Em Caso de Pandemia

Um assunto tem monopolizado a pauta da grande mídia ao redor do mundo. A famosa gripe suína, do vírus influenza H1N1. Nas redes sociais reais e virtuais não se fala de outra coisa. Da mesa do bar ao twitter comenta-se sobre os espirros e a febre que se espalharam desde o México.

O Globe and Mail de Toronto no Canadá trouxe uma lista de recomendações para o caso de uma pandemia. A primeira precaução adicional: compre uma bicicleta. Ela não irá manter-lhe tão isolado das outras pessoas (uma aparente desvantagem), mas pedalando pode-se chegar longe sem depender de combustíveis fósseis.

Afinal nada pior do que perder tempo em quilométricas filas em postos de gasolina, ou pior em gigantescos congestionamentos. Para ir, sair, ou fugir o melhor é pedalar.

Para o caso de nunca chegarmos a uma pandemia, vale comprar uma bicicleta do mesmo jeito. Afinal um veículo recomendável em tempos de crise é comprovadamente eficiente para viver na calmaria.

(via Twitter – @realcycling)

Planejamento Cicloviário na Imprensa

Planejamento Cicloviário ainda é um conceito novo no Brasil. Muitas vezes a imprensa associa bicicleta à necessidade de ciclovias. No entanto para os ciclistas essa ligação não é direta e cada vez mais a mensagem consegue se espalhar.

Na reportagem veiculada na Rede Globo um excelente panorama da situação do ciclista em São Paulo:

  • Pedalar na capital paulista é driblar os congestionamentos e chegar antes;
  • Ciclistas são portanto pontuais;
  • Adotar a bicicleta é bom para a saúde do indivíduo e do planeta;
  • A falta de infraestrutura e de segurança viária são grandes problemas;
  • Integração com o transporte sobre trilhos ajuda a facilitar o uso das bicis como meio de transporte;
  • O maior desafio está na mudança da mentalidade dos motoristas;
  • Deve-se inserir a bicicleta como mais uma opção de transporte para a população;
  • Para melhorar a vida de quem pedala ou quer pedalar em São Paulo, vale o tripé: bicicletários, educação no trânsito, além de ciclovias e ciclofaixas.
  • Na Contramão da História?

    Bicicletas Estacionadas

    Improviso nas Ruas do Rio

    A nova administração municipal do Rio de Janeiro encampou uma campanha de inestimável valor para a sociedade. O lema desde o primeiro dia de governo é o “Choque de Ordem”. Uma série de ações tem mostrado ao carioca que há um novo governo e que a prefeitura irá privilegiar a organização da cidade.

    No entanto a medida que segue em seus esforços, podem haver erros. Um deles foi cometido com a apreensão de bicicletas estacionadas em postes nos bairros do Flamengo e do Catete. Segundo a Prefeitura elas pertenciam a estabelecimentos comerciais e obstruíam a calçada dificultando o trânsito de pedestres.

    Por mais bem intencionada que possa ser a medida de deixar livres as calçadas do Rio de Janeiro, cortar correntes e apreender bicicletas é uma medida que não só é polêmica, mas acima de tudo um enorme retrocesso na promoção da qualidade de vida na cidade. Bicicletas em todo o mundo são incentivadas e é desejo de qualquer prefeito no planeta ter uma cidade melhor. Certamente as magrelas fazem parte da melhoria na qualidade de vida urbana. Silenciosas, limpas e esguias, deslizam pelas ruas sem poluir e sem gerar engarrafamentos.

    Bicicletas nas calçadas são um problema, com certeza. No entanto a solução não passa pela remoção pura e simples da bicicleta, tratando-a como um “obstáculo”. Onde bicis demais tomam o espaço do pedestre, um bicicletário torna-se necessário. Estabelecimentos comerciais fazem entrega em bicicleta, parabéns. A Prefeitura deveria facilitar o contato para que eles solicitem a instalação de um bicicletário em local adequado junto a loja.

    Bicicletas na Rua

    Espaço adequado para o estacionamento de bicicletas

    O Rio de Janeiro tem muito a se beneficiar com a adesão cada vez maior dos cariocas as bicicletas, mas não se pode deixar de lado a mobilidade dos pedestres e a limpeza das calçadas. Bicicletários bem localizados e adequados são portanto a melhor solução para resolver um problema e ao mesmo tempo impulsionar a solução de outros.

    – Mais:
    Bicicletas Confiscadas – O Eco
    Prefeitura do Rio desestimula o uso da bicicleta – Vá de bike
    Sr. Prefeito do Rio, não ataque as bicicletas! – O Globo

    Nascimento de Uma Ciclista

    jeanne

    Jeanne é jornalista, conheceu a Bicicletada Paulistana e tornou-se ciclista. Foi mordida pelo prazer que não se explica, pela constante injeção de endorfina, pela praticidade de praticar exercício indo e vindo do trabalho. Uma maneira excelente de reconquistar um prazer aprendido na infância, locomover-se com liberdade pedalando.

    Assim ela resume sua experiência:

    Após quatro meses redescobrindo o prazer de pedalar, percebo que bicicleta é pra mim, sim. Os amigos ainda acham graça. Alguns não aguentam mais me ouvir falar de bicicleta. É que eu a considero o veículo ideal: permite vencer distâncias maiores que a pé, não polui, não faz barulho, é saudável e não gera trânsito. Mas o mais bacana da bike não é nada disso. O melhor é que é divertido. E isso é ótimo antes de encarar o batente. O resto, como se diz, é um “plus a mais”. Fazer um mundo melhor vem de brinde.

    Vale a pena conferir a excelente matéria publicada pela Revista Época SP. A capa é sobre viver de forma saudável na Metrópole e a bicicleta certamente faz com que cada ciclista seja mais saudável e amigável ao ambiente que o circunda.

    Diários de bicicleta
    POR JEANNE CALLEGARI

    Apenas um Pedido

    Respeite o Ciclista.

    A morte de um ciclista coloca em evidência nos meios de comunicação os riscos inerentes de pedalar no trânsito. Ao mesmo tempo no entanto, joga uma nova luz sobre as necessidades de medidas que favoreçam o uso das bicicletas.

    Afinal, quanto mais magrelas nas ruas, mais seguro é o trânsito em geral. Já que os motoristas se acostumam a lidar com elas e acima de tudo, muitos deles acabam por ser eventuais ciclistas também. Portanto para diminuir o número de ciclistas mortos, há de se garantir a segurança dos que já pedalam e incentivar para que mais pessoas utilizem a bicicleta mais vezes.

    Dentre a extensa cobertura jornalística em relação a morte da cicloativista Márcia Prado, alguns destaques:

    Ciclistas de SP recorrem ao respeito como item básico de segurança

    Ciclistas encurralados

    Só uma multa por desrespeito a ciclista

    Uma “bicicleta fantasma” por mais humanidade no trânsito