Trancando a Bicicleta

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O furto de bicicletas é algo muito comum no mundo inteiro, quanto mais se usa, mais se furta. Apenas na Holanda, mais de 500 mil bicicletas são furtadas anualmente e eles estimam que apenas 1/3 dos furtos sejam reportados às autoridades. O problema é que furtar uma bicicleta ainda é algo fácil, então o ideal é que tomemos também nossas próprias providências ao trancar uma bicicleta na rua para evitar esse problema.

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Bicicleta “trancada” na Holanda.

São muitas as nuances e vertentes que envolvem um furto, mas a forma de trancar sua bicicleta pode ser a mais importante delas. É comum se ver boas trancas sendo mal usadas ou trancas que funcionam apenas na ficção. Trancar a bicicleta é uma arte, não bastam boas trancas ou um local firme. É necessário alguns pequenos detalhes que podem fazer a diferença na hora de impedir ou inibir o ladrão de levar sua bicicleta.

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Bicicleta trancada?

Pensando nisso a Transporte Ativo se baseou em algumas iniciativas europeias, seguindo como base um folheto de 2011 da Transport for London e lançou o guia “Prenda ou Perca“, com dicas para que você conheça os métodos mais utilizados pelos ladrões e como lidar com eles.

Dez mil folhetos serão distribuídos pelas lojas do Rio de Janeiro e a versão on-line está disponível clicando na imagem abaixo.

ADESIVO TRANSPORTE ATIVO

Por ocasião de um roubo ou furto de sua bicicleta não deixe de registrar um boletim de ocorrência na Delegacia e de registrar sua bicicleta furtada/roubada no Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas.

A eficiência do transporte público

Em pleno século XXI ainda pode causar surpresa a constatação de que o transporte público (e as bicicletas) são uma maneira bem mais lógica e racional de utilizar o espaço limitado das ruas.

A galeria mostra alguns exemplos e o vídeo abaixo descreve em imagens em movimento a importância de garantir que o transporte público possa ter espaço para fluir livremente e transportar muito mais gente através de grandes distâncias.

E para quem prefere o transporte individual, a bicicleta é a solução perfeita por ocupar menos espaço para circular e também estacionar.

Aos interessados em saber a importância de privilegiar o transporte público nas ruas da cidade, vale a leitura do texto de Eduardo Vasconcellos.

A mágica de um bicicletário móvel

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Todo destino de interesse para ciclistas (e potenciais ciclistas) deveria ter um bicicletário. A realidade ainda não é assim e nem sempre quem pedala consegue estacionar a bicicleta em um lugar de fácil acesso ao seu destino.

Mas para resolver esse problema é que existe o bicicletário móvel. Uma solução simples e direta para garantir comodidade a quem pedala até um evento. Para os ciclistas é simplesmente conforto e gentileza, para as pessoas que estão ao redor é a visualização da demanda reprimida.

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A velha máxima continua, se você construir, as bicicletas irão aparecer. Ou no caso do bicicletário móvel, com vagas na porta, a bicicleta aparece.

A última aparição do bicicletário móvel da Transporte Ativo foi durante o lançamento da exposição “Ciclo Rotas Centro – Uma malha cicloviária para o Centro do Rio de Janeiro“. Assim que foi instalado apareceram 4 bicicletas e logo não haviam mais vagas para estacionar. Exemplo claro do uso eficiente do espaço público que a bicicleta proporciona.

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Quem é o paraciclo

Nem só de bicicletas vive um bicicletário.

Nem só de bicicletas vive um bicicletário.

O paraciclo é tipo de sujeito magro, esquio. Ele pode ser bem baixinho, mais alto, torto ou arredondado. Tem quem ache que, pelo nome, ele é deficiente físico. Mas o que poucos sabem, em geral só os “cicloativistas”, é que o paraciclo é relacionado a tal da bicicleta. Ele e ela se dão bem, só o pessoal que não conhece muito o tal sujeito.

Já essa bicicleta todo mundo conhece. Tem quem a ame, tem que apenas a utilize e tem até quem não goste muito da tal magrela. Brasil afora, ela vive paradona num sujeito de nome bicicletário, rapaz bem apessoado que vive em espaços abertos, públicos ou privados, mas também em locais fechados. E esse amigo da bicicleta todos intuitivamente sabem que é gamado na magrela.

Mas esse triângulo amoroso da bicicleta com o paraciclo e o bicicletário tem gerado uma certa confusão. É que na verdade, sem que ninguém entenda bem o porque, o paraciclo é, ou pode ser, uma pequena parte do bicicletário. E aí que a coisa fica confusa.

Para estabelecer uma distinção entre o local onde se estacionam bicicletas, o tal do bicicletário e o suporte onde elas são trancadas foi inventado o sujeito paraciclo. Mas como ninguém conhece o pobre rapaz, seu nascimento gerou mais confusão e por hora só é usado em São Paulo. Mas ainda assim, o próprio jornalão local chama o coitado de uma “espécie de estacionamento de bicicletas“, afinal que leitor vai poder saber que o paraciclo tem algo que ver com a magrela, apesar de gostar de viver grudado nela.

O melhor mesmo é aposentar o jovem rapaz, simplificar o português e deixar as coisas mais como a querida bicicleta, simples e direta.

Por mais estacionamentos para ciclistas




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São mais de 1,5 milhão de ciclistas diariamente nas ruas da região Metropolitana do Rio de Janeiro. Um número expressivo e que só faz aumentar. Dentre os problemas que enfrentam, 40% apontam que estacionar a bicicleta é uma dificuldade.

A futura Designer Bruna Montuori em seu projeto de conclusão de curso buscou problematizar essa realidade almejando caminhos para incentivar ainda mais a circulação em bicicleta no Rio de Janeiro.

Faltam bicicletários seguros e práticos e isso é, dentre outros, um fator que faz com que menos pessoas optem pela bicicleta em seus deslocamentos, sejam os pendulares (casa-trabalho/estudo-casa) ou uma simples ida à padaria.

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Bruna fez um recorte na área da Gardênia Azul, onde impera a cultura do “não cuidado”, bicicletários improvisados que atendem a mais de 400 ciclistas todos os dias (cerca de 40% mulheres) que pedalam por necessidade. Já que é onde o transporte público é mais precário que a bicicleta desempenha seu papel social mais importante.

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O estudo faz ainda uma comparação entre os investimentos na infraestrutura na área nobre da zona Sul e o pouco zelo e a total falta de opções que o ciclista da zona Oeste do Rio tem acesso.

Afinal, o ciclista quer mais que ciclovia ele quer mais pistas e onde estacionar. E quer estacionar com segurança, praticidade, em um local resistente, durável e que reconheça seu valor.

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Confira a íntegra do projeto de conclusão de curso: