia mais pontos durante uma semana.  A pontuação era sempre dada individualmente, mas o número de pontos em geral aumentava nas interações coletivas. A soma do total obtido pelos moradores do bairro dava o ranking geral.

Um vídeo no TEDxGhent explica a iniciativa:

Cidades colaborativas

Exemplo máximo de jogo de planejamento urbano, SimCity é basicamente a construção de cidades ditatoriais. O jogador é um tirano vitalício que concede benesses e modifica o espaço ao seu bel prazer. Os habitantes são apenas dificuldades algorítmicas, protestam quando determinadas condições pré-programadas pelos desenvolvedores dos jogos não são satisfeitas.

O modelo SimCity quando aplicado à realidade se transfigura quase à perfeição na cidade de Dubai, ou até mesmo no plano urbanístico de Lucio Costa para Brasília. A necessidade urbana atual envolve necessariamente democracia participativa, exatamente por isso o jogo precisa ser colaboração e trabalho coletivo.

Dos tabuleiros e telas para as ruas

Uma excelente comparação entre diversão e possibilidades tecnológicas para a construção de cidades sustentáveis é o Transport Tycoon, atualmente disponível para dispositivos móveis e em uma versão aberta e colaborativa chamada OpenTTD. O objetivo do jogo é operar uma empresa de logística levando insumos, bens e pessoas entre os destinos. Assim como na realidade, o transporte sobre trilhos e a cabotagem são as maneiras mais eficientes de levar alguma coisa de um ponto a outro.

Ferramentas de eficiência logística hoje estão disponíveis para que sejam possível organizar e otimizar frotas de transporte. Sejam centros de operação e controle (CCO) de trens metropolitanos, sejam ferramentas como o Apache Hadoop, capaz de armazenar uma enorme quantidade de dados georreferenciados para promover melhores serviços logísticos.

Tempo e espaço são, afinal, apenas dados. Seja na realidade dos pixels ou na concretude terrena.

Jogos e cidades, fronteira de possibilidades

A integração entre jogos, cidades e planejamento urbano é ainda um horizonte de possibilidades a ser desbravado. Mas o entendimento do ser humano como animal lúdico e competitivo, nos permite vislumbrar usos e possibilidades para interação e colaboração de maneiras cada vez mais adequadas para a cidade ideal das pessoas.

 

Sabia mais:

The Future of the City: Crowd-Sourcing & Gamification for City 2.0
The Mathematics of Gamification – Foursquare
Play social in the city – Thomas Laureyssens

Aprendizados de uma nova ciclovia

O planejamento cicloviário em implantação no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, é um exemplo de aprendizado coletivo em favor da bicicleta. Uma comunidade que se uniu e colaborou com o poder público, que fez a sua parte.

São várias soluções nos diferentes trechos, sempre na tentativa de equacionar o principal conflito em todas as ruas: espaço. Há sempre a busca pelo tênue equilíbrio entre as necessidades das pessoas a pé, de quem opta pela bicicleta e das que compõem o fluxo motorizado.

O início da transformação cicloviária de Laranjeiras

Laranjeiras e Cosme Velho são bairros contíguos, tendo no largo do Machado, e sua estação de metrô o grande centro do bairro, já quase no Catete. As distâncias são em geral muito curtas ou pouco práticas de serem percorridas de ônibus e longas demais para uma caminhada. A bicicleta é portanto ferramenta de excelência para a população.

Havia então um grande potencial ainda não realizado para o uso das bicis. A pedalada inicial para dar caldo no volume de pessoas em bicicleta foi em 7 de setembro de 2011 com uma bicicletada pelo bairro. Uma massa crítica que ganhou as ruas pedalando e agora, aos poucos, a população local vê chegar a infraestrutura cicloviária permanente.

Primeiro foi preciso entender o cenário. Uma primeira contagem, feita na rua das Laranjeiras em 05 de outubro de 2011 contabilizou 978 bicicletas em um período de 12 horas. Um novo levantamento foi feito em 12 de setembro de 2012 e dessa vez foram 1.265 ciclistas e 3 pessoas de skate.

Para comemorar o mês da mobilidade daquele 2012, teve ainda pedalada e uma vaga viva. No espaço normalmente utilizado para o estacionamento de veículos motorizados, a população pôde conhecer o projeto de ciclovia realizado pelo arquiteto e morador, Rodrigo Azevedo, que unia Cosme Velho e Laranjeiras ao metrô, à ciclovia do Aterro, e a Botafogo. O espaço foi também uma pequena ágora para debater caminhos, rotas e trajetos, com o objetivo de amadurecer o desenho da ciclovia com a ajuda de quem pedala pelos bairros todos os dias.

Do ativismo ao papel e daí para as ruas

A lógica pensada para ordenar o fluxo motorizado, era um desincentivo para o uso da bicicleta e até mesmo um risco. Desvios longos, trechos na contramão, calçadas apertadas e compartilhadas com bicicletas. Era esse o cotidiano.

Dentro do planejamento cicloviário feito por uma empresa especializada com o auxílio da população, o cardápio de opções e soluções possíveis foi sendo montado. Mais do que encaixar a bicicleta, era preciso acalmar o trânsito motorizado e facilitar a fluidez das pessoas em bicicleta com segurança.

Só com muita observação do comportamento dos ciclistas nas ruas era possível definir as linhas de desejo, entender o comportamento das pessoas e prever necessidades para quem gostaria de pedalar. E tudo isso deveria vencer eventuais resistências em nome da fluidez motorizada vindas da Secretaria Municipal de Trânsito e da CET-Rio.

Além disso, sempre chegavam novas opiniões de pessoas interessadas, mas que não estavam familiarizadas com cada uma das dificuldades já percorridas e vencidas ao longo do processo.

Chega uma hora que é preciso decidir fechar a porta das colaborações e tocar para frente. A unanimidade é uma ilusão e por hora ainda não fomos capazes de alcançar a solução ideal, ainda mais frente ao desafio imposto pelo rodoviarismo urbano, que ainda resiste. .

Primeiras experiências

Uma experiência real é fundamental para sentir como as soluções estudadas e desenhadas funcionam no asfalto e concreto. São apenas primeiras impressões, mas ajudam a concluir um pouco dessa longa e coletiva pedalada.

O trecho do Largo do Machado até o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) é bem gostoso de pedalar, navegar com tranquilidade em meio a trânsito intenso é uma delícia. O único desconforto é em frente ao Liceu Franco-Brasileiro, com uma calçada minúscula e um grande fluxo de pedestre. O privilégio de espaço para os motorizados precisa ser revisto ali urgentemente.

Em frente ao INES as coisas começam a ficar truncadas. Perde-se muito tempo para atravessar a rua e o volume de pessoas e bicicletas é muito pequeno para a pequena ilha em meio ao intenso fluxo motorizado. A ciclovia que segue na calçada é tranquila, com pequenas invasões no ponto de ônibus, mas sem maiores problemas. Há um pequeno contorno ao redor do largo na entrada da Rua Leite Leal, seria mais fácil seguir reto, mas na ausência de fluxo motorizado, é um trecho tranquilo.

Problemático mesmo é o trecho em frente à Hebraica, a imprudência dos condutores dos motorizados causa desconforto, passam em alta velocidade tangenciando os tachões no solo, muito próximo ao ciclista que sobe pela ciclovia, mas na contramão da via.

A liberdade e o conforto do trecho em que a ciclofaixa segue em ambos os sentidos e os motorizados em mão única, dão lugar ao desconforto no trecho em que a rua das Laranjeiras torna-se mão dupla. As soluções ali são complexas, mas a principal conquista em prol das pessoas ainda está por ser feita, medidas de moderação viária, com mais espaço para pedestres e ciclistas, mas acima de tudo, velocidades menores para os motorizados.

O cruzamento entre a Rua das Laranjeiras e a Pinheiro Machado ainda é problemático. Por três motivos. O primeiro é o encontro entre os ciclistas e os motoristas que fazem a conversão na Rua Pinheiro Machado. A maior parte deles não espera o ciclista passar para entrar. O segundo problema acontece quando o ciclista que vem da Rua Pinheiro Machado pelo pequeno trecho de ciclovia que corre paralelo ao viaduto, no lado esquerdo da via, chega ao final do trecho e vai de encontro ao fim de um retorno. Nesse local, o motorista não tem como enxergar o ciclista que vem pela ciclovia na contramão. O terceiro problema é o encontro desse mesmo ciclista na contramão com o pedestre, que atravessa olhando para o lado oposto. Em curto tempo de observação, é possível entender a conflituosa dinâmica desse trecho. Entre as propostas apresentadas pelos moradores do bairro estão o nivelamento da rua com a calçada, que funcionaria como um redutor de velocidade, e o fechamento do retorno.

Uma das principais vitórias do planejamento cicloviário em Laranjeiras no entanto, está na ligação com Botafogo. A rua Pinheiro Machado sempre foi uma trecho complicado para se pedalar, motorizados em velocidades altíssimas, calçadas pequenas e compartilhadas entre pedestres e ciclistas e um trecho específico sem nem ao menos um metro para caminhar ou pedalar em segurança. A curva no acesso à Muniz Barreto equacionou uma grande demanda por conforto, mas ainda faltam medidas para garantir que os condutores de motorizados exerçam mais prudência nesse trecho que ainda segue perigoso.

Bem, o trecho em que a Rua das Laranjeiras fica em mão dupla é ruim, mas não havia alternativas fáceis para resolver a passagem de bicicletas em dois sentidos. É fundamental a redução do limite de velocidade dos carros para começar a melhor integração do bairro às pessoas naquele trecho, mas essa medida ainda pode demorar.

Pedalar no contrafluxo nem sempre é agradável com carros e bicicletas vindo, mas ali a praticidade dessa possibilidade é mesmo um avanço e tanto para a mobilidade do bairro.

Expectativas e necessidades futuras

O aprendizado ainda em curso nas ruas de Laranjeiras e Cosme Velho já serviram para unir a população local, mas acima de tudo, para fornecer um pequeno manual de como enxergar e incluir a bicicleta.

As dificuldades estão postas, mas as possibilidades e conquistas também estão ao alcance. Que a cidade aprenda e acima de tudo, que a inclusão da bicicleta represente uma reversão de prioridades. Que a fluidez humana volte a ser prioridade e que o mais importante seja resguardar e proteger as vidas dos riscos impostos por pesadas máquinas motorizadas.

Esse texto conta com o depoimento de amigos e moradores da região e foi escrito em parceria com Michelle Chevrand, diretamente envolvida em todo o processo em curso no bairro de Laranjeiras.